terça-feira, 23 de janeiro de 2018

O Fenômeno K-Pop Coreano

Eu estava assistindo o Domingo Espetacular e mostrou uma reportagem destacando que o rosto mais lindo de 2017 foi o do cantor sul-coreano Kim Tae-hyung, vocalista da banda BTS. E que esse levantamento é  realizado anualmente pela Independent Critics, que busca representar o “ideal de beleza” em voga a cada ano, tanto para homens quanto para mulheres.
Para os padrões asiáticos ele é bonito e de acordo com a própria instituição, “a estética perfeita é apenas um dos critérios: graça, elegância, originalidade, ousadia, paixão, classe, equilíbrio, alegria, esperança… tudo isso está encarnado em um rosto lindo”. Bem, se eles dizem, então tá...

Só então me atentei que estavam falando do famoso K-Pop coreano e que no Brasil faz o maior sucesso entre os adolescentes. É muito legal curtir bandas de culturas diferentes e como essa não é minha "praia" resolvi buscar mais conhecimentos. E preciso saber, porque vai que entre os novos alunos algum gosta desse tipo de música e banda?
 
"A Indústria

A projeção internacional do K-pop aconteceu nos anos 2000, como explica a pesquisadora da Universidade da Califórnia Suk-Young Kim, autora de um livro sobre K-pop que será lançado em 2018. “As empresas não vendiam mais discos por causa da internet e precisavam pensar em uma estratégia de mercado em outros países”, diz. “Fizeram pesquisas e contrataram músicos de todo lugar. Os times de criação se tornaram globais”, diz Kim. 


“A intenção é dominar a internet com vídeos poderosos e vender um ‘lifestyle’, o que inclui de cosméticos a roupas. É tudo planejado.” O potencial é aproveitado pelo governo, que não só investe nas empresas de entretenimento como nomeia estrelas da música como porta-vozes do turismo. Há também um viés econômico. “O plano é fazer o mundo associar os produtos coreanos, como um carro da Kia, à sofisticação”, afirma o especialista em cultura asiática contemporânea Stephen Epstein, professor da Universidade Victoria, na Nova Zelândia. No mercado interno, porém, o K-pop existe há pelo menos 25 anos.

Começou em meados da década de 1990, junto com o boom das “boy bands” nos Estados Unidos. “Foi quando o país passou a se ocidentalizar”, afirma Marcelo Song, 60 anos, vice-presidente da Associação Cultural Coreana, em São Paulo, desde os 10 morando no Brasil. Mas, diferentemente da indústria norte-americana, na coreana o modelo não se exauriu. 


O grupo mais antigo em atividade, Shinhwa, existe desde 1998. Funciona assim: as empresas de entretenimento fazem audições anuais nas quais recrutam jovens a partir dos 11 anos para um programa de trainee. Eles têm aulas de dança, de canto, de comportamento. Passam de três a quatro anos – às vezes até dez, segundo Kim – sendo formatados para depois concorrerem a uma vaga em um grupo, que normalmente tem de quatro a 13 integrantes. Então “debutam”, termo usado para o momento em que divulgam a primeira música. 

A canção é lançada com um clipe superproduzido e cheio de referências, do hip-hop à videoarte. Nesse ponto, já são considerados “idols”. Participam de dramas, “reality shows”, programas de entretenimento. O ciclo está fechado. Em setembro, a empresa S.M. vai realizar uma audição no Brasil, que definitivamente se tornou um alvo da indústria do K-pop. “A Coreia do Sul está se lançando para o mundo e quer que o mundo fique do lado dela”, diz Epstein."(https://istoe.com.br)

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