domingo, 31 de maio de 2020

Filme Edward Mãos de Tesoura - 30 anos

Edward Mãos de Tesoura - Filme 1990 - AdoroCinema
Domingão com sol e bastante agradável, então está perfeito para assistir uma fábula que completa 30 anos em 2020. Mesmo tendo passado tantos anos, ainda é um filme incrível e parece que  aqueles moradores invejosos, hipócritas, sem nenhuma sensibilidade e respeito ao próximo é possível encontrar ao sair porta à fora. É um filme atemporal e recomendo para quem já assistiu ou não, afinal em 2020 ainda existem muitos preconceitos em nossas sociedades.
 

 "Segundo a sinopse oficial, “Peg Boggs (Dianne Wiest) é uma vendedora da Avon que acidentalmente descobre Edward (Johnny Depp), jovem que mora sozinho em um castelo no topo de uma montanha, criado por um inventor (Vincent Price) que morreu antes de dar mãos ao estranho ser, que possui apenas enormes lâminas no lugar delas. Isto o impede de poder se aproximar dos humanos, a não ser para criar revolucionários cortes de cabelos, mas ele dá vazão à sua solidão interior ao podar a vegetação em forma de figuras ou esculpir lindas imagens no gelo. No entanto, Edward é vítima da sua inocência e, se é amado por uns, é perseguido e usado por outros.”

Johnny Depp dá vida ao inocente, sensível, doce, estranho, diferente, puro, apaixonante Edward e suas expressões tanto faciais quanto corporais, bem como, sua sensibilidade e apenas as 169 palavras em frases curtas que disse durante todo o filme nos fazem não conseguir tirar os olhos da tela.

Tim apresenta ao espectador dois mundos que se contrapõem: o mundo externo a Edward é exageradamente colorido, iluminado, bem cuidado, povoado e esteticamente mais bonito; enquanto o mundo de Edward é escuro, sombrio, solitário, vazio, distante. E esse contraponto serve para levantar uma das questões principais do filme: É possível manter –se singular num mundo “normal”?

E é quando Edward sai de seu isolamento para o mundo que ele sequer imaginava que existia que nos apaixonamos perdidamente por ele, pelo filme e pela história. Quem não viu, prepare-se para conhecer um dos filmes mais emocionantes e exageradamente sutis que você já viu. Não esqueça a caixinha de lenços."

sexta-feira, 29 de maio de 2020

História do Nhoque da Fortuna

Especial Dia 29: receitas para o Nhoque da Fortuna - COZINHANDO ...
Sextouuuuuuu e é também a última sexta-feira de maio. Tomara que junho seja muito melhor e com menos óbitos pelo Brasil.


Bem, hoje é o dia de comer nhoque, eu não gosto desse prato, entretanto, a História dele é bastante interessante.


"A simpatia do nhoque da fortuna é famosa no Brasil. Segundo a tradição, a receita deve ser preparada no dia 29 de cada mês. Mas você sabe de onde surgiu a tal receita que promete fartura? Acredite ou não, a lenda começou com um santo Cristão no século IV, o chamado São Pantaleão.
 

A história diz que o santo italiano batia de porta em porta a procura de alimento. Foi recebido por uma humilde família que tinha um pouco de massa de nhoque e que mesmo assim o convidou a entrar e dividir a ceia.

Apesar do pouco alimento que tinham a oferecer, repartiram em sete partes iguais, e todos comeram um pedaço. Após comer, São Pantaleão agradeceu e foi embora. Ao retirarem o prato a família foi surpreendida com muito dinheiro embaixo de cada prato.

Quando o Nhoque foi inventado?


A receita nasceu no período de guerra, onde a pobreza assolava a Itália. Com tanta escassez era necessário usar a criatividade para alimentar as grandes famílias com poucos ingredientes. Ao longo dos anos a receita foi sendo incrementada, ganhou as batatas e os mais variados molhos e acompanhamentos.

Ritual do Nhoque da Fortuna

A história rodou o mundo, e várias famílias mantém a tradição. Há quem diga que a simpatia funciona trazendo fartura e sorte. Porém, deve-se seguir o ritual: Coloca-se dinheiro embaixo do prato, depois come-se os primeiros sete pedaços do nhoque em pé, e para cada pedaço faz-se um pedido. Depois a família reunida senta-se e comem todos juntos.


Em algumas tradições, o sentido da receita está em compartilhar e acolher o próximo, além é claro, da união em família.

Verdade ou não, não custa tentar. Caso não traga fortuna, pelo menos você terá comido uma deliciosa massa. As receitas variam dependendo de cada região.

Mas a versão não importa, seja o tradicional nhoque caseiro de batata, ou de mandioquinha, tem ainda o de abóbora e até em versão fitness. O importante é que seja nhoque, e seja servido no dia 29."

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Os Mitos sobre a Ditadura no Brasil - 2ª Parte

Ditadura Militar: Alguns locais do RN que os Militares torturavam ...
Ser profª de História no Brasil atual dá uma sensação de desespero e pensar que muitos alunos são apoiadores do retorno da Ditadura Militar, me dá vontade de aposentar o mais rápido possível!. Às vezes fico sinceramente preocupada com o que pode acontecer se isso for realmente o desejo de uma pequena minoria de desinformados e analfabetos do Brasil do Séc. XXI.! Aqui está a 2ª parte dos mitos sobre a Ditadura Militar no Brasil.

6. O crescimento econômico do país

Na verdade, o movimento fez com que a dívida externa se tornasse impagável nos primeiros anos da redemocratização. Um ano antes do fim da ditadura, o Brasil devia 53,8% de seu PIB a bancos e governos estrangeiros.

Dessa maneira, o milagre econômico é mais um mito da época. O Brasil realmente cresceu mais de 10% ao ano, mas poucos desfrutavam dessa conquista. A distribuição da renda foi desigual e favoreceu 10% dos mais ricos com 38% da renda, enquanto os pobres dispunham de 17% da renda nacional. Mais tarde, em 1980, o abismo se tornou maior: a renda dos mais ricos chegou a 51%, enquanto a dos mais pobres foi diminuída a 12%, ou seja, as pessoas que eram ricas dispunham ainda mais de riquezas, enquanto os pobres se encontravam em uma situação cada vez mais miserável.

7. As igrejas protegeram o golpe militar

Por favorecimento e troca de interesses, diversas instituições religiosas apoiaram o golpe militar. No entanto, a prática não era adotada por muito deles: que se opunham ao autoritarismo do governo e denunciavam práticas de tortura e morte de inocentes.

Esses religiosos também ajudavam muitas pessoas que eram perseguidas pelo extremismo do governo. Como consequência, muitos deles não escaparam das sessões de tortura e foram mortos pelas mãos de militares.

Todavia, um dos maiores movimentos a favor dos diretos humanos foi resultado da ação do dom Paulo Evaristo Arns, do rabino Henry Sobel e de Jaime Wright, pastor presbiteriano. O documento, que foi feito de maneira clandestina entre 1979 e 1985, revela a repressão que o Brasil sofreu naquela época.

