A Agulha de Cleópatra não tem traços dos descobridores romanos nem do
arquiteto da realeza Christopher Wren, mas chama a atenção às margens do
Rio Tâmisa.
Trata-se de um verdadeiro obelisco egípcio, com 21 metros
de altura e 224 toneladas, ladeado por duas esfinges de bronze. No
entorno, hieroglifos comemoram vitórias bélicas do imperador Ramsés II.
A agulha foi um presente do Egito ao Reino Unido em 1819, decorrente das
conquistas de Lord Nelson na Batalha do Nilo e de Ralph Abercromby na
Batalha de Alexandria. Embora o governo britânico demonstrasse gratidão
pelo gesto, não se dignou, na época, a pagar o custo do transporte até a
ilha.
Em 1877, finalmente, surgiu o dinheiro para bancar a jornada. Só
que a aventura de desenterrar o obelisco de mais de 3 mil anos,
colocá-lo numa cápsula e rebocá-lo pelas águas até a Grã-Bretanha não
deu tão certo. O mar revolto não facilitou a viagem do monumento e
provocou a morte de seis marinheiros do navio.
Em 12 de setembro de
1878, quase 60 anos depois da oferta do presente, a Agulha de Cleópatra
foi erigida no Victoria Embankment.
Construído em 1460 A.C., o obelisco é conhecido como Cleopatra’s Needle
(Agulha de Cleópatra), mas tem pouquíssima relação com a a Rainha
Cleópatra VII Thea Filopator, já que a antecedeu em mais de 1,4 mil
anos.
A ligação deve-se ao lugar de onde o obelisco foi desenterrado
para ser movido para Londres. Ele encontrava-se em Alexandria, no templo
de Caesareum, construído por Cleópatra.
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