A Ilha Fiscal localiza-se no interior da baía de Guanabara, fronteira ao centro histórico da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.
Primitivamente denominada pelos europeus como ilha dos Ratos, o
seu atual nome provém do fato de ali ter funcionado o posto da Guarda
Fiscal, que atendia o porto da então capital do Império, no século XIX.
A ilha celebrizou-se por ter abrigado o famoso baile da Ilha Fiscal, a última grande festa do Império antes da proclamação da República, em Novembro de 1889.
A decisão da construção, assim como a do seu estilo arquitetônico, foram do Imperador D. Pedro II, tendo em conta não conflitar com a paisagem da Serra do Mar. À época, o Imperador teria afirmado: "A ilha é um delicado estojo, digno de uma brilhante joia".
Optou-se assim por um pequeno "château" em estilo gótico-provençal, inspirado nas concepções do Arquiteto francês Violet-le-Duc, com projeto de autoria de Adolpho José Del Vecchio - então Engenheiro-Diretor de Obras do Ministério da Fazenda -, onde se destacavam as agulhas e as ameias medievais a adornar a silhueta da edificação.
A
construção do castelo levou 7,5 anos e foi feita por portugueses e
escravos, sendo finalizado em 1889, juntamente com a urbanização da
ilha.
Posteriormente, o projeto recebeu Medalha de Ouro em exposição no
Museu Nacional de Belas Artes.
O raro relógio de quatro faces
no torreão, de mais de 100 anos, foi instalado pela firma Krussmann,
funcionando através de corda, que é dada 2 vezes por semana. Na parte
superior do castelo, o visitante visualiza os pára-raios originais, um
complexo sistema que teve o cabo trocado apenas algumas vezes.
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