8. Somente quem pegava em armas era morto pela ditadura

Muitas pessoas creem que a ditadura não fez muitas vítimas, apenas matavam pessoas que pegavam em armas. Todavia, muitos dados mostram o contrário, como é o caso do genocídio indígena que ocorreu durante a ditadura militar, quando mais de oito mil índios foram mortos.

De maneira análoga, jornalistas e governantes que se mostravam contra o regime também eram mortos, como Rubens Paiva, ex-deputado que foi torturado pelos militares no intuito de chamar a atenção do líder opositor Carlos Lamarca, para que ele também fosse capturado. Seguindo o mesmo pensamento, outros profissionais foram torturados e mortos nos porões do Centro de Operações de Defesa Interna, como Vladimir Herzog e Stuart Edgar Angel Jones, filho da estilista Zuzu Angel.

9. Nenhum militar foi contra o governo extremista

Da mesma maneira que nem todas as igrejas apoiaram o regime, o mesmo ocorreu com os militares. Alguns, até mesmo, apoiavam João Goulart e concordavam com as reformas de base. Mesmo que o contragolpe nunca tenha acontecido, alguns militares eram abertamente contra o governo, como aconteceu em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Devido ao movimento de oposição, mais de 7.5 mil militares foram torturados e mortos. No ápice das repressões, os serviços da ditadura também procuravam influências comunistas dentro do próprio exército.

10. Greves e passeatas não eram presentes na ditadura militar

Ao assumir o poder, os militares propuseram muitas repressões, inclusive as manifestações. Isso fez com que muitas pessoas perdessem a voz nos primeiros anos do regime. Com esse tipo de censura e com os sindicatos ocupados por homens que apoiavam a ditadura, os direitos trabalhistas foram cada vez mais reduzidos. Dessa maneira, as passeatas não eram aceitas, mesmo que em pequenas proporções.

Entretanto, as manifestações tiveram início em 1968, com o assassinato do estudante Edson Luísa de Lima Souto durante um tiroteio no restaurante Calabouço, centro do Rio de Janeiro. Devido ao ocorrido, o movimento estudantil organizou uma manifestação e foi à rua, a qual ficou conhecia pela Passeata dos Cem Mil.

Com essa iniciativa, esses movimentos começaram a aumentar, até que foram repreendidos pelo AI-5 no governo de Artur da Costa e Silva, o período mais sombrio do regime militar."(aventuranahistoria)
 Ditadura Militar no Brasil | Nova Escola

terça-feira, 26 de maio de 2020

Os Mitos sobre a Ditadura no Brasil - 1ª Parte

Ditadura militar: atualize as histórias que te contaram na | Brasil
Mesmo tendo passado 56 anos do regime militar no Brasil; dos mortos e desaparecidos, torturas, censura, ainda tem gente que vai constantemente às ruas pedir o retorno da mesma. Eles pedem intervenção militar e o retorno do AI-5, o mais cruel dos 21 anos da Ditadura no país. Mas, por que será que muitos sequer nem nascidos fazem esses pedidos? Por que clamam pela opressão? Justamente por causa de alguns "mitos",história inventada, criados sobre a "maravilha" que era viver nos tempos da Ditadura. A História mostra o porque disso não pode acontecer novamente e irei postar em duas partes.


"No ano de 1964 ocorreu um golpe de estado que durou até 1985. Ao tirar o presidente João Goulart do poder, o regime militar impôs diversas regras a população, como a censura e repressão policial que, posteriormente, resultou em mortes e desaparecimentos com o decreto do AI-5.

Mesmo com o caos dos Anos de Chumbo, existem pessoas que ainda acreditam na falácia de que o Brasil era "um país melhor". Confira dez dos mitos sobre esse período que diversos brasileiros ainda defendem.

1. A ditadura não foi tão violenta

Há quem defenda que a ditadura não apresentou tanta violência como outros regimes da América Latina, e que países como a Argentina sentiram muito mais as repressões do exército.

O momento foi realmente mais sangrento em alguns países, mas isso não faz com que a ditadura do Brasil seja vista como branda, já que os mesmo direitos fundamentais também foram violados aqui, com torturas e assassinatos nos porões dos órgãos subordinados ao exército.

Não obstante, de acordo com uma pesquisa do governo federal, há relatórios que indicam que a lista de mortos pela ditadura é três vezes maior do que os números oficiais divulgados. Dessa maneira, o número poderia chegar a cerca de mil mortos e desaparecidos pelo governo antidemocrata.

2. A educação era livre

Algumas pessoas afirmam que a educação e o pensamento eram livres e não sofriam censura. Entretanto, o regime nunca priorizou o livre pensamento da população. Dessa maneira, aulas como história, filosofia e sociologia foram substituídas por Educação Moral e Cívica e Organização Social e Política Brasileira.

Consequentemente, o regime impôs um grande censura as questões de ideologia e muitos estudantes não tiveram contato com as matérias da grade oficial das escolas.

3. A saúde era melhor naquela época

O cenário não era melhor do que o atual. Ademais, era restrito aos trabalhadores formais, ou seja, que tinham carteira assinada. Dessa maneira, o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social fez com que as prestações de serviço pago crescessem e atingissem 98% de sua capacitação.

Na época, os planos de saúde ainda não existiam e o saneamento básico era um problema constante, pois chegava a poucos locais do país, o que causava um aumento no número de doenças. Para piorar a situação, o Sistema Único de Saúde (SUS) só foi existir em 1988, quando a ditadura já havia acabado.

4. Naquela época, não havia corrupção

Diferente da democracia, a sociedade não tinha voz para denunciar a corrupção que existia. Sem pessoas especializadas e com o fim do Congresso Nacional, as contas públicas não eram analisadas e nem discutidas.

Neste período, como não havia controle de gastos, os militarem investiam milhões em obras e, por consequência, desviam parte desse montante. Com a censura do período, algumas palavras que conspiravam contra a reputação dos militares também eram pouco utilizadas: como a palavra corrupção. Além do mais, existem outros inúmeros casos de propinas e desvio de verbas.

5. O estabelecimento da ditadura militar evitou o comunismo

Embora o ex-presidente João Goulart defendesse as reformas de base, ele não compartilhava a ideia do comunismo. Mesmo assim, a imprensa fez com que grande parte da população acreditasse na necessidade de uma intervenção militar. Foi então que a suposição de um golpe comunista e um nivelamento à URSS surgiram como um motivo para a ação dos militares.

Entretanto, Goulart, que era chamado de marxista, mantinha fortes laços com o populismo. Além disso, uma pesquisa realizada um dia antes do golpe mostrava que o presidente tinha cerca de 70% de apoio popular na cidade de São Paulo."(aventuranahistoria)

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Filme: Diário de um Exorcista - Zero

Diário de um Exorcista – Zero' estreia no Netflix
Uma pesquisa feita há alguns anos dizia que o brasileiro gostava mais de assistir filmes de terror durante o Outono. Se isso é verdade ou não, o tempo está perfeito para isso. E mesmo que muitos não apreciem o cinema nacional tem saído muita coisa boa e que deve ser valorizado. Então, para quem gosta de sentir aquele arrepio na espinha eu vou indicar um terror nacional e mesmo que não esteja mais na netflix é possível encontrá-lo na net.
 

