terça-feira, 13 de março de 2018

Morre aos 96 anos o "Contador de Auschwitz"

Viver num país onde a Justiça funciona deve ser maravilhoso. E não importa se o preso tem 80 ou 96 anos de idade, ele é criminoso, vai para cadeia e cumpre toda a pena sem regalias. Tomara que eu ainda esteja viva para presenciar isso acontecer no Brasil.
"Ex-membro da tropa de elite nazista, Oskar Gröning foi condenado a quatro anos de prisão por cumplicidade no massacre de 300 mil pessoas no campo de extermínio de Auschwitz. Mas chegou a ir para cadeia.

Oskar Gröning, ex-membro da Waffen-SS (tropa de elite nazista) e conhecido como "contador de Auschwitz", morreu aos 96 anos, informou nesta segunda-feira (12/03) a imprensa alemã.

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Gröning foi condenado em 2015 pelo Tribunal Regional da cidade de Lüneburg a quatro anos de prisão, por cumplicidade no massacre de 300 mil pessoas no campo de extermínio nazista de Auschwitz. Ele serviu no local em 1942 e 1943, durante a ocupação nazista na Polônia.

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Durante os dois anos em que trabalhou em Auschwitz, Gröning confessou ter reunido dinheiro de pessoas presas pelo regime e enviado para Berlim. Sua função era administrar dinheiro, joias e outros objetos de valor dos deportados – o que lhe valeu o apelido de "contador de Auschwitz", dado pela mídia alemã.

Gröning também cuidava da bagagem dos prisioneiros, quando estes chegavam ao campo de concentração. "Nosso objetivo era evitar roubos", afirmou, certa vez, o nonagenário. "Não tínhamos nada a ver com a vigilância de prisioneiros."

Ele foi acusado pela promotoria de ter ocultado indícios de assassinato em massa ao ajudar a dar sumiço à bagagem dos prisioneiros. O órgão também o acusou de, como contador, separar o dinheiro e objetos de valor das vítimas, encaminhando-os, mais tarde, para Berlim, mesmo sabendo que Auschwitz servia para o assassinato em massa durante o Holocausto.

Apesar de afirmar que as mortes no campo de extermínio não tinham relação com sua área de trabalho, Gröning admitiu durante o processo ter "culpa moral" pelos assassinatos. Ele expressou seu arrependimento e pediu perdão aos sobreviventes e familiares das vítimas.

O processo contra o ex-membro da SS foi destaque entre os julgamentos tardios de criminosos de regime nazista. Eles foram iniciados após o precedente aberto pelo caso do ucraniano John Demjanjuk, condenado em 2011 a cinco anos de prisão por cumplicidade nas mortes do campo de extermínio de Sobibor, na Polônia ocupada."(dw.com)

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