Os primeiros nove dias de setembro sempre me deixa ansiosa, irritada, sensível e por vezes eu choro sem motivos aparente...
Isso acontece desde que completei 30 anos; é como se eu não fosse viver até o dia 10/9 data de meu aniversário. Depois tudo volta ao normal e fico esperando o próximo aniversário.
Este ano não está sendo diferente e neste momento apreciando o entardecer me lembrei de uma música do Taiguara que me emociona muito...
Hoje
Trago em meu corpo as marcas do meu tempo
Meu desespero a vida num momento
A fossa, a fome, a flor, o fim do mundo
Hoje
Trago no olhar imagens distorcidas
Cores, viagens, mãos desconhecidas
Trazem a lua, a rua às minhas mãos
Mas hoje,
As minhas mãos enfraquecidas e vazias
Procuram nuas pelas luas, pelas ruas
Na solidão das noites frias por você
Hoje
Homens sem medo aportam no futuro
Eu tenho medo acordo e te procuro
Meu quarto escuro é inerte como a morte
Hoje
Homens de aço esperam da ciência
Eu desespero e abraço a tua ausência
Que é o que me resta, vivo em minha sorte
Ah, sorte
Eu não queria a juventude assim perdida
Eu não queria andar morrendo pela vida
Eu não queria amar assim
Como eu te amei
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