"Após um bom hiato, com poucas produções voltadas ao suspense e ao terror, desde 2016, o cinema nacional passou novamente a investir no gênero e agora com muito mais diversidade.

Essa nova safra do Terror Nacional vem ganhando notoriedade e cada vez mais o público começa a procurá-lo nas bilheterias, claro, ainda que seleto, mas vem ganhando seu espaço com as ótimas produções que vem sendo lançadas.

Mas o ponto que vem mais chamando a atenção é a entrada das mulheres na direção desses filmes, como Juliana Rojas, com duas ótimas produções  e a talentosíssima Gabriela Amaral com dois filmes também.
 

"Diário de um Exorcista – Zero (2016)

Direção: Renato Siqueira

Há alguns pontos aqui que vale ser destacado nesta produção, o filme é uma produção totalmente independente, com baixo investimento, mas há um grande capricho na maquiagem e nos efeitos. O longa entrou em 2017 no catálogo da Netflix, e o melhor, no catálogo mundial. Até o ano passado, o filme já tinha sido visto por mais de 1 milhão de pessoas, por mais de 90 países, um marco para o cinema nacional. 


Considerando o sucesso, a Netflix comprou os direitos do filme e está assumindo a produção da continuação dele, com a mesma direção de Siqueira, acredito que será lançado entre 2019 e 2020, já é certo que será novamente um lançamento global no streaming e, o melhor de tudo, é o Terror Nacional sendo mostrado lá fora!

Diário de um Exorcista – Zero é baseada em fatos e conta a história do padre Lucas Vidal, um dos maiores padres-exorcistas da América Latina – Lucas Vidal é um homem que decide dedicar sua vida à obra da igreja após uma tragédia envolvendo seus pais. Ele, entretanto, não estava preparado para enfrentar o seu maior inimigo: o próprio Diabo, que cruza seu caminho através de uma violenta possessão do tinhoso – para o qual, Lucas é chamado a trabalhar de exorcista. O caso, entretanto, sai do controle e ele irá enfrentar sérios problemas para distinguir quem são os que estão sob a influência do caramunharão."

domingo, 24 de maio de 2020

O Brasil de volta a "Idade das Trevas"

 Hermínio Nunes: Entardecer na Beira Mar Norte
O domingão amanheceu gelado e agora mesmo com um sol tímido está 17º C. O cuiabano gosta desse tempo para ficar dentro de casa e de preferência deitado. As notícias no Brasil não estão nada agradáveis e geralmente não gosto de postar sobre desastres, mortes, política, economia, desemprego num domingo. Entretanto, o país está com 349.113 infectados e 22.165 mortes pelos dados de ontem.
 

O governo federal não está nenhum pouco preocupado com os brasileiros mortos e sim com a economia. E felizmente alguns governadores e prefeitos não seguem a cartilha do desprezo pela vida humana. E lendo as notícias encontrei uma reflexão de Thomas Milz, mestre em Ciências Políticas e História da América Latina, que me chamou atenção e irei postar alguns trechos aqui.

Eu, como grande parte dos brasileiros ainda estamos em isolamento social e acredito na Ciência, vacinas, remédios comprovadamente testados, mas também fico preocupada com minha mãe idosa e minha irmã que trabalha no proto socorro. Em Mato Grosso, os casos de infectados só aumenta e tem muita gente que está circulando pela cidade, pois acredita que não vão pegar a Covid 19. E uma minoria apoia as falas do presidente indo para as ruas sem máscaras, fazendo festas e dando um rolê como se diz... Está difícil viver no Brasil da Idade das Trevas.
 
" Tempos de pestes sempre trouxeram um ar lunático, com todos buscando um culpado pela praga. Na Alemanha, se reúnem atualmente em praças públicas negacionistas de todas as causas, ativistas anti-vacina, da extrema direita e extrema esquerda, e juntos se manifestam contra a conspiração viral de Bill Gates e George Soros. Ainda bem que representam uma minoria. E que a Alemanha – por enquanto – tem um governo baseado na razão e na ciência, e não em likes das redes sociais ou vídeos de youtubers.

Chama a atenção o fato de que países governados por mulheres passaram com mais facilidade pela pandemia, a ver: Alemanha, Finlândia, Noruega e Nova Zelândia. A alemã Angela Merkel é física, a finlandesa Sanna Marin formada em Administração, a norueguesa Erna Solberg é sociológica, cientista política e ainda economista, enquanto a neozelandesa Jacinda Ardern é bacharel em comunicação política.

Por outro lado, os três países com mais casos de coronavírus – Estados Unidos, Rússia e Brasil – são liderados por homens de egos tão inflados que desprezam a ciência e os conselhos das vozes da razão. Magnata, Czar e Messias: todos se achando invencíveis devido a um vírus, que causaria uma "gripezinha". E estão pagando o preço da prepotência, por terem abandonado o caminho da ciência em favor de ideias obscurantistas, que misturam superstição com uma dose de pseudo-religiosidade. Minto. São os cidadãos desses países que estão pagando o preço, em milhares de mortes.
"O vírus tá aí, vamos ter de enfrentá-lo, mas enfrentar como homem, pô, não como moleque", disse o presidente do Brasil. Para isso, promoveu um dia de oração contra o vírus, medida muito superior ao isolamento social feito nos países governados por mulheres. Depois da tentativa das orações, veio o remédio milagroso, revelado pelo Messias (é óbvio que o messias deve apresentar o milagre, para justificar seu nome): a cloroquina, um medicamento sem eficácia comprovada, como o próprio presidente admite. Mas, "pior do que ser derrotado é a vergonha de não ter lutado", segundo Jair Bolsonaro. Orem e, depois, morram como heróis, bravos brasileiros!

Havia a falsa esperança (e promessa) de um governo técnico, sem ideologia. Mas na área de saúde, onde mais se precisa de liderança técnica, os ministros técnicos foram dispensados por terem feito uma gestão meramente técnica. E por não terem defendido as ideias messiânicas do presidente.

(...)

O Ministério da Saúde está agora interinamente nas mãos de um general com vasta experiência em logística, mas sem experiência na área de saúde. Foi ele que, finalmente, seguiu o desejo do presidente de incluir a cloroquina e seu derivado hidroxicloroquina no protocolo de tratamento para pacientes com sintomas de coronavírus. Mesmo admitindo que não há comprovação da eficácia. Fica a dica do presidente: "Quem é de direita toma cloroquina, quem é esquerda, tubaína".

Seria cômico se não fosse trágico. Mas, para ser sincero, já estava claro desde o começo que não se podia esperar muita coisa desse governo, muito menos políticas sérias baseadas na ciência e na razão.

