"Natural do Rio de Janeiro, Francisca Edwiges Neves Gonzaga, que depois ficaria conhecida como Chiquinha, teve aulas de música desde a infância e compôs a primeira canção com apenas 11 anos. Afilhada de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, a jovem recebeu uma educação rígida, por influência da família do pai, que era general do exército imperial.
Aos 16 anos foi forçada pelos pais a se casar com o oficial da marinha, Jacinto Ribeiro do Amaral, com quem teve três filhos. A união, no entanto, durou poucos anos e Chiquinha pediu a separação. A decisão foi motivo de grandes críticas na época e a musicista foi proibida de cuidar dos filhos mais novos, convivendo apenas com o primeiro, João Gualberto.
Chiquinha começou a dar aulas de piano e o gosto pela música a tornou a primeira grande compositora de música popular do Brasil. O seu primeiro sucesso foi a polca Atraente, de 1877. A pianista logo começou a escrever trilhas de peças, como as operetas Forrobodó e A Corte na Roça.
A composição mais popular de Chiquinha hoje é a marchinha de carnaval Ó Abre Alas. Lançada em 1899, a música foi uma das primeiras escritas especialmente para a festividade. Outros sucessos da pianista foram o tango Gaúcho e a habanera Sonhando.
Neta de uma escrava alforriada, Chiquinha também foi uma grande defensora do movimento abolicionista. A pianista ainda teve mais dois relacionamentos longos durante a vida, depois da primeira separação. Aos 20 anos, reencontrou o namorado da juventude, o engenheiro João Batista de Carvalho, com quem teve uma filha, Alice Maria. E aos 52 anos, começou a namorar o jovem músico João Batista Fernandes Lage, de apenas 16 anos, com quem ficou até o fim da vida.
Chiquinha morreu aos 87 anos, no Rio de Janeiro, deixando como legado, um acervo de aproximadamente trezentas composições.
A importância de Chiquinha Gonzaga para a música nacional foi reconhecida também por lei. A partir de 2012, na data do nascimento da artista, 17 de outubro, passou a ser comemorado o "Dia da Música Popular Brasileira".
Em 1999 a rede globo de televisão reproduziu a minissérie "Chiquinha Gonzaga" focada na vida e obra da artista. Além disso, foi personagem do filme "Brasília 18%" (2006), papel desenvolvido por Bete Mendes.
A obra de Chiquinha Gonzaga inclui peças para piano, piano solo e canto. A artista passeia por diversos ritmos, como tangos brasileiros, canções, polcas, valsas, habaneras, fados, baladas, modinhas, choros, mazurcas, dobrados, duetos, serenatas e peças sacras."(veja.abril.com.br)
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