Domingão de outono com muitas nuvens e vento fresco, diz a previsão de vai esfriar e talvez até chova para amenizar a poeira. Eu adoro aproveitar a manhã para ler um pouco e hoje recomendo alguns autores do chamado "horror cósmico", sem esquecer o incrível Lovecraft é claro.
Pouca gente sabe que muito antes do escritor Tolkien abalar o séc. XX com suas obras maravilhosas, o gênero fantástico já estava sendo escrito. Já ouviram falar das Hqs de Conan, o Bárbaro? Ou sobre o puritano Solomon Kane? Ainda Kull, o Conquistador? Não, mas já devem ter assistido aos filmes, então, esses personagens surgiram da mente prodigiosa de Robert E. Howard.!
E nem precisa dizer que ainda fico indignada com quem não aprecia uma boa leitura, na Era da Informação é possível encontrar os "analfabetos" em todos os níveis.!
"Robert E. Howard (EUA, 1906 - 1936)
Autor de vida breve e trágica, mas de vasta produção (foram cerca de 300 contos e 700 poemas). Mais conhecido como o criador de Conan, o Bárbaro e o pai do subgênero literário de Sword and Sorcery, Robert Ervin Howard foi também um importante correspondente de Lovecraft.
A amizade, no entanto, foi tardia. Começou em agosto de 1930, quando Howard -- já colaborador de longa data da Weird Tales (sempre ela) — escreveu uma carta para a revista elogiando a reedição de Os Ratos nas Paredes, de Lovecraft. Este respondeu afetuosamente, e logo os dois estabeleceram uma comunicação epistolar que durou até a morte do primeiro.
Com a correspondência, Howard não tardou a começar a enriquecer o Cthulhu Mythos. Nos últimos anos de sua vida, deu preciosas contribuições ao universo lovecraftiano, com histórias como Os Filhos da Noite, A Rocha Negra e O Fogo de Assurbanipal.
No entanto, Robert E. Howard, que sempre fora vítima de depressão, recebeu um duríssimo golpe com a notícia da morte de sua mãe. Arrasado, afundado em dívidas e sem perspectivas, suicidou-se em junho de 1936 — um ano antes de Lovecraft falecer, vítima de câncer no intestino.
Clark Ashton Smith (EUA, 1893 - 1961)
Outro dos principais colaboradores da Weird Tales e do mito de Cthulhu, o poeta, escultor, pintor e autor Clark Ashton Smith também foi um importante correspondente -— e depois amigo — de Lovecraft. Este sentiu-se atraído pelo veia poética e pela inteligência sardônica que Smith revelou em seus primeiros contos de horror.
Inspirado pela criação lovecraftiana, Clark Ashton Smith escreveu, de 1926 a 1935, diversos exemplos de weird fiction, como também era chamada a corrente literária desses autores. Foi responsável por reforços de peso para o bestiário de Lovecraft, com criaturas como Tsathoggua, Aforgomon, Rlim Shaikorth, Mordiggian, entre várias outras.
A sinergia era tanta que ambos, com frequência, “emprestavam” um do outro: Lovecraft utilizava criações de Smith em suas próprias histórias, e vice-versa. Era um hábito que o próprio Lovecraft incentivava, e que acabou contribuindo para a confusão que hoje se faz entre quem criou o quê.
Aliás, a julgar pelo empenho com que esses autores exploraram o desconhecido, é pouco provável que algum deles reclamasse dessa confusão. Dificilmente um desses escritores reclamaria, para si, o big bang desse universo; pois foi e é essa contribuição que permite que tal universo se mantenha vivo, expandindo-se até hoje.
Tanto melhor assim. Porque se a felicidade só é real quando compartilhada, como afirmou o filósofo Heny David Thoreau, o medo é ainda mais real quando compartilhado. E este é um território no qual, ao contrário do que muitos pensam, Lovecraft nunca esteve ou estará sozinho."(revistagalileu)
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