sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Cuiabá e Seus Fantasmas

  As ruas estreitas e casarões do Centro de Cuiabá guardam histórias e lendas que a maioria dos cuiabanos "não acredita, nem duvida". Muitos desses "causos" estão registrados na memória do cuiabano Aníbal Alencastro, de 70 anos, que é professor e descendente de Antônio Pedro Alencastro, governador da Província de Mato Grosso no século 18.

" Entre as lendas estão as de assombração, como a do estudante de direito que conheceu uma bela moça em um baile de carnaval no antigo Clube Feminino de Cuiabá, na Rua Barão de Melgaço, centro da cidade, onde hoje abriga a Secretaria de Cultura do município. "A moça era linda e usava máscara. Quando deu meia-noite ela quis ir embora e falou para o rapaz. Estava chovendo e ele falou que a levaria em casa. Ele então pegou a capa de chuva dele e a cobriu. Eles saíram em um táxi, que na época era chamado carro de praça", relatou.

 Segundo o historiador, o jovem era de família tradicional da cidade e estudava no Rio de Janeiro. Nessa época, no entanto, passava as férias na capital. "Quando o carro passou na frente do Cemitério Nossa Senhora da Piedade, ela pediu para parar porque era ali que morava. A moça entrou no cemitério à noite e deixou o rapaz confuso. Sem se conformar com a história, ele procurou o taxista no dia seguinte e pediu que fosse com ele até o cemitério de novo para que pudesse verificar o ocorrido. Lá o estudante conversou com o zelador que procurou o nome da jovem, Teodora, e encontrou em um livro de mortos. Ela já tinha morrido há cinco anos. O jovem pediu para ver o túmulo dela e então viu a foto da moça com quem ele tinha dançado na noite anterior. A capa de chuva que ele tinha emprestado estava em cima do túmulo", relatou.

 Existem diversos casarões e lugares antigos conhecidos tradicionalmente por serem mal-assombrados.

 Ainda há, nos dias de hoje, gente que escuta vozes e passos no prédio da Prefeitura de Cuiabá. Em um dos departamentos teria sido o Dops (Departamento de Ordem Política e Social) onde várias mortes ocorreram.

Pessoas relatam que ao passarem à noite pela antiga casa da professora Ana Maria do Couto, conhecida como May do Couto, no Centro de Cuiabá, gritos podem ser ouvidos. Uma das explicações populares é que ela tinha câncer e acabou morrendo na própria residência. Ao passar em frente da casa, as pessoas acabam escutando gritos de dor e gemidos da May Couto, motivados pela doença…"





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