A Historia é realmente uma disciplina magnífica e tem brasileiro que não faz nenhuma questão de conhecê-la. Muitos são "leitores de orelha" e repassam inverdades pela web e o pior é a grande maioria das pessoas que acreditam em posts, sem conhecimento ou leitura dos autores clássicos de nossa Historiografia.!
Eu estava assistindo o jornal da Band, 12/12/2017, e uma notícia me chamou atenção: "a exposição temporária 'Minerais da Coleção Werner', que será aberta ao público na próxima quinta-feira (14), é uma homenagem aos 200 anos da morte do cientista (1749-1817). Estarão expostas cerca de 60 peças que representam a diversidade de minerais que compõem a coleção, assim como algumas referências da época (reprodução de trechos do catálogo, fichas históricas) e uma breve história da coleção."
É claro que sei tudo sobre Napoleão Bonaparte e a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil, entretanto, nunca tinha ouvido falar da Coleção Werner. É uma pena que o Museu Nacional está tão longe, senão já estaria na fila para a visitação. Eu encontrei uma notícia na web e resolvi postar para os apaixonados por minérios e História é claro.
"A história da Coleção Werner tem início no final do século XVIII, com sua aquisição por, Antônio de Araújo Azevedo, 1º Conde da Barca, junto à Escola de Minas de Freiberg (Alemanha), por ordem da Coroa Portuguesa. A Escola de Minas de Freiberg possuía como figura mais destacada o cientista Abraham Gottlob Werner (1749-1817), fundador da mineralogia moderna.
Werner foi o precursor do método de identificação dos minerais de forma sistemática através das suas propriedades físicas, como: sistema cristalino, cor, traço, brilho, tipo de clivagem, fratura e dureza. O conhecimento e fama de Werner atraíram estudantes de toda a Europa e até da América. Entre os estudantes de Werner podemos citar o conhecido José Bonifácio de Andrada e Silva, atualmente evocado como patriarca da independência.
Ao chegar a Portugal, vinda da Alemanha, a coleção passou por maus bocados. Como Portugal já se encontrava em um período turbulento, as caixas com as amostras ficaram na alfandega do porto durante meses sem que ninguém fosse dar conta delas. “Certo dia abriram as caixas para ver o que era e quando viram que era um monte de pedras decidiram jogá-las no rio, mas Carlos Napion, um engenheiro militar italiano a serviço da Coroa Portuguesa, ficou sabendo da história, interviu e evitou que a coleção fosse perdida”, relata Fabiano Faulstich.
Durante a fuga da Família Real Portuguesa (1808-1809), a “Coleção Werner” foi trazida para o Brasil a bordo da nau Medusa, pois, segundo consta, havia ordens expressas de Napoleão Bonaparte para o seu confisco e envio à Paris após a invasão de Portugal. A princípio a Coleção Werner foi encaminhada à Academia Real Militar, atual Instituto Militar de Engenharia, onde serviu para aulas práticas dos alunos desta instituição. O ilustre geólogo alemão Barão Von Eschwege transferiu-a ao Museu Real em 1819 sendo, portanto, a primeira coleção científica a compor o acervo do Museu Nacional."(www.jb.com.br)
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