Há 44 anos, o mundo foi sacudido pelo "Caso "Watergate" e nunca a imprensa teve um papel tão primordial nos EUA. A partir daí a vida do presidente americano passou a ser de domínio público, e a qualquer sinal de corrupção ele é julgado e condenado a cumprir seu "crime" numa prisão comum. Ah! que maravilha é a verdadeira democracia!...
"Conhecido como um dos mais importantes
escândalos de toda história política dos Estados Unidos, o Caso
Watergate estabeleceu um marco nas relações entre o Estado e a mídia. Na
época, o presidente Richard Nixon foi o mais polêmico alvo de uma série
de investigações que escrutinaram as operações ilegais de seu governo e
as negociações escusas ocorridas nos bastidores políticos da época.
Tudo começou na madrugada do dia 17 de
junho de 1972. Nessa ocasião, um grupo de cinco homens arrombou o Comitê
Nacional do Partido Democrata localizado no edifício Watergate, em
Washington. Os autores foram identificados como apoiadores do Partido
Republicano que pretendiam instalar escutas eletrônicas no local para
obterem informações importantes de seus adversários. Em ano de eleição
presidencial, esta manobra poderia influir no resultado do pleito.
No começo do ano seguinte, com a prisão e
o julgamento dos envolvidos, tudo parecia estar resolvido. Entretanto,
quando um dos acusados reportou ao juiz John Sirica que o governo
conduzia uma grande operação para abafar o escândalo, as coisas tomaram
uma proporção ainda maior. O Congresso abriu um processo de impeachment
contra o presidente e exigiu uma cópia de todas as conversas gravadas do
presidente que tinham relação com o caso.
Por meio da análise das conversas
privadas de Nixon, a Comissão de Justiça da Câmara de Representantes
concluiu que o presidente sabia do plano das escutas eletrônicas e que
havia tentado usar de sua influência para barrar as investigações sobre
Watergate. Com isso, as autoridades acusaram Richard Nixon de tentar
obstruir a Justiça, abusar do poder e desacatar ordens judiciais.
Enquanto isso, a opinião pública e os meios de comunicação deixavam a
situação do presidente ainda pior.
No dia 9 de agosto de 1974, Richard
Nixon foi o primeiro governante estadunidense que anunciou a sua
renúncia ao cargo de presidente da nação. Buscando findar as agitações
do momento, o novo presidente Gerald Ford concedeu o perdão oficial para
que o julgamento de Nixon fosse interrompido. Por fim, somente os
assessores do ex-presidente – John Mitchell, HR Haldeman e John
Ehrlichman – foram condenados pelo envolvimento em Watergate.
A partir desse episódio, a opinião
pública norte-americana abandonou o antigo olhar de reverência e
distinção reservado ao presidente. Os deslizes dessa importante figura
pública não poderiam se colocar acima das leis que organizavam a vida
política dos Estados Unidos. Nos anos seguintes de sua vida, Nixon
evitou qualquer especulação relacionada ao seu patrimônio financeiro.
Sempre que convidado a fazer algum discurso ou palestra recusava o
pagamento de cachê.
Richard Nixon passou seus últimos dias
vivendo em Nova York, onde vivia uma rotina discreta alternada por
caminhadas noturnas, frequentes visitas às bibliotecas e a produção de
textos. Em abril de 1994, Nixon não suportou os efeitos de um derrame
cerebral que determinaram seu falecimento aos oitenta e um anos de
idade."(Brasilescola.uol.com)
Para saber mais que tal assistir o vencedor de 4 Oscars: Todos os Homens do Presidente?
Nenhum comentário:
Postar um comentário