sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

A Agulha de Cleópatra em Londres

 A Agulha de Cleópatra não tem traços dos descobridores romanos nem do arquiteto da realeza Christopher Wren, mas chama a atenção às margens do Rio Tâmisa.

Trata-se de um verdadeiro obelisco egípcio, com 21 metros de altura e 224 toneladas, ladeado por duas esfinges de bronze. No entorno, hieroglifos comemoram vitórias bélicas do imperador Ramsés II.

 A agulha foi um presente do Egito ao Reino Unido em 1819, decorrente das conquistas de Lord Nelson na Batalha do Nilo e de Ralph Abercromby na Batalha de Alexandria. Embora o governo britânico demonstrasse gratidão pelo gesto, não se dignou, na época, a pagar o custo do transporte até a ilha.

 Em 1877, finalmente, surgiu o dinheiro para bancar a jornada. Só que a aventura de desenterrar o obelisco de mais de 3 mil anos, colocá-lo numa cápsula e rebocá-lo pelas águas até a Grã-Bretanha não deu tão certo. O mar revolto não facilitou a viagem do monumento e provocou a morte de seis marinheiros do navio.

 Em 12 de setembro de 1878, quase 60 anos depois da oferta do presente, a Agulha de Cleópatra foi erigida no Victoria Embankment.

Construído em 1460 A.C., o obelisco é conhecido como Cleopatra’s Needle (Agulha de Cleópatra), mas tem pouquíssima relação com a a Rainha Cleópatra VII Thea Filopator, já que a antecedeu em mais de 1,4 mil anos.

A ligação deve-se ao lugar de onde o obelisco foi desenterrado para ser movido para Londres. Ele encontrava-se em Alexandria, no templo de Caesareum, construído por Cleópatra.


Nenhum comentário:

Postar um comentário