A segunda-feira amanheceu fria e chuvosa como pede o clima de outono; para os cuiabanos ter uma temperatura amena é maravilhosoooooo. E pelo jeito as temperaturas continuarão baixas durante a semana para alegria de todos e dos lojistas é claro, pois cuiabano adora frio, entretanto, não possui casacos.
Eu estava lendo sobre cientistas brasileiros com projetos interessantes e deparei-me com a história da Doutora em Química Joana D'Arc Félix. O que a torna especial? O fato de ser uma mulher e negra e ainda por cima ser desconhecida dos alunos. Os livros didáticos não costumam falar de cientistas brasileiros e daí como valorizar as Ciências da Natureza quando não se conhece os seus representantes.?
"Natural de Franca, interior de São Paulo, Joana D’Arc conquistou seu título de PhD em Química por Harvard aos 25 anos. Para chegar onde está agora, com 103 prêmios por suas pesquisas aos 53 anos de idade, a cientista enfrentou inúmeras adversidades e preconceitos por ser de origem humilde, negra e mulher.
Filha de uma empregada doméstica e de um funcionário de um curtume em Franca, aos 14 anos, quando começou a Faculdade de Química na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), morou sozinha num pensionato e dormiu muitas noites com fome. De lá, partiu para os Estados Unidos. Por conta de problemas familiares, os planos foram interrompidos em 1999, quando precisou voltar ao Brasil.
Desde 2004, faz pesquisa de ponta com alunos da Escola Agrícola Técnica Professor Carmelino Corrêa Júnior, em Franca, onde a maioria dos alunos é, como ela, de origem humilde. Correu atrás de bolsas de iniciação científica para os estudantes e, com eles, registrou 15 patentes nacionais e internacionais. Ganhou 72 prêmios nas áreas de Química e Sustentabilidade.
Foi agraciada com o Kurt Politizer de Tecnologia em 2014, da Associação Brasileira da Indústria Química (Abquim), como reconhecimento aos projetos de inovação tecnológica na área, especialmente a pesquisa que desenvolveu a aplicação da pele suína em transplantes de pele em seres humanos.
Joana e seus bolsistas desenvolvem pesquisas e inventos feitos a partir de resíduos de curtume, processo que transforma pele em couro. Entre as suas inovações estão cimento ósseo para reconstituir fraturas; colágeno para o tratamento de osteoporose e osteoartrite; sapatos com antimicrobianos para combater micoses e rachaduras no pé; pele humana artificial para transplante utilizando sobras de pele suína; cinco fertilizantes; e até um sistema de filtragem de água aproveitando escamas de peixe."
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