Há, no entanto, uma grande decepção com a ala militar do governo. Esperava-se dela segurar as loucuras da ala ideológica. Afinal, há uma longa tradição científica dos militares brasileiros. Houve uma época em que eles lideraram a marcha da modernidade, hasteando a bandeira do positivismo, do lema "Ordem e progresso". Defenderam a ideia de que o conhecimento científico deveria ser a base da sociedade e não as orações e remédios milagrosos. O Brasil voltou para a Idade das Trevas."

COVID-19 supera, em 2 meses, número de mortes por H1N1 em 2009 no ...


 




sábado, 23 de maio de 2020

Livro "A Realidade de Madhu" de Melissa Tobias

Autora de livro que 'previu' pandemia em 2020 não lembrava de ...
O sábado amanheceu gelado, 16º graus, depois da chuva de ontem. E mesmo clamando por um tempinho mais ameno, os cuiabanos gostam mesmo é de ficar em casa enrolado nas cobertas. Então, o dia está perfeito para os amantes da leitura e minha recomendação para quem não prestou atenção na net nos últimos dias é o livro "A Realidade de Madhu".

É costume dizer que "santo de casa não faz milagres", quando o assunto é literatura, entretanto, esse livro virou a sensação quando alguém postou um trecho dele na net e daí bombou.

“A realidade de Madhu”, é uma obra de ficção científica escrita em 2013, cuja autora é Melissa Tobias. Melissa ficou impressionada com a grande procura por seu livro, que logo se esgotou nas livrarias do Brasil. Com 42 anos, ela jamais esperava ser famosa por seus escritos. É fã de sci-fi, disse que na realidade sua mente em um processo de “faz de contas” criou todo o enredo, contudo, ela confessa que pode não ter sido por acaso.

Eis o resumo do livro: “Nesta ficção científica, Madhu é abduzida por uma nave intergaláctica. Abduzida e confinada na Ala dos híbridos, Madhu terá que descobrir a razão do interesse dos alienígenas por ela. Na busca por essa descoberta, faz amizade com uma híbrida e se apaixona pelo androide Niki. A bordo da colossal nave extraterrestre, Madhu aprenderá importantes lições, superando medos profundamente enraizados”.

Mas, o que provocou o desejo de ler o livro foi o seguinte trecho “Em 2020, quando a Terceira Realidade terminou de envolver todo o planeta Terra, uma pandemia global matou mais de três bilhões de terráqueos. Foi um momento muito caótico que durou dois anos. Foi uma pandemia viral psicossomática que penetrava somente em corpos incompatíveis com a vibração de amor ao próximo. Não havia para onde fugir”.


Conheça A Realidade de Madhu, o livro que previu uma pandemia em ...

Ao ser questionada sobre sua "previsão" ela disse que se baseou em estudos da Naturologia e parte dos escritos de Chico Xavier: “Existia uma profecia do Chico Xavier que diz que 2019 seria o fim de uma Era. Que iríamos atravessar uma espécie de portal. Como estudo Naturologia, e ela tem como um dos pontos falar das doenças que são quase todas psicossomáticas, ou seja, criadas pelo nosso subconsciente, na nossa cabeça, calhou de juntar as peças”, afirmou.

“Não creio em coincidências. Sou kardecista e creio que existam explicações que vão além da lógica. Quando escrevo, meu estado é quase meditativo. Talvez por isso eu tenha esquecido o que escrevi. Mas não creio que 3 bilhões de pessoas vão morrer. De jeito nenhum. Tem nem cabimento”, concluiu.




 

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Dia Mundial do Abraço

Mi ex está en mi grupo de amigos. ¿Cómo actúo? | FLOOXER NOW
As sensações de aconchego, de segurança e de tranquilidade que os abraços podem transmitir são reconhecidos por qualquer um que já demandou pelo gesto. Em momentos de celebração e euforia ou de tristeza e reconforto, envolver-se nos braços de alguém é um ato que, diz a ciência, traz benefícios à saúde e ao bem-estar. Por ora, no entanto, os abraços não são recomendáveis e estão suspensos: a Covid-19 roubou das pessoas esse porto seguro ao tornar perigoso um contato tão íntimo e desejado.
 

O Dia Mundial do Abraço, celebrado no dia 22 de maio há 16 anos, marca um novo momento. Ele hoje é virtual, mas com a mesma importância. Se não, maior.
Juan Mann gives free hugs - ABC News (Australian Broadcasting ... 

O Dia Mundial do Abraço surgiu na Austrália, por iniciativa de uma campanha de 2004, quando Juan Man começou a oferecer ‘abraços de graça’ no centro de Sydney, a maior cidade do país. Man tomou a iniciativa ao vencer uma fase de depressão e solidão e decidiu que o carinho aleatório, mesmo de uma pessoa estranha, poderia salvar vidas ao demonstrar, simplesmente, carinho. “Eu estava em uma festa e uma pessoa desconhecida veio até a mim e me abraçou. Me senti como um Rei, foi o melhor sentimento que tive”, ele contou na época.

A proposta do dia é de dar exemplo com um ato de bondade para fazer com que as pessoas se sintam melhor. Com a pandemia e a mudança de costumes, o contato físico não é recomendado. Porém, o virtual, é absolutamente gratuito. Se sintam abraçadas!
Com o distanciamento social, Dia do Abraço é comemorado de outras ... 


















quinta-feira, 21 de maio de 2020

Casos de assombrações no Rio Grande do Sul

No mundo todo quando se fala em casas assombradas, lugares, objetos, as pessoas ficam curiosas para conhecer. Eles possuem até guias de turismo para levar os curiosos, o mesmo já não acontece no Brasil. E não é por falta de casos, mas simplesmente porque não existe um real interesse das empresas de turismo em promover essas visitas. Muitos levam para o lado do deboche, da incredulidade e isso acontecesse por aqui imagina os milhares de dólares e euros que teríamos com esse tipo de turismo?

Dizem que as fronteiras do Rio Grande do Sul foram traçadas à ponta de lança e que a pedra bruta lapidada ali deixou à mostra um povo valente e corajoso chamado gaúcho. Orgulho e amor por suas raízes é seu maior diferencial. Talvez por isso, haja tantas lendas heroicas e casos assombrosos no Estado.
 

"1. Casa do Morro em Cruzeiro do Sul

A casa foi construída em 1873 pelo Tenente Coronel Primórdio Centeno Xavier de Azambuja, após a Guerra do Paraguai. Atualmente se encontra abandonada, pois muitos dos antigos moradores relataram terem tidos experiências sobrenaturais na casa. Além disso, noticia-se que lobisomens e aparições são avistados no local.
 

2. Igreja Nossa Senhora das Dores em Porto Alegre

Construída, há mais de cem anos, por escravos, bem em frente ao local onde eram realizadas as execuções dos condenados por enforcamento. Dizem que o espírito de um escravo, injustamente executado, amaldiçoou o local e desde então, nas madrugadas, assombrações são vistas no local.
 

