Há 72 anos atrás uma segunda bomba atômica era lançada sobre o Japão...Depois de ter seu voo atrasado, o Bockscar chegou a Nagasaki às 11:50, no horário de Tinian.
A bomba Fat Man, contendo um núcleo de cerca de 6,4 kg de plutônio,
foi lançada sobre o vale industrial da cidade. Ela explodiu 47 segundos
depois há 503 metros do chão, acima de um campo de tênis a meio caminho
entre a Mitsubishi Steel and Arms Works no sul e no Nagasaki Arsenal, no
norte.
Tudo aconteceu cerca de 3 km a noroeste do hipocentro planejado.
A explosão resultante teve um rendimento equivalente a 22.000 toneladas
de TNT. O calor gerado durante a explosão foi de 3.900 ° C e os ventos
chegaram a 1.005 km/h. Quarenta mil pessoas morreram, e outras quarenta
mil ficaram feridas, de acordo com estimativas do pós-guerra do governo
americano. O raio de destruição total foi de cerca de 1,6 km.
"Não sabia que era uma bomba atômica. Estava brincando e achei bonita a nuvem em forma de cogumelo que crescia no azul do céu", lembrou o artista plástico japonês Masanobu Kazurayama, de 78 anos. A nuvem em questão era oriunda da explosão de uma bomba atômica lançada pelos Estados Unidos na cidade de Nagasaki, no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial.
Mesmo tendo seis anos à época, o dia 9 de agosto de 1945 ficou gravado na memória do imigrante que mora em Mato Grosso há 53 anos. "Minha mãe me puxou pelo braço e me levou para o esconderijo no quintal, onde precisamos nos esconder durante os bombardeios", contou o sobrevivente.
Kazurayama testemunhou tanto a guerra quanto a fome e a destruição do país. "Durante a guerra não tinha comida, passamos fome. A minha sorte foi meu pai ser agricultor, por isso nós tinhamos o básico. Com o fim da guerra, pessoas iam na minha casa para trocar jóias e kimonos por comida", recorda. "Eu me lembro de olhar para o céu e ver os aviões passando muito perto do chão e dos telhados das casas".
O imigrante decidiu vir para o Brasil em 1961, após ouvir notícias sobre oportunidades de trabalho por meio da agricultura, além da possibilidade de viver em um país que os japoneses consideravam como pacífico e acolhedor.
Casado há 55 anos, o artista plástico tem cinco filhos e atualmente mora em Cuiabá, onde dá aulas de pintura na Associação Cultural Nipo Brasileira de Cuiabá e Várzea Grande e na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Kazurayama contou que ouvia muito sobre o Brasil durante a adolescência. Japoneses se referiam ao país como acolhedor, pacífico e com terras para plantação a perder de vista. "Em 1959 vi um anúncio sobre uma cooperativa de São Paulo que estava recrutando jovens para trabalhar com agricultura e decidi me candidatar"."(muvucapopular.com.br)
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