Em tempos de pandemia, as viagens para o exterior estão restritas, aliás o brasileiro adora viajar dentro do Brasil ou fora dele. Conhecer outra região ou mesmo outro país, sua cultura, costumes, História é interessante para aumentar seus conhecimentos intelectuais e até os lucros comerciais do lugar visitado. Entretanto, quando o turista vai para um país muçulmano deve-se conhecer as Leis desse paíse para não acabar atrás das grades ou morto por fuzilmento.
A embaixada brasileira recomenda que " Durante sua estadia em outro país, cidadãos brasileiros estão sujeitos às leis locais. Viajantes que as desobedeçam podem ser multados, processados ou presos. Recomenda-se que, antes de viajar, cidadãos brasileiros estudem a legislação e os costumes do destino escolhido, contatando, se necessário, a Embaixada ou Repartição consular do Brasil no exterior, em caso de dúvidas sobre questões pontuais.A Indonésia aplica a pena de morte e, em algumas localidades, também são impostas penas relacionadas a castigos corporais e açoitamento."
A Indonésia tem uma das leis antidrogas mais rígidas do mundo, que incluem a pena de morte para o crime de tráfico. Quem for pego com mais de cinco gramas de droga pode ser condenado à morte. A lei não prevê exceções para estrangeiros. Mesmo tendo uma lei rígida contra as drogas isso não significa que lá não exista traficantes ou mesmo o "produto"; sim lá tem, mas quem é pego com as gramas a mais estabelecidas pela lei pode ser executado.
O paranaense Gularte foi preso em julho de 2004 depois de tentar ingressar na Indonésia com 6 quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Ele foi condenado à morte em 2005 e até 2015 ficou no "corredor da morte". Você pode ir para qualquer do mundo, mas respeite as Leis do país visitado e pode retornar inúmeras vezes sem problemas.
"No dia 28 de abril de 2015, quando guardas vieram retirar o brasileiro Rodrigo Gularte de sua cela na Indonésia, onde havia sido mantido preso pelos últimos onze anos, ele perguntou “Estou sendo executado?”. Não muito tempo depois, sua previsão se concretizaria: Gularte seria fuzilado sob ordens do governo indonésio.
O brasileiro de 42 anos tinha sido preso por tráfico de drogas ao tentar entrar na Indonésia com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surf. Segundo os familiares, Gularte teria problemas relacionados ao abuso de substâncias desde antes dos 16 anos.
Embora Rodrigo estivesse com mais dois colegas também de Florianópolis, onde morava, assumiu total responsabilidade pelos narcóticos encontrados. E assim teve início o caso que se estendeu durante anos, apenas para encontrar um fim dramático.
Não foi por falta de tentativas
A Indonésia é conhecida por suas punições severas, e o crime de tráfico de drogas no país está sujeito à nada menos que pena de morte. O governo brasileiro se envolveu na história, acompanhando o processo jurídico em busca de alternativas legais à sentença extrema.
Pedidos de clemência foram feitos pelo mesmo mais de uma vez, porém sem gerar quaisquer resultados. O ocorrido teria, inclusive, contribuído para deteriorar a relação entre Brasil e Indonésia.
Um dos maiores argumentos usados em defesa de Rodrigo Gularte foi que ele apresentava transtornos mentais. O brasileiro teria recebido o diagnóstico de esquizofrenia paranóide, um distúrbio que causa delírios e alucinações, quando não tratado.
É possível conseguir a transferência para uma clínica psiquiátrica ao apresentar o diagnóstico de doença mental, segundo diz a legislação da Indonésia, o que era uma fonte de esperança para os advogados e familiares de Gularte. Os parentes afirmaram ainda que Rodrigo só teria se envolvido com drogas por conta de seu estado mental, que o tornaria vulnerável ao aliciamento por parte de outros.
No entanto, apesar de laudos médicos terem sido apresentados, a procuradoria-geral do país asiático preferiu examiná-lo com seus próprios especialistas, e terminou mantendo seu posicionamento. Os resultados dos exames que a procuradoria-geral realizou, todavia, nunca vieram a público.
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Gularte foi enterrado em sua terra natal, no Paraná, no dia 3 de maio de 2015. Apenas o advogado e amigo da família, Cleverson Marinho, aceitou dizer algumas linhas em entrevista ao G1: “Não imaginava que isso se concluísse dessa forma, acho que o mundo já poderia ter chegado a um ponto de entender que violência gera violência, e que não deixa de ser um homicídio o que cometeram”."
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