" Osvaldo Gonçalves Cruz (São Luiz do Paraitinga, 5 de agosto de 1872 — Petrópolis, 11 de fevereiro de 1917) foi um cientista, médico, bacteriologista, epidemiologista e sanitarista brasileiro.
Foi o pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil. Fundou em 1900 o Instituto Soroterápico Nacional no bairro de Manguinhos, no Rio de Janeiro, transformado em Instituto Oswaldo Cruz, respeitado internacionalmente.
Diretor-geral da Saúde Pública (1903), nomeado por José Joaquim Seabra, Ministro da Justiça, e pelo Presidente Rodrigues Alves, coordenou as campanhas de erradicação da febre amarela e da varíola,
no Rio de Janeiro. A nomeação foi uma surpresa geral.
Organizou os
batalhões de "mata-mosquitos", encarregados de eliminar os focos dos
insetos transmissores. Convenceu Rodrigues Alves a decretar a vacinação obrigatória, o que provocou a rebelião de populares e da Escola Militar (1904) contra o que consideram uma invasão de suas casas e uma vacinação forçada, o que ficou conhecido como Revolta da Vacina.
A cidade era uma das mais sujas do mundo, pois dos boletins sanitários
da época se lê que a Saúde Pública em um mês vistoriou 14.772 prédios,
extinguiu 2.328 focos de larvas, limpou 2.091 calhas e telhados, 17.744
ralos e 28.200 tinas. Lavou 11.550 caixas automáticas e registos, 3.370
caixas d´água, 173 sarjetas, retirando 6.559 baldes de lixo e dos
quintais de casas e terrenos 36 carroças de lixo, gastando 1.901 litros
de petróleo (são dados do livro indicado abaixo, de Sales Guerra).
Premiado no Congresso Internacional de Higiene e Demografia, em Berlim (1907), deixou a Saúde Pública (1909).
Dirigiu a campanha de erradicação da febre amarela em Belém do Pará e estudou as condições sanitárias do vale do rio Amazonas e da região onde seria construída a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.
Em 1916, ajudou a fundar a Academia Brasileira de Ciências e, no mesmo ano, assumiu a prefeitura de Petrópolis.
Doente, faleceu um ano depois, não tendo completado o seu mandato. O
mundo inteiro lamentou sua morte no dia, com mais de que um minuto de
silêncio.
Sua vida é retratada no romance Sonhos Tropicais de Moacyr Scliar."
Casa onde nasceu Osvaldo Cruz
Estátua no Rio de Janeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário