"Nos últimos seis anos, pelo menos 72 albinos foram assassinados na
Tanzânia. Muitos tanzanianos acreditam que albinos tenham poderes
mágicos e que rituais de bruxaria usando partes do corpo de pessoas com
albinismo tragam sorte ou riqueza.
Alguns acreditam que os rituais são mais eficientes se a vítima grita
durante a amputação, então os braços, olhos e genitais normalmente são
extraídos de pessoas vivas. Muitos creem que os albinos não morrem, eles
simplesmente desaparecem.
Além disso, homens com HIV raptam meninas com albinismo na crença de que estuprá-las possa curar a Aids.
A ONU diz que a Tanzânia, que tem cerca de 200 mil albinos (0,4% da
população), é o país com mais ataques. Em seguida vêm Burundi, Quênia,
República Democrática do Congo, Suazilândia, África do Sul e Moçambique.
"Há gente graúda por trás dos assassinatos, políticos que encomendam
partes de albinos para fazer rituais e tentar se eleger", diz Josephat,
que é ativista da Sociedade de Albinos da Tanzânia.
"Há poucas condenações, porque todos esses rituais são secretos e é muito
difícil achar provas para condenar os assassinos de albinos", diz
Alshaymaa Kwegyir, primeira deputada albina da Tanzânia, nomeada pela
Presidência do país africano."(Folha de S. Paulo)
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