quinta-feira, 24 de maio de 2012

2º e 3º Prédios do Liceu Cuiabano

 No dia 7 de maio de 1892, a frente de 3.000 homens, o coronel Generoso Paes L. de S. Ponce entrou em Cuiabá e instalou o seu quartel general no prédio do Liceu Cuiabano, o prédio do "Ganha Tempo, cortando as comunicações entre o Arsenal de Guerra e o quartel 21° Batalhão de Infantaria.

Para que os alunos não ficassem sem aulas o Liceu Cuiabano foi transferido para o prédio da Diretoria Geral da Instrução Pública, no local onde hoje funciona os Correios e Telégrafos, permanecendo neste local até 1914 quando foi transferido para o Palácio da Instrução.

 2ª Sede – Prédio dos Correios (Final do Séc. XIX)

Segundo o historiador Rubens de Mendonça "quando o Liceu Cuiabano funcionou no antigo prédio dos Correios, a entrada do prédio, a porta principal dava para a Praça da República, anteriormente a entrada era para a Rua 13 de Junho.

 Nele morou em 1753, o Ouvidor João Antônio Vaz Morilhas, que brigou com o 1º Governador da Capitania, Capitão General D. Antonio Rolim de Moura Tavares por causa de uma mulher, Benta Cardoso que ambos amavam.

Ali também residiu em 1848, o Capitão Manoel Alves Ribeiro, caudilho e chefe político de prestígio. Nessa casa, a 13 de maio de 1848, realizou-se o casamento do Dr. Augusto Frederico Muller, com Dª Brigida Albertina, viúva de Manoel Teixeira Amazonas, avós do saudoso Senador Filinto Muller."

Como já foi dito, no edifício, onde hoje se encontra a Empresa Brasileira de Comunicações (Correio e Telégrafos), funcionava o Liceu Cuiabano, anteriormente foi a Câmara Municipal, lá funcionava o Júri, sendo mais tarde residência dos Ouvidores. Devido isso a Rua 13 de junho era chamada de Rua Bela do Juiz, devido ao fato do casarão (foto acima), ter sido moradia dos juizes de Fora de Cuiabá. 

É possível também perceber os trilhos por onde passava o bonde puxado à burro. A professora doutora Elizabeth M. Siqueira no Livro História de Mato - da ancestralidade aos dias atuais diz que "no ano de 1891, foi instalado uma Linha de Bonde e a empresa responsável pela sua construção foi a Companhia Progresso Cuiabano, de propriedade de Manuel da Silva Monteiro."

Segundo Rubens de Mendonça no livro "Roteiro Histórico e Sentimental da Vila Real do Bom Jesus de Cuiabá quando ali funcionava o Liceu Cuiabano, contam que certa vez o austero professor Pedro Gardés, ao penetrar na sala de aula encontrou ali um burro amarrado.

Percebendo o Professor o trote de mau-gosto, não se aborreceu. Abriu o livro de presença e fez a chamada dos alunos, lendo por nome. Estes que observavam de longe o Professor, ouviram-no voltar-se para o burro e dizer:

- Vá avisar aos seus colegas que não dou aulas só para um, que venham todos amanhã". 















3ª Sede do Liceu Cuiabano
   


O Liceu Cuiabano funcionou no Palácio da Instrução de 1914 até 1943.















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