3. Assombração na Casa Charqueada São João em Pelotas

Na região, em 1810, uma moça estava prometida a um fazendeiro muito rico, mas havia se apaixonado por outro homem. Esse homem foi encontrado morto, em circunstâncias misteriosas, e a moça, desesperada, fugiu correndo de casa e nunca mais foi vista. Conta-se que, à noite, é comum topar com seu espírito em desatada fuga pelas estradas que circundam a Casa Charqueada.
 

4. Lamentos no Castelinho do Alto da Bronze em Porto Alegre

Na região central da capital gaúcha, entre as Ruas Vasco Alves e Fernando Machado, existe um castelo construído em homenagem a um grande amor, mas como todo grande amor, esse era chama e queimou cedo e terminou mal. À noite, atualmente, as pessoas que passam pelo local relatam lamentos e barulhos de correntes vindo de dentro do castelo.
 

5. Casa assombrada em Novo Hamburgo

Em uma modesta casa de madeira, localizado na Rua Quarai no bairro Boa Vista, crucifixos se quebravam inexplicavelmente, móveis mudavam de lugar durante a madrugada e diversos objetos eram atirados, pelo puro elemento do ar, em seus moradores. A assombração continuou até seus antigos donos se mudarem. Dizem, tudo começou após um exorcismo malsucedido.
6. Lendas e Mitos da Lagoa dos Barros em Osório e Santo Antônio da Patrulha

Dizem que em 1940 um homem matou sua noiva e jogou seu corpo na lagoa amarrado em uma pedra. Os moradores do local relatam ver uma mulher de branco andando perto da lagoa ou próximo à estrada, e também um barco fantasmagórico surge de suas águas nas noites escuras, navegando pelo lago. Fala-se, ainda, de padres falecidos avistados à margem da lagoa."(aventuranahistoria)


quarta-feira, 20 de maio de 2020

Alguns Motivos para Assistir Bordertown

 
Lá fora, um vento fresco balança as árvores, já um prenúncio que a friagem está se aproximando novamente. A quarentena ainda está em vigor, então vamos maratonar uma série na netflix. E desta vez vamos lá para Finlândia, pois além de conhecer outros países, culturas, de vez em quando é interessante sair dos Estados Unidos e desbravar outros lugares.

 "1. O país de origem 

Bordertown estreou em outubro de 2016 na Finlândia. Mais de um ano depois, a Netflix decidiu levar a produção para o resto do mundo por algum motivo – provavelmente porque a empresa julgou que valia a pena. De qualquer forma, quantas séries finlandesas você já assistiu? O fato de ser novidade já deveria ser motivo suficiente para você dar uma chance.

terça-feira, 19 de maio de 2020

A Saga das Escravas Brancas no Brasil

A História é sempre fascinante e ainda tem governante pensando em acabar com essa disciplina nas escolas. É claro que consideramos um absurdo, mas não vamos nos ater a isso. Os livros didáticos sempre falam dos homens, política, economia, guerras e a sociedade, principalmente sobre as mulheres pouco se escreve. Então, surgem os historiadores e suas pesquisas, monografias e teses sobre as minorias desprezadas que fazem parte da sociedade brasileira e mundial.
 

Pouca gente já ouviu falar que no Brasil do séc. XIX, além de escravas negras, existiam as escravas brancas vindo da Europa. Sim, para serem as prostitutas de luxo! Aqui mesmo em Cuiabá existia o famoso "palácio das águias", uma residência de alto padrão, que recebia as moças europeias.
 

E para quem gosta de Histórias que não estão nos livros didáticos eu recomendo o livro da historiadora Esther Largman Jovens Polacas. É leitura obrigatória. Pela grandeza da estreia de Esther Largman, por seu caráter documental, e pelo cumprimento, ainda que sujeito a fissuras, de elaborada base literária – a mescla de narrativa memorialística de um personagem com romance de formação de outro.

Baseado no livro saiu o filme do mesmo nome com lançamento no final de fevereiro deste ano, entretanto, aqui em Cuiabá não foi apresentado e acredito que com a pandemia da Covid 19 ele não chegou em todos os cinemas do Brasil. Mesmo assim recomendo a leitura de textos ou do livro sobre essas mulheres que viveram e morreram discriminadas pelos próprios judeus, sendo obrigadas a criar um Cemitério conhecido como "das polacas" no Rio de Janeiro.


"Não foram só imigrantes estrangeiros e migrantes de outras regiões do país que movimentaram o porto do Rio de Janeiro a partir de 1850, com a expansão urbana. A nova aristocracia do café abriu espaço para uma prostituição de luxo com status inédito: desembarcavam na antiga capital do Brasil meretrizes europeias. Iniciar-se sexualmente ou trair a esposa com uma francesa (embora elas viessem de diversos países) virava símbolo de modernidade e do refinamento dos costumes.

Essa novidade logo foi seguida pela chegada de loiras e ruivas mais em conta, a partir de 1867, que estenderam o glamour do sexo internacional a clientes de menor renda. Eram mulheres da Europa Oriental, chamadas genericamente por aqui de polacas (fossem polonesas mesmo ou russas, húngaras e austríacas). Judias na maioria. Mas a trajetória dessas garotas – fugidas da miséria rural e dos pogroms que aterrorizavam as comunidades judaicas do Leste Europeu – não teve nada do champanhe importado e das grandiosas festas dos bordéis da alta sociedade.

Pobres, quase sempre analfabetas, eram aliciadas por cafetões judeus e acabavam na condição de escravas brancas. A história sofrida dessas mulheres, vítimas constantes da opressão mais violenta, é contada no filme Jovens Polacas (que entrou em cartaz no fim de fevereiro), do diretor Alex Levy-Heller, inspirado em livro homônimo da historiadora Esther Largman.

O enredo se divide em duas narrativas. No tempo presente, Mira (Jacqueline Laurence) é uma idosa judia que dá depoimentos para um jornalista (Emilio Orciollo Netto) sobre quando, em sua infância, foi testemunha do cotidiano desse baixo meretrício com sotaque – do qual fazia parte sua mãe, associada a um trauma que bloqueia partes da memória de Mira.

As empostações dos atores são teatrais, e as imagens alternam entre edição não convencional e muitos closes nos personagens, numa tentativa de aproximar o espectador da essência que os clientes viam como mistério nessas prostitutas. Mas sua realidade estava mais próxima da de figuras discriminadas que de femmes fatales exóticas. Tanto que a sociedade judaica da época não lhes permitia nem um enterro digno – a exemplo do que acontece com os suicidas.

O estigma as obrigou a ter um local de repouso separado, o Cemitério Israelita de Inhaúma, na zona norte do Rio. Fundado em 1916 pelas próprias prostitutas, ficou conhecido como Cemitério das Polacas."(aventuranahistoria)

 

sábado, 16 de maio de 2020

Tese aponta Origem Indígena em Várzea Grande/MT

Ontem, o município de Várzea Grande completou 153 anos de acordo com a História oficial, entretanto uma pesquisa da mestre em História e doutora em Antropologia Verone Cristina da Silva pode mudar tudo que aprendemos e ensinamos até hoje. Tanto os documentos quanto a História oral são importantes em nosso ofício, difícil vai ser convencer os habitantes do município dessa nova versão da História do município.
 


"A cidade foi fundada em 1867, por ocasião da construção do Acampamento Magalhães, na margem direita do rio Cuiabá, feito pelo presidente da província de Mato Grosso, José Vieira Couto de Magalhães, para manter paraguaios presos durante a Guerra da Tríplice Aliança. Mas há outra história que aponta outra possível data de nascimento para a cidade: o ano de 1832. A data marca a concessão de terras pelo governo imperial aos índios guanás, população que teve uma importância social, política e econômica para ir povoando e criando um aldeamento no território onde hoje se localiza a cidade industrial. Se a lógica fosse esta, a cidade seria ainda mais antiga e faria 188 anos em 15 de maio.

A pesquisadora Verone Cristina da Silva, mestre em história e doutora em Antropologia, descobriu a importância dos guanás para a cidade quando realizava estudos sobre populações ribeirinhas do rio Cuiabá. Em 1999, no bairro Alameda em Várzea Grande, ela conheceu Boamorte Manoel de Campos, um velho pescador de 75 anos que se dizia guaná.   

Verone mostrou em sua dissertação de mestrado que os guanás saíram do município de Albuquerque, onde hoje é Mato Grosso do Sul, da missão de Nossa Senhora da Misericórdia. Migraram por ocasião da nomeação do missionário capuchinho José Maria de Macerata, que virou chefe da Diretoria Geral dos Índios em Cuiabá. Macerata era chefe da missão em Albuquerque e sua chegada provocou a vinda para a região que trouxe cerca 400 guanás.  
“Os guanás tem uma importância muito grande para a constituição e a formação do que hoje é a chamada Várzea Grande”, conta Verone. Ela admite que a história dos guanás foi invisibilizada pela história oficial, que dá mais destaque ao acampamento Couto Magalhões. O historiador Suelme Fernandes, que estudou o acampamento, concorda com a pesquisadora.

“O acampamento não estava em Várzea Grande, falaram isso para promover Couto Magalhães, a logística começou com o aldeamento indígena dos guanás, eu acho muito mais razoável isso”, critica o historiador.


Em 186, quando a "bexiga" - hoje conhecida como varíola - dizimou um terço da população cuiabana, muitos fizeram questão que a doença matasse também os guanás. "Constou-nos que algumas pessoas mandaram atirar roupas e colchões empesteados de bexiga, em diferentes lugares, onde os índios pudessem apanhá-los, afim de contaminar a esses infelizes o mal que assolava as povoações", diz trecho do relato de Joaquim Moutinho escrito naquele ano.

A pesquisadora explica que, com a aprovação da lei de terras em 1850, o território guaná foi sendo tomado principalmente por comerciantes do porto em Cuiabá. A historiadora encontrou uma série de documentos que mostram como a propriedade destas terras pelos índios foi contestada e que, ao longo dos anos, a memória indígena foi desaparecendo da história oficial."(jornalagazeta)

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Parabéns, Jensen e Danneel pelos 10 anos de Casados

Supernatural ainda está em hiatus por causa da Covid 19, mas não podemos deixar de lembrar que hoje Jensen Ackles e Danneel Harris comemoram 10(dez) anos de casados. Ao casal maravilhoso, todos os hunters desejam felicidades, isto é, quem não tem inveja dela kkkkkkkkk


quinta-feira, 14 de maio de 2020

Soviéticos tinham uma Estação Espacial Armada.

O dia amanheceu chovendo e está realmente com cara de outono. Em tempos de estudos online é muito importante conhecer algumas Histórias que não estão nos livros didáticos. É lógico que nem tudo entra nas provas do Enem, entretanto, a formação de um arcabouço teórico de qualidade é essencial para um aluno ser considerado crítico e consciente. Aliás, quando se fala da chegada do homem americano à lua, o que mais se encontra na web são teorias da conspiração. E quase nada sobre as viagens espaciais dos soviéticos, então vamos desvendar algumas...
"A corrida Espacial é geralmente vista como um dos lados mais amigáveis e produtivos da Guerra Fria. Ela terminou, afinal, em 1975, com astronautas e cosmonautas acoplando uma cápsula Apollo a uma Soyuz e tirando fotos juntos.

Por baixo dos panos, porém, a paranoia corria solta. Em 1967, um tratado internacional, assinado por URSS e EUA, baniu armas do espaço. Mas satélites espiões de ambos os lados continuavam a tirar imagens de segredos estratégicos, como a posição de bases nucleares. Havia planos até mesmo de colocar armas nucleares no espaço. Diante disso, cogitava-se que veículos espaciais receberiam o mesmo tratamento que os aviões espiões: chumbo.

Almaz (Aama3 , diamante) foi o nome do programa militar espacial ultrassecreto soviético. Uma tentativa de militarizar o voo espacial tripulado. Era uma resposta ao MOL, “Laboratório Orbital Tripulado”, o projeto da Força Aérea dos EUA para uma estação espiã militar, divulgado amplamente em 1963.

O MOL nunca saiu do papel. Foi cancelado em 1969, quando ficou claro que satélites não tripulados faziam o trabalho melhor e sem o mesmo risco. Mas a União Soviética seguiu firme com o seu projeto. Entre 1973 e 1976, três estações espaciais foram lançadas, supostamente como parte do programa da estação espacial civil Salyut. E todas atendiam por esse nome.

A Salyut 2, a primeira do programa armado Almaz a ser lançada, falhou após pouco tempo em órbita. Mas a 3 e a 5 deram certo e receberam cosmonautas em 1974 e 1976-77. Quanto a estes, eram militares – mas, até aí, quase todos os cosmonautas (e astronautas) eram pilotos da Aeronáutica. Neil Armstrong, supostamente civil, era um veterano da Guerra da Coreia que testava aviões militares.

Mas o que realmente separava a Salyut 3 de qualquer outro objeto mandado ao espaço é que foi o único veículo espacial armado da História. Além de uma enorme variedade de câmeras espiãs, ela possuía um canhão giratório de 23 milímetros, adaptado de um bombardeiro Tupolev Tu-22.

Que foi disparado e conseguiu destruir o satélite-alvo. Fez isso num momento em que estava sem cosmonautas – seria muito arriscado fazer esse teste com gente envolvida.

A Salyut 5 deveria portar foguetes, mas não há registro de jamais ter sido armada. A quarta estação do programa Almaz iria ao espaço com o canhão Shchit-2, a primeira arma desenvolvida especialmente para o espaço. Mas o projeto acabou cancelado antes disso.

A paz voltou a reinar no grande abismo, mas o projeto não foi um desperdício total. O módulo de carga Zarya, criado então, teve a honra de se tornar a primeira peça da Estação Espacial Internacional, em 1998.

