É véspera de Natal e no Brasil e no mundo católico, todos aguardam a meia-noite para a ceia natalina, as preces de agradecimento e os presentes.
Nem todas as pessoas comemoram o Natal no dia 25 de dezembro. Algumas
culturas, nem sequer comemoram o Natal, como referência ao nascimento de
Jesus Cristo (ou Jesus de Nazaré).
Natal é um feriado e festival religioso cristão originalmente destinado
a celebrar o nascimento anual do Deus Sol no solstício de inverno e
adaptado pela Igreja Católica, no terceiro século d.C., pelo imperador
Constantino para comemorar o nascimento de Jesus de Nazaré.
Porém, nem todas as culturas absorveram a tradição de celebrar o dia 25
de dezembro, seja como uma homenagem ao nascimento de Jesus, ou, pela
adoração da passagem do sol ao redor da Terra.
"Judaísmo
Os judeus não comemorem o Natal e o Ano Novo na mesma época que a
grande maioria dos povos, mas para eles, o mês de dezembro também é de
festa. Apesar de acreditarem que Jesus existiu, os judeus não mantêm uma
relação de divindade com ele.
Na noite do mesmo dia 24 de dezembro os judeus comemoram o Hanukah, que
do hebraico significa festa das luzes. Esta data marca a vitória do
povo judeus sobre os gregos conquistada, há dois mil anos, em uma
batalha pela liberdade de poder seguir sua religião.
Apesar de não ser tão famosa no Brasil, a festa de Hanukah, que,
tradicionalmente, dura 8 dias, em outros países é tão "pop" como o
Natal. Em Nova Iorque, por exemplo, as lojas que vendem enfeites de
Natal também vendem o menorah (candelabro de 8 velas considerado o
símbolo da festividade judaica). "Para cada um dos 8 dias acendemos uma
vela até que o candelabro todo esteja aceso no último dia de festa",
explica o rabino.
O peru e bacalhau típicos do Natal católico são substituídos por
panquecas de batata e bolinhos fritos em azeite. E em vez de
desembrulharem presentes à meia-noite, as crianças recebem habitualmente
dinheiro.
Afro-Brasileiras (Candomblé e Umbanda)
Yemanjá, Yansã e Oxum são entidades comemoradas ao longo do ano nas
religiões afro-brasileiras, que têm no mês de dezembro um simbolismo
todo especial. Mas para os umbandistas a comemoração do natal cristão é
algo mais natural, porque a maioria dos seus seguidores e médiuns
praticantes veio da religião cristã. A umbanda encontrou um lugar para
Cristo no rol de suas divindades – ele é associado a Oxalá, considerado o
maior Orixá de todos. No dia 25 de dezembro, os umbandistas agradecem à
entidade que, segundo a sua crença, comanda todas as forças da
natureza.
Alguns terreiros de Candomblé também oferecem algum ritual especial à
data, mas a prática não configura uma passagem obrigatória em todos os
centros.
Islamismo
Ao contrário das religiões cristãs - para as quais Jesus é o Messias, o
enviado de Deus - o islamismo dá maior relevância aos ensinamentos de
Mohamad, profeta posterior a Jesus (que teria vivido entre os anos 570 e
632 d.C.), pois este teria vindo ao mundo completar a mensagem de Jesus
e dos demais profetas.
Em relação à celebração do Natal, os muçulmanos mantêm uma relação de
respeito, apesar de a data não ser considerada sagrado para o seu credo.
Para os muçulmanos, existem apenas duas festas religiosas: o Eid El
Fitr, que é a comemoração após o término do mês de jejum (Ramadan) e o
Eid Al Adha, onde comemoram a obediência do Profeta Abraão a Deus.
Protestantismo
Embora seja uma religião cristã, é subdividida em diversas “visões” da
Bíblia. Algumas comemoram o Natal como os católicos, outros buscam na
Bíblia e no histórico religioso, cuja data de nascimento de Cristo é
discutida, um fundamento para não comemorar a data tal como é comemorada
no catolicismo. É o caso das testemunhas de Jeová, por exemplo.
Já a
Assembleia de Deus e a Presbiteriana comemoram o Natal com o simbolismo
da presença de Cristo entre os homens, onde a finalidade é levar a uma
instância reflexiva a respeito de Cristo. Festejar condignamente o Natal
é uma bênção e inspiração para todos quantos nasceram do Espírito ao
tornarem-se filhos de Deus pela fé em Cristo, para os evangélicos."(www.ebc.com.br)
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