E para os alunos que ainda estão interessados em saber mais sobre o Largo/Praça da Mandioca, irei postar mais algumas informações...
"No Centro Histórico de Cuiabá, é muito difícil alguém admitir que sabe onde fica a Praça Conde de Azambuja. Ou o Largo do Sebo, a Praça Real… Muito menos, o Caminho das Trepadeiras.
Quando se fala, no entanto, na Praça da Mandioca, a opinião é unânime: trata-se de um dos locais mais charmosos dessa área nobre da capital mato-grossense, referência turística e um dos principais points noturnos da cuiabania.
Datada do inicio do Século XVIII, a região da praça foi uma das primeiras ocupações imobiliárias da cidade.
Localizada em um importante ponto da Capital – na confluência das ruas do Meio (Ricardo Franco) e de Cima (Pedro Celestino) -, nos primórdios da história, a praça tinha localização considerada estratégica por se situar próximo dos pontos de retirada de ouro, no Córrego da Prainha (a atual Avenida Tenente-Coronel Duarte).
O nome de Praça Real advém da localização de um imóvel construído em 1726 e que foi residência em Cuiabá dos primeiros governadores do período colonial.
Entre os ilustres hospedes da residência dos capitais está o militar administrador colonial português Luis de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres.
“Era nesta praça que a elite da época se encontrava. Este era um ponto de efervescência. As mulheres, com seus lindos vestidos longos, andavam pelas ruas de terra da praça. As festas religiosas e profanas eram todas realizadas no local e duravam quase uma semana”, disse Neila Barreto.
Sobre o nome Largo do Sebo, a historiadora revelou que a denominação não tinha um motivo tão nobre assim.
“Na época, matavam-se os animais, tiravam a pele e a estendiam no local. O cheiro era forte e, de longe, se sentia o odor. As pessoas costumavam comentar sobre o “cheiro de sebo”. Este fato aconteceu por volta de 1730, permanecendo até 1800”, revelou.
Já sobre a denominação de Praça da Mandioca, ela contou que a alteração do nome aconteceu um pouco mais tarde.
“Devido à concentração de muitos nobres na região, os comerciantes se concentravam no local para vender os produtos trazidos diretamente de fazendas. Posteriormente, foi mantida uma espécie de feira livre e, desde então, ficou popularmente conhecida como Praça da Mandioca”, disse.
Para se chegar à Praça da Mandioca é só seguir a Rua Pedro Celestino – antiga Rua das Trepadeiras ou Rua de Cima para os antigos cuiabanos -, passando em frente à Prefeitura de Cuiabá, na Praça Alencastro.
“Sem dúvida, o lugar tem muitos vestígios de nossa história e, com tal, deve ser preservado e dinamizado para servir de memória, de identidade para os cuiabanos. Sua natureza de ocupação é festiva”, observou Neila Barreto.
A historiadora ainda lembrou que a praça, hoje encravada no bairro Araés, no ponto central da Capital, se transformou em um ponto de efervescência cultural. São partes do calendário, por exemplo, o já tradicional Carnaval de Rua e as festas juninas.
“Esse é o Pelourinho de Cuiabá. Passar pela praça é passear por um lugar importante da historia da Capital. É só fechar os olhos e viajar no tempo” completou."(www.dominiojovem.com.br)
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