Eu já postei sobre o Atol do Biquíni, mas acabei de ler uma notícia sobre a radiação que ainda existe lá, então, informação nunca é demais. Eu estava falando sobre a turma do Bob Esponja que "vive" na Fenda do Biquíni e os alunos se sentiram "ultrajados" com a informação. "Mas, como assim? A senhora acabou com minhas ilusões; meu Deus, eu nunca soube disso..."
"Precisamos falar sobre o Bob Esponja. Já parou para pensar
que ele e seus amigos são criaturas do mar que conversam, trabalham e
até andam de carro? Tudo bem, você pode dizer que ele é só um desenho
animado, mas aqui vai uma bomba nuclear direto na sua infância: Bob mora
no fundo de um campo submarino de testes nucleares de verdade, o Atol
de Bikini, onde os Estados Unidos testaram 23 bombas nucleares
entre 1946 e 1958. Toda essa radiação pode ser a explicação para a
existência da turma da Fenda do Bikini na ficção, mas, na vida real, ela
é ameaçadora. E, ao contrário do que pensavam os cientistas, permanece
perigosíssima mesmo depois de tantas décadas.
Isso é o que mostra um novo estudo publicado na revista da Academia de Ciências dos Estados Unidos
(PNAS): mesmo depois de 58 anos, o material que sobrou das explosões
continua com níveis perigosos de radiação. Hoje, 184 millirems ainda são
liberados por ano na Fenda do Bikini – “rem” significa “Roentgen
equivalent in man”, e é a unidade usada para medir a dose de
radioatividade absorvida pelo homem ou por outros mamíferos em
determinado lugar. O número surpreendeu os cientistas, já que, nos anos
1970, quando a última medição foi feita por um time da Universidade de
Columbia, imaginava-se que a o perigo fosse diminuindo aos poucos. A
hipótese era que o índice atual fosse estar entre 16 e 24 millirems.
Se vivêssemos no universo dos quadrinhos e dos desenhos
animados, o Bob Esponja poderia até ganhar superpoderes com uma radiação
tão alta assim. Mas a realidade é mais dura. De 1948 e 2011, a
universidade de Cambridge estudou 200 mil sobreviventes
dos ataques nucleares em Hiroshima e Nagasaki, e concluiu que, se uma
pessoa passar a vida exposta a 1 rem (mil vezes mais que 1 millirem) de
radiação, ela terá uma chance cinco ou seis vezes maior de morrer de
câncer. Se a gente imaginar que uma pessoa vive 70 anos, e que ela
recebe, por ano, 184 millirems de radiação, durante a vida toda, ela vai
ter recebido 12.880 millirems – 12 vezes mais radiação do que o ponto
de partida estabelecido pelo estudo de Cambridge como a quantidade-base
de perigo. Ah, e detalhe: em 1970, os Estados Unidos e a República das
Ilhas Marshall (que controla a fenda) estabeleceram que uma radiação de
100 millirem por ano já representaria um grande perigo para a saúde.
Mesmo assim, em 1997, a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), órgão dos EUA que determina os níveis seguros de radiação,
definiu que já era seguro caminhar nas ilhas afetadas, dizendo que o
risco de contaminação só era grande na alimentação. E, em 2010, o atol
foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, por conservar
evidências do poder das armas nucleares – mas, por enquanto, só mesmo a
galera do Bob Esponja pode morar por lá sem riscos de desenvolver
câncer."(super.abril.com.br/)
ou 😮😯😲😮😯😲😮😯😲😮😯😲😮😯😲😮😯😲😮😯😲😮😯😲
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