quarta-feira, 29 de maio de 2019

A Série Kingdom

A Netflix tem inúmeras séries para maratonar, mas Kingdom é muito divertida se o objetivo é relaxar e aprender algo sobre a Coreia Medieval. O diferencial é a presença de zumbis e como a comunidade lida com os chamados "mortos vivos". Eu recomendo, uma vez que achei a pegada sensacional...
  

"A série sul coreana Kingdom que estreou na Netflix sem qualquer alarde no fim de janeiro - não foge a regra das americanas, onde a temática zumbis vai da surpresa The Walking Dead até as mais simples como Z- Nation.

Em um resumo, a primeira temporada acompanha o príncipe herdeiro Yi-Chang (papel de Ju Ji-hoon) na Coreia medieval que, impedido de contatar o próprio pai - isolado no palácio por conta de uma infecção de varíola - começa a suspeitar que há algo mais nessa história.

Numa noite, ele invade o palácio atrás de respostas, mas acaba cruzando o caminho de uma criatura que vaga por seus corredores.

Atrás de respostas, ele parte para a pobre distrito de Jiyulheon atrás do médico que primeiro tratou seu pai. Lá, ele tromba com uma espécie de praga que trás os mortos de volta a vida. Isolado junto a desesperada população dos vilarejos, que não possuem qualquer defesa contra as criaturas que, noite após noite, crescem em numero e avançam para o sul, onde estão as fortificadas províncias que protegem a capital do império, Hanyang (a atual cidade de Seoul), ele une forças com a enfermeira Seo-Bi (papel de Bae Donna, o rosto mais conhecido do elenco para nós brasileiros, pelos papéis em Cloud Atlas, O Destino de Jupiter e a Sun de 'Sense8'), o misterioso Yeong-Shin (papel de Kim Sung-gyu) e seu guarda-costas Moo-Young (Kim Sang-ho) a fim de traçar um plano para impedir o avanço dos mortos vivos (nesta versão, exímios velocistas).

Num primeiro momento, a ambientação por si só, já dá novo fôlego ao gênero. Somos retirados dos lugares comuns até então (como ambientes urbanos americanos - famosos da metade do século passado até os dias de hoje), o que também nos permite ter uma visão de diferentes costumes (a primazia quanto as etiquetas sociais, rituais religiosos, status social etc) que leva a diferentes abordagens frente a essa ameaça.

A Coreia feudal não te telefone. Sequer tem luz elétrica e a situação de iminente perigo a cada esquina (afinal, naquela época, mesmo todo avanço na medicina, as vezes, não era capaz de salvar uma pessoa de um corte que tenha infeccionado).

Armas de fogo são raras e complicadas de usar. Não há qualquer tecnologia prévia como gás, televisão, internet que, uma vez em colapso ou perdida, “fragilize” a sociedade. Eles já estão acostumados a uma vida mais bruta e ligada a natureza.

Ainda há de se lembrar que esta era uma época de constantes guerras entre vizinhos (China e Japão vivam nos calcanhares dos coreanos). É uma sociedade formada de uma classe rural, uma classe aristocrática e uma belicosa e, em maior ou menor grau, ainda é adaptada a sobreviver com pouco em meio a natureza se necessário."
 

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