quarta-feira, 28 de junho de 2017

Alguns Mitos sobre o Nazismo

Quanto mais estudamos sobre a Alemanha Nazista mais fatos acabamos descobrindo. E ainda bem que a net existe para trazer ao público as pesquisas que os Historiadores anualmente nos apresentam em formas de livros ou artigos.  
A Revista Aventura na História, nos apresenta alguns mitos que são considerados em nosso meio como lendas urbanas.
 

"1. Alemães são "arianos"
 

Essa é uma das maiores bizarrices nazistas. Arianos eram invasores do Cáucaso que, há quase 4 mil anos, conquistaram a Índia e a Pérsia - Irã, nome que a Pérsia assumiu em 1935 quer dizer “terra dos arianos”. Teóricos do século 19 levantaram a hipótese de que esses conquistadores também chegaram à Europa, porque lá se fala línguas indo-europeias, aparentadas ao sânscrito, hindi e persa (incluindo o português). Uma migração do Cáucaso é o coerente com o que se acredita ainda hoje, ainda que a palavra "ariano" se refira apenas à leva asiática. 
Mas os nazistas tinham outra parte: para eles, só no norte da Europa os arianos se mantiveram "puros" – isto é, os alemães seriam mais "arianos" do que povos com real ligação com os arianos, os indianos e iranianos.Isso tem zero base na realidade.
 

2. O Brasil tinha o maior número de nazistas fora da Alemanha 

Os membros do Partido Nazista no Brasil eram menos de 3 mil. Todos alemães nativos, não descendentes, porque esses eram vistos como mestiços degenerados, que perderam sua cultura, e ninguém nem se dava ao trabalho de conferir seus ancestrais. Nos Estados Unidos, somente a Liga Germano-Americana tinha 25 mil filiados com fortes vínculos com o nazismo – eles desfilavam com bandeiras americanas ao lado da suástica. Antes da guerra, o nazismo era tido por uma ideologia tolerável, se antipática.
 









3. O exército alemão era formado apenas por alemães

Havia muitos estrangeiros nas forças alemãs, inclusive as SS. Muçulmanos dos Bálcãs, simpatizantes espanhóis, franceses, ingleses e mais. Até mesmo judeus da Finlândia ajudaram os nazistas. Quase no fim da guerra. cerca de 10% do Exército alemão estacionado França era de soldados russos, fugidos do regime soviético. Após o Dia D, Yang Kyoungjong, um coreano, foi capturado pelos americanos entre as forças nazistas, servindo na França. Ele havia lutado pelo Japão, depois no Exército Vermelho, por fim a Wehrmacht. Morreu em 1992.
 












4. Todos os alemães eram Nazistas

Ninguém era obrigado a se filiar ao partido – ainda que isso tivesse óbvias vantagens. O maior general da Alemanha nazista, Erwin Rommel, não era filiado - e acabou sendo forçado a se matar sob suspeita de participar de uma conspiração para assassinar Hitler. Outros oficiais - como o almirante Canaris - simplesmente boicotavam o regime nazista tanto quanto podiam. Alguns membros do partido praticaram resistência passiva, como Oscar Schindler. E o grupo estudantil Rosa Branca chegou a realizar passeata contra o nazismo nas ruas de Munique.  

5. Só os judeus foram mortos pelos nazistas  

Nazismo não era apenas contra judeus, mas também a "decadência moral" e a "poluição genética". Os primeiros exterminados pelo regime foram deficientes físicos e mentais, para evitar que passassem seus genes. Embora os judeus tenham se tornado as mais conhecidas vítimas do nazismo, ciganos, homossexuais, maçons, comunistas e até testemunhas de Jeová também estavam entre os assassinados pela política de Hitler. 

Mais de 100 mil gays foram presos e pelo menos 10 mil executados. Cada tipo de prisioneiro usava uma insígnia diferente no uniforme. Judeus, famosamente, a estrela amarela. Homossexuais, um triângulo rosa - que foi um símbolo inicial do movimento gay, até a adoção do arco-íris, nos anos 1970, já que o primeiro era muito deprimente."(Revista Aventura na História)




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