sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Islândia: o país onde no Natal os presentes são Livros

Quando se fala em Islândia a primeira coisa que vem à cabeça é a imagem de uma aurora boreal ou o gelo eterno que existe lá. Ou ainda o famoso sol da meia noite que ocorre durante o verão. E os famosos Vikings é claro... A Islândia é a segunda maior ilha europeia . Uma ilha vulcânica de paisagens surpreendentes com uma população pequena, mas muito feliz e desenvolvida. 

Enormes cavernas subterrâneas de gelo em expansão, vulcões dos mais imponentes, relaxantes piscinas de banhos termais, cachoeiras, gêiseres, praias de areia negra, campos de lava fumegante, aurora boreal, sol da meia noite e uma população inteira com certo grau de parentesco.
 
Os Islandeses também representam um dos povos mais felizes do mundo, com uma das mais altas taxas de alfabetização e desenvolvimento humano. A igualdade social é impressionante, todos frequentam os mesmos ambientes e desfrutam das mesmas escolas e hospitais, independente da ocupação profissional.
E é lá que existe uma tradição de dar inveja para qualquer leitor voraz: durante o Natal todos se presenteiam com livrosssssss. Eu adoraria passar o Natal nesse país, mesmo não sabendo o idioma kkkkk


"A Islândia tem uma das populações com maior índice de leitura do mundo. Esse fenômeno cultural está na entrelinha de uma tradição carregada de simbologia: após a ceia de Natal, as famílias costumam passar o restante da noite lendo - muitas vezes, os livros que acabaram de ganhar.
 

Essa tradição teria começado durante a Segunda Guerra Mundial, quando era muito difícil conseguir importar livros. Com as restrições impostas pelo conflito, os islandeses começaram a imprimir livros e presentear uns aos outros.
 

Com o tempo, esse costume se transformou na espinha dorsal da própria indústria editorial islandesa, país em que um em cada dez habitantes vai publicar ao menos um livro durante a vida, de acordo com a BBC.

Os lançamentos literários no país se concentram nos três últimos meses do ano - um verdadeiro "dilúvio de livros de Natal", ou, em islandês, "Jólabókaflóð". Cerca de 70% dos lançamentos ocorrem entre outubro e dezembro, segundo o jornal espanhol El País.
 

Para ajudar os leitores em suas escolhas de presentes, em outubro circula o Bókatíðindi, um catálogo que apresenta todos os novos títulos do ano. Ele chega às casas das pessoas, mas também pode ser consultado na internet. Dois de cada três islandeses costumam receber livros de presente na noite de natal, segundo dados oficiais.

De cada título são impressas cerca de 1.000 cópias, segundo Stefánsson. Para alguns autores muito conhecidos, como o escritor de romances policiais Arnaldur Indridason, são editados até 20.000 exemplares. Em um país com 320.000 habitantes, mesmo que sejam ávidos leitores, há quem se pergunte se não deveriam imprimir menos.
 

Há variações sobre as maneiras de trocar os presentes. Em uma das mais conhecidas, cada integrante da família leva um livro e o coloca em uma pilha. Depois, cada um escolhe o livro de sua preferência. Feitas as escolhas, muitas pessoas se aconchegam com seu livro ou leem umas para as outras. Tanto melhor se for diante da lareira, em pleno rigor do inverno islandês.
Em 2014, só 13,3% dos entrevistados pelos editores não tinha lido nenhum livro, mas os dados de leitura dos islandeses coincidem com essa torre. Segundo a pesquisa, 18,2% leram um ou dois livros; 20,9% entre três e cinco; 20,1% entre seis e sete; 15,6% entre 11 e 20; e 11,8% mais de 21!


Na Islândia, Papai Noel também é cultura. O amor da Islândia por livros levou sua capital a ser nomeada cidade da literatura pela Unesco em 2003. Este ano foram instalados em alguns bancos públicos códigos QR para que os cidadãos possam baixar audiolivros em inglês ou em islandês."

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