Eu já postei aqui sobre o funcionamento de uma High School no Japão e como a limpeza da sala de aula faz parte da educação escolar até a idade adulta.
Questionado sobre o porque dos torcedores juntarem seu lixo depois do jogo: "nós aprendemos logo cedo na vida que é fácil levar esse hábito para onde quer que nós formos", fala Chikako Ehara torcedor do Japão. Um outro respondeu "é também uma forma de sermos respeitosos com os anfitriões", afirma Mamoru.
http://maringa.odiario.com/maringa/2017/04/populacao-joga-5-toneladas-de-lixo-por-dia-nas-ruas-do-centro/2355974/O Brasil produz em média 387 quilos de resíduos por habitante por ano, quantidade similar à de países como Croácia (também 387), Hungria (385) e maior que a de nações como México (360), Japão (354) ou Coreia do Sul (358). Mas só destina corretamente pouco mais da metade do que coleta (58%), enquanto esses países trabalham com taxas mínimas de 96%. Em termos de destinação do lixo, o Brasil está mais parecido com a Nigéria (apenas 40% vai para o local adequado).
Então, resolvi postar alguns trechos do editorial e quem sabe algum dia todos seremos como os japoneses em questão de EDUCAÇÃO.!
"A melhor maneira de educar é aquela que vem por meio do exemplo. É um ensinamento perene, que fica e se perpetua. Os japoneses e orientais em geral sabem muito bem disso e fazem do seu comportamento e postura perante a vida um exemplo constante. A sabedoria oriental milenar inspira famosos e anônimos mundo afora. Disciplina, dedicação e respeito são aprendidos na infância, muitas vezes sem que os pais precisem dizer uma palavra sequer, apenas demonstrem em suas atitudes cotidianas.
Por ter estas virtudes internalizadas os torcedores japoneses se espantaram com a repercussão do fato de recolherem seu próprio lixo dos estádios após os jogos da seleção do seu país. Ao serem questionados porque o fazem, disseram que é algo que faz parte da cultura japonesa, tão natural que tem até um nome específico, souji. A palavra tem vários significados, entre eles limpeza e varrição. Para os japoneses, ela engloba um pensamento muito simples: quem sujou, limpa.
A filosofia, passada de geração para geração, vai além de um hábito que já havia chamado a atenção na Copa de 2014, no Brasil, e acabou contagiando, de maneira positiva, torcedores de outras nacionalidades.
O souji faz parte do currículo escolar. Nas escolas, as crianças japonesas realizam tarefas como limpar os banheiros, varrer o chão e lavar a louça em um sistema de rodízio de tarefas coordenado pelos professores. O objetivo é ensiná-las a se importar com espaços públicos. O resultado são os adultos que limpam os estádios e deixam os outros embasbacados.
Imagine uma postura dessas em um país como o Brasil, onde ainda perpetua o discurso odioso e arcaico que prega o "sujar para dar emprego a quem limpa". Quando crianças e jovens não são sequer estimulados a colaborar em casa, não há como esperar que adultos deixem de achar normal jogar a bituca de cigarro e a latinha pela janela do carro."
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