quinta-feira, 2 de julho de 2020

As Mulheres e a Independência da Bahia

TV Imperial - O Processo da Independência da Bahia, um dos ...
As comemorações da Independência da Bahia nunca passaram por um baque como o deste Dois de Julho em seus quase 200 anos de história. A pandemia do coronavírus impôs uma nova rotina e impediu que baianos e turistas acompanhem o cortejo pelas ruas do Centro Histórico de Salvador. Por conta disso será através das "lives", que o povo alegre e festeiro da Bahia irá comemorar esse dia tão importante em sua História.
 

A importância dessa data para os baianos é desconhecida pela maioria dos brasileiros e principalmente a participação das mulheres na luta. Todos sabemos que na História Oficial brasileira os homens são destacados na política, economia, cultura, etc. Mas, e as mulheres? Onde elas estavam? Por que não são mencionadas? 

Se não fosse a pandemia da Covid 19, em sala de aula eu estaria fazendo um painel sobre as heroínas baianas, mas não custa lembrá-la aqui.

"Embora sem festa pela primeira vez na história, o 2 de Julho de 2020, aniversário da Independência da Bahia, permanece uma data representativa e oportuna para homenagearmos os heróis do passado. Para a vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, um exercício a ser feito por todos nós é resgatar os nomes das mulheres que estiveram na linha de frente da batalha, mas que foram esquecidas pela história devido ao machismo e ao racismo.
Quase um século depois, moradores incluem nome de Maria Felipa ...
Maria Felipa, por exemplo, foi uma marisqueira e pescadora que viveu na Ilha de Itaparica. Em 1823, ela lutou pela Independência da Bahia ao lado de Maria Quitéria e Joana Angélica. Ela liderou um grupo de mais de 200 pessoas, entre índios tupinambás e tapuias, além de outras mulheres negras, nas batalhas contra as tropas portuguesas que atacavam a Ilha. Conta-se que o grupo foi responsável pela queima de pelo menos 40 embarcações portuguesas.
Madre Joana Angélica | Luz e Paz
Por sua vez, Joana Angélica se destacou por sua coragem ao enfrentar os portugueses, que a mataram após ter sua entrada dificultada no Convento da Lapa. Já Maria Quitéria se vestiu como homem para participar da batalha da independência.
Maria Quitéria – Wikipédia, a enciclopédia livre
“Na escola, sempre estudamos sobre os homens que conduziram grandes mudanças na história do Brasil, quando, na verdade, muitas coisas não teriam acontecido sem a contribuição de várias mulheres esquecidas ao longo do tempo. Portanto, precisamos resgatar seus nomes injustamente esquecidos e prestar-lhes a devida homenagem”, diz Ireuda."
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