"A pérola é o resultado de uma reação natural do molusco contra invasores
externos, como certos parasitas que procuram reproduzir-se em seu
interior. Para isso, esses organismos perfuram a concha e se alojam no
manto, uma fina camada de tecido que protege as vísceras da ostra.
Ao
defender-se do intruso, ela o ataca com uma substância segregada pelo
manto, chamada nácar ou madrepérola, composta de 90% de um material
calcário - a aragonita (CaCO3) -, 6% de material orgânico (conqueolina, o
principal componente da parte externa da concha) e 4% de água.
Depositada sobre o invasor em camadas concêntricas, essa substância
cristaliza-se rapidamente, isolando o perigo e formando uma pequena
bolota rígida. As pérolas perfeitamente esféricas só se formam quando o
parasita é totalmente recoberto pelo manto, o que faz com que a secreção
de nácar seja distribuída de maneira uniforme. Mas o mais comum é a
pérola ficar grudada na concha, como uma espécie de verruga.
Até o século XVII, não existia tecnologia para polir pedras preciosas
como rubis e esmeraldas, por isso as pérolas eram um dos maiores
símbolos de riqueza e poder, usadas como adorno nas mais valiosas joias
da época.
A cor da pérola varia conforme as condições ambientais e a saúde da ostra: as mais comuns são rosa, creme, branca, cinza e preta.
As formas da pérola dependem do formato do invasor e do local onde ele
se instala. As esféricas são as mais raras e, consequentemente, mais
valiosas."(Revista Mundo Estranho)
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