E, ironia das ironias, uma companhia privada britânica, a Excalibur, pretende criar um negócio de turismo espacial usando duas estações soviéticas e vários módulos construídos para o Almaz, que passaram décadas pegando poeira antes de acabarem vendidos e transformados em pioneiros da chegada do capitalismo ao espaço."(aventuranahistoria)

terça-feira, 12 de maio de 2020

Dia Internacional da Enfermagem

Em todo o mundo, mais de 260 profissionais de enfermagem já morreram, de acordo com o ICN (International Council of Nurses) e 90 mil estão infectados com a doença.

Dos 98 profissionais de enfermagem mortos pela Covid-19 no Brasil, 25 são enfermeiros, 56 técnicos e 17 auxiliares de enfermagem. Desses, 67% são mulheres. O observatório mostra também que o número total de confirmados com a doença já chega a quase 3 mil profissionais.

Enquanto no mundo todo os médicos, enfermeiros, técnicos são ovacionados pela sociedade, no Brasil eles foram agredidos verbalmente e até fisicamente em Brasília durante um protesto silencioso pelos companheiros mortos pela pandemia. Quem os agrediu ao invés de apoiá-los? Os apoiadores do presidente é lógico, quem seria tão insensível assim? Quem despreza a vida da população em detrimento da economia? Quem não se preocupa com os milhares de mortos que só aumenta ou seja, mais de 11 mil  fora aqueles que não foram contabilizados.?

As atitudes tomadas pelos apoiadores do governo vão ao encontro de ideologias fascistas e antidemocráticas. Infelizmente, são embasadas pelas atitudes do Presidente da República que diversas vezes debocha das consequências da pandemia, desconsidera todas as recomendações e diretrizes sobre a importância do isolamento social ao combate do novo coronavírus.

Para nossa alegria, essa minoria que acha que não vai pegar a Covid 19. os profissionais da saúde, os que não morrerem, vão estar lá nos hospitais quando eles chegarem precisando de uma UTI e de seus respiradores.!

 Dia Internacional da Enfermagem é celebrado mundialmente desde 1965. Porém, oficialmente esta data só foi estabelecida em 1974, a partir da decisão do Conselho Internacional de Enfermeiros.

O dia 12 de maio foi escolhido como homenagem ao nascimento de Florence Nightingale, considerada a "mãe" da enfermagem moderna.

Florence Nightingale, de nacionalidade inglesa, nasceu em Florença, na Itália. Aos 17 anos, Florence Nightingale, que era cristã anglicana, decidiu ser enfermeira, acreditando ter um chamado de Deus para fazer enfermagem.

Foi na guerra da Crimeia, em que o Reino Unido participou entre 1853 e 1856, que o seu trabalho se tornou mais conhecido e ela foi chamada de "Dama da Lâmpada", instrumento que usava durante a noite para ajudar melhor os feridos.

Florence Nightingale fundou a primeira Escola de Enfermagem secular do mundo na Inglaterra, em 1860.
 

Dia da Enfermagem no Brasil

O Dia Internacional da Enfermagem passou a ser uma data comemorativa no Brasil em 1938, quando a data foi instituída pelo então presidente Getúlio Vargas através do Decreto no 2.956, de 10 de agosto de 1938.

No entanto, no Brasil é comum a celebração da Semana da Enfermagem, que começa em 12 de maio (com o Dia Internacional da Enfermagem) e termina em 20 de maio (com a comemoração do Dia do Auxiliar e Técnico de Enfermagem).

domingo, 10 de maio de 2020

Feliz Dia das Mães

 
Hoje, é comemorado o Dia das Mães em pelo menos 25 países e fico imaginando os filho(a)s que perderam suas mães pela Covid 19. Graças a Deus, a minha com 79 anos está aqui e saudável e pude lhe presentear com violetas, dinheiro e guloseimas kkkkkk. Mas, fico pensando na tristeza de mais de 10 mil pessoas, entre esses inúmeras mães e avós, mortas que ao invés de alegria, almoço gostoso, estão chorando suas perdas. Que Deus lhes conforte em sua solidão!...
 

 "Dia das Mães é beijo, abraço, amor. Também pode ser saudade. No entanto, os encontros típicos dessa data em tempos de pandemia podem ser um desafio que nos instiga a descobrir outras formas de estar presente. O Dia das Mães está diferente, mas mesmo assim será comemorado neste domingo em vários países do mundo.

Registros apontam celebrações às mães desde a Grécia Antiga. Entretanto, a ideia da atual forma de celebração surgiu quando a norte-americana Anna Jarvis decidiu homenagear sua mãe, a ativista Ann Jarvis, que faleceu em 1905. A data, o segundo domingo do mês de maio, foi oficializada pela primeira vez nos Estados Unidos pelo presidente norte-americano Woodrow Wilson, em 1914.

A ideia tomou grandes proporções e é repetida até hoje, em diversos países do mundo, incluindo o Brasil.

Assim, este 10 de maio também será o Dia das Mães em 25 países, entre eles a Venezuela, Chile, Canadá, Itália, Finlândia, Alemanha, Nova Zelândia, Países Baixos, Paquistão, África do Sul, China e Japão. Além, claro, do Brasil e dos EUA.

Já em diversos países do Oriente Médio, como a Palestina, as mães são festejadas no primeiro dia da primavera. Há uma semana, no primeiro domingo de maio, a dia já foi celebrado entre os espanhóis e portugueses. Na Argentina, a data que vale é o terceiro domingo do mês de outubro.

Independente da data exata, desde sempre, em todo o mundo, mães e filhos comemoram o dia juntos ou separados. Durante a crise do coronavírus, quem está fazendo o isolamento junto à mãe terá o privilégio de celebrar ao lado dela. Aqueles que moram longe vão ressignificar a forma de estar presente: uma ligação, uma chamada de vídeo — que, nos tempos atuais, são o abraço e o beijo que muitos não têm podido dar."

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Marcha Virtual pela Ciência

 Convite do Diretor do IFSC/USP para a “Marcha Virtual pela Ciência ...
 E a primeira friagem chegouuuuu. Lá fora, está garoando e a temperatura deve estar menos de 18º C, o que para nós acostumados com 35º está bem frio. Um tempo mais fresco é sempre festejado, entretanto em dias de quarentena, isso significa ficar gripado e entocado em casa pode-se virar H1N1ou Covid 19.
 

No Brasil o número de infectados já está em 127 mil e 8.588 mortes, dados que podem aumentar até o final do dia. E por incrível que pareça, ainda tem gente que não acredita na letalidade da doença e ao deixar a quarentena coloca-se em risco e aos outros. O pico da doença ainda nem chegou e já estamos com esse número de óbitos, imagina quando o inverno chegar em 21 de junho?
 

