quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Morre a Jornalista Clare Hollingworth

Um "furo" de reportagem acontece sem aviso prévio e estar presente deve ser a maior emoção da vida para o jornalista que participa desse momento único. O mesmo aconteceu com a jovem Clare quando avistou os tanques nazistas na Polônia e escreveu sua reportagem. E o melhor foi ela ter ajudado milhares de pessoas a serem salvas. Longa longa à Clare!.


"Clare Hollingworth, a correspondente de guerra que foi a primeira jornalista a noticiar a invasão da Polônia pelas tropas alemãs em 1939, morreu nesta terça-feira (10/1) em Hong Kong, aos 105 anos. A sua morte foi confirmada por um sobrinho-neto, autor de uma biografia sobre a jornalista.

Nascida em Leicester em 1911, Hollingworth era ainda uma "foca" recém-contratada pelo jornal Daily Telegraph quando viajou à Polônia no final de agosto de 1939. Ao percorrer a fronteira do país com a Alemanha, notou a presença de milhares de tropas alemãs que aguardavam a ordem de invasão.

Ela publicou a notícia no dia 28 de agosto com o título "Mil tanques concentrados na fronteira polonesa. Dez divisões prontas para ataque imediato". O artigo saiu sem assinatura, como era o padrão da época. Segundo o jornal The Guardian, a reportagem foi um dos maiores "furos" do século 20.

No dia 1 de setembro, as tropas alemãs invadiram a Polônia sob as ordens do ditador Adolf Hitler, evento que desencadearia a Segunda Guerra Mundial. Hollingworth também presenciou a invasão de fato ao ser acordada pelas bombas lançadas na cidade polonesa de Katowice. Sua matéria sobre o início oficial do conflito apareceu nas páginas do Telegraph no dia seguinte.

Ela passaria o resto da guerra reportando de frontes como o leste europeu e o norte da África.

No início de 1939, quando ainda não trabalhava para Daily Telegraph, Hollingworth ajudou milhares de refugiados que fugiam da perseguição nazista na região dos Sudetos, área da Tchecoslováquia que havia sido anexada pela Alemanha no ano anterior.

Na posição de funcionária de uma organização pacifista que atuava na Polônia, ela auxiliou os refugiados a obter documentos de viagem que permitiam que eles fugissem para o país. Ela reportou o drama dos refugiados para pequenos periódicos da Inglaterra. Ao ler as histórias, os editores do Telegraph convidaram Hollingworth a fazer parte do quadro de jornalistas da publicação."(www.dw.com/pt-br)

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