A vida de atores e atrizes de cinema e tv vivem um conto de fadas, dinheiro, viagens, estão perto de seus ídolos. Só que não... Algumas crianças contam o horror que é viver sob o holofote o tempo inteiro. E por incrível que pareça os casos mais emblemáticos são de meninas. Eu irