O autor Jack Kerouac introduziu a frase "Geração Beat"
em 1948, generalizada do seu círculo social para caracterizar o
submundo de juventude anti-conformista, reunida em Nova Iorque naquele
tempo. O nome surgiu numa conversa com o novelista John Clellon Holmes (que publicou um romance sobre a Geração Beat, Go, em 1952), junto com um manifesto no The New York Times: "This Is the Beat Generation". Em 1954, Nolan Miller o seu terceiro romance, Why I Am So Beat, relatando as festas de fim-de-semana de quatro estudantes.
O adjetivo "beat" foi introduzido ao grupo por Herbert Huncke,
embora Kerouac tenha expandido o significado do termo. "Beat" fazia
parte do calão do submundo – o mundo dos vigaristas, toxicodependentes e
pequenos ladrões, onde Ginsberg e Kerouac procuraram inspiração. Beat
era o calão para "beaten down" ou "downtrodden", ambas expressões que
podem significar oprimido, rebaixado, espezinhado. Mas para Kerouac,
tinha uma conotação espiritual. Outros adjetivos discutidos por Holmes e
Kerouac foram "found" (encontrado, achado) e "furtive" (furtivo).
Kerouac alegou que ele tinha identificado (e incorporado) uma nova
tendência análoga à influente Geração Perdida.
Em uma manhã do ano de 1953, um grupo de amigos e amigas, trabalhadores e
operários em sua maioria – alguns vadios, é verdade –, partilham uma
garrafa de vinho, que passa de mão em mão. Assim, com poucos
personagens, tem início Geração Beat, peça que Jack Kerouac (1922-1969) escreveu em 1957 – ano do estrondoso sucesso de On the Road – e que só agora vem a público.
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