Nunca a Ciência foi tão importante e tão desprezada! As pessoas que saem em carreatas desnecessárias em várias cidades do Brasil, são as mesmas que vão brigar por uma UTI. Já sabemos que ninguém está imune, que a vacina só fique pronta em um ano e meio ou mais, apesar do esforço global dos cientistas.
 

Eu estou acompanhando as notícias sobre a Covid 19 desde dezembro de 2019 e como ela saiu da China e invadiu o mundo e estacionou aqui em Cuiabá/MT. Confesso que me entristece o descaso do governo federal e se não fosse os governadores e prefeitos, o país estaria muito pior. A economia, trabalho é importante, mas e se não tiver mão-de-obra para os postos de trabalho? E como ficará a memória nacional, ou seja, os idosos, indígenas, afrodescentes se todos forem pegos pela Covid 19? Como a História ficará sem as informações sobre nosso passado e as pessoas que participaram da construção da Memória Nacional?
 

"Nesta quinta-feira (7), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e mais de 80 entidades científicas afiliadas organizarão uma manifestação online em prol da ciência e da tecnologia brasileiras e seu papel no combate à pandemia de Covid-19 no país.

Nas redes sociais da SBPC, a Marcha Virtual pela Ciência promoverá dois painéis de debate, sendo um deles dedicado à pandemia e outro sobre o financiamento da ciência brasileira. Além disso, serão feitas duas ondas de tuitaços, um às 12h e outro às 18h, com as hashtags #paCTopelavida e #FiqueEmCasacomaCiência. Secretarias regionais da SBPC e outras organizações também terão a sua própria programação para debater o tema. Para participar, acompanhe os canais da SBPC no Facebook e no YouTube.

Objetivos

Refletindo os cortes orçamentários das áreas de ciência e tecnologia nos últimos anos, bem como na educação e saúde, a manifestação questiona se o país estaria melhor preparado para enfrentar a pandemia se esses setores tivessem sido mais valorizados no passado.

Outro tópico levantado pelo movimento é o desmonte dos sistemas públicos de educação e saúde após a Emenda Constitucional 95, além das ameaças antidemocráticas à liberdade de ensino e pesquisa.

A marcha também reforçará a importância do isolamento social, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e com eficácia comprovada por inúmeras pesquisas. O protesto virtual destaca ainda a necessidade de enfrentar a crise econômica com medidas emergenciais e de longo prazo, que apoiem, em particular, as camadas mais pobres e vulneráveis da população e reduzam a desigualdade social e econômica do País.

Para isso, a manifestação reitera os termos do "Pacto pela Vida e pelo Brasil", um documento assinado em abril por mais de 100 instituições e associações que pede a união de toda a sociedade, além de solidariedade e conduta ética e transparente do governo no enfrentamento da pandemia.

Para esquentar a manifestação desta quinta-feira, a SBPC publicou vídeo e mensagens de diversos cientistas e professores comentando a importância da pesquisa e de apoio aos profissionais de saúde. Eles também explicam por que o isolamento social é uma medida fundamental nesse momento e que outras atitudes devem ser adotadas."

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Madam C.J. Walker: primeira negra milionária dos Estados Unidos

Madam C. J. Walker – Wikipédia, a enciclopédia livre
A primeira frente fria chegou no Centro-Oeste, apesar da previsão dizer que seria amanhã, e está nublado com uma brisa fresca. Esse tempo pede uma maratona na netflix e a vida da negra americana C. J. Walker é bastante interessante para conhecer. É claro que existe a "licença poética" como toda série baseada em fatos reais, entretanto, é possível ver muita fidelidade na história.
 

 "Em março estreou na Netflix a minissérie de quatro episódios sobre Madam C.J. Walker, primeira mulher negra que enriqueceu por contra própria nos Estados Unidos. Por causa das dificuldades que enfrentava com o próprio cabelo, Walker teve a ideia de criar produtos especializados para cabelos afro. Na série, ela será interpretada por Octavia Spencer, vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel em Histórias Cruzadas, de 2011. Conheça mais sobre a trajetória de Madam C.J. Walker:
 

1. Pais foram escravizados
 

Ao nascer no dia 23 de dezembro de 1867, em uma plantação de algodão em Louisiana, Walker recebeu o nome de Sarah Breedlove. Foi a primeira dos cinco irmãos a nascer livre: seus pais foram escravizados. Quando tinha apenas sete anos, ficou órfã, e foi morar com a irmã mais velha e o cunhado no Mississippi, onde trabalhou como empregada doméstica.
 

2. Casamentos para fugir da opressão
 

Aos 14 anos, para escapar do ambiente opressivo, casou-se com Moses McWilliams e em 1885, aos 18 anos, teve a primeira e única filha. McWilliams morreu dois anos depois, e Walker chegou a casar novamente, mas pouco tempo depois se separou. Mudou-se para o Missouri, onde trabalhava como lavadeira e ganhava US$ 1,50 por dia. Lá, conheceu Charles Joseph Walker, um vendedor de anúncios de jornais, com quem se casou em 1906 e ficou conhecida como Madam C.J. Walker.

3. Problemas no couro cabeludo
 

No Missouri, Walker começou a sofrer com caspa severa e outros problemas no couro cabeludo, inclusive queda de cabelo que a deixou careca, por causa de alergias a produtos dos sabonetes. Durante uma feira de produtos na cidade, ela conheceu Annie Malone, empresária negra do ramo de produtos de cabelo e dona da empresa Poro Company, e se tornou vendedora. Foi assim que começou a aprender mais sobre os cosméticos e a desenvolver sua própria linha.
 

4. Lançamento dos produtos
 

Mais ou menos na época em que se casou com Charles Joseph Walker, ela lançou seus primeiros cosméticos. O marido ajudou na parte de publicidade e promoção (partiu dele a ideia de que ela usasse o nome Madam C.J. Walker), e ela vendia tudo de porta em porta enquanto ensinava outras mulheres negras a cuidarem do próprio cabelo. Em 1910, ela transferiu as operações do negócio para Indianápolis, onde não só manufaturava os produtos, mas também treinava um verdadeiro exército de agentes de vendas: em 1917, no auge das atividades, teria treinado mais de 20 mil mulheres, que se tornaram bem conhecidas na comunidade negra dos Estados Unidos.

5. Legado
 

Na medida em que se tornou rica e popular, Walker participou cada vez mais da luta contra o racismo. Entre suas ações de filantropia estão doações para bolsas de estudos e moradia para idosos, além de apoio a instituições focadas em melhorar as vidas dos negros. Mesmo após sua morte, em 1919 aos 51 anos e com uma fortuna estimada em US$ 8 milhões (valores corrigidos para a atualidade), ela continua a contribuir com diferentes causas — a mansão que construiu em Irvington, Nova York, vai ser transformada em um local de apoio a iniciativas de mulheres negras que querem empreender. A empresa de cosméticos, por sua vez, encerrou as atividades em 1981, mas até hoje é lembrada e homenageada em novas linhas de produtos, como a Madam C.J. Walker Beauty Culture, da rede Sephora."(revistagalileu)