quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Escola Técnica - Qualidade a Toda Prova

A minha vida estudantil foi bastante interessante não só no Liceu Cuiabano, Escola Técnica e UFMT.

As famílias que não tinham muitas posses para matricular os filhos no Salesiano S. Gonçalo e Coração de Jesus íam para a Escola Técnica Federal de Mato Grosso. Eu já sabia que iria para lá desde quando estudava no Liceu; primeiro por ser gratuíto e segundo por morar perto dela.

Meu pai havia estudado lá quando era Escola Artífice e o sonho dela era de alguma das três filhas fossem para lá e cursassem na UFMT posteriormente engenharia civil. E para decepção dele, todas nos tornamos professoras. 

O IFMT - Campus Cuiabá - Cel. Octayde Jorge da Silva foi fundado em 23 de setembro de 1909, através do decreto n.º 7.566, de 23/09/1909, de autoria do Presidente da República Nilo Peçanha.

 Inaugurado em 1° de janeiro de 1910 como Escola de Aprendizes Artífices de Mato Grosso (EAAMT), tinha como objetivo munir o aluno de uma arte que o habilitasse a exercer uma profissão e a se manter como artífice. Está no mesmo lugar desde então.

Em 1930, a EAAMT vinculou-se ao Ministério da Educação e Saúde Pública e, em 13 de janeiro de 1937, através da Lei nº 378, as Escolas de Aprendizes Artífices receberam a denominação de Liceus Industriais.

No entanto, somente em cinco de setembro de 1941, via Circular nº 1.971, a EAAMT assumiu oficialmente a denominação de Liceu Industrial de Mato Grosso (LIMT).

A partir da década de 1940, o ensino nacional passou por uma reforma denominada Reforma Capanema. Por meio dela, o LIMT transformou-se em Escola Industrial de Cuiabá (EIC), em função do Decreto-Lei nº 4.127, de 25 de fevereiro de 1942. A escola passou, assim, a oferecer o ensino profissional com cursos industriais básicos e de mestria de alfaiataria, sapataria, artes do couro, marcenaria, serralharia, tipografia e encadernação.

Meu pai antes estudara no Salesiano S, Gonçalo e fora expulso por ter acertado um "direto" no queixo do padre professor e na Escola Artifice se recusava a aprender alfaiataria pois cortar pano era coisa de mulher.

Através da Lei nº 3.552, de 16 de fevereiro de 1959, a EIC adquiriu personalidade jurídica própria e autonomia didática, administrativa, técnica e financeira. Com a expedição da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961, passou a oferecer o ensino profissional com cursos ginasiais industriais equiparados aos de 1º grau do ensino médio.

Em 20 de agosto de 1965, transformou-se em Escola Industrial Federal de Mato Grosso (EIFMT), em função da Lei n.º 4.759. Três anos depois, a Portaria Ministerial n.º 331, de 17 de junho de 1968, alterou a lei anterior e a escola industrial passou a denominar-se Escola Técnica Federal de Mato Grosso (ETFMT).

Com a reforma do ensino de 1º e 2º graus (antigos ginasial e colegial), introduzida pela Lei 5.692, de 11 de agosto de 1971, a ETFMT acabou de vez com os antigos cursos ginasiais industriais (1° grau), e passou a oferecer o ensino técnico de 2º grau integrado ao propedêutico. Além disso, deixou de atender, especificamente, alunos do sexo masculino, com a aceitação de mulheres nos referidos cursos.

Quando eu cheguei lá no final da década de 70, o Curso de Secretariado era composto em sua maioria por mulheres e lembro que na minha sala havia somente um homem. Não precisa dizer que todas olhávamos com bastante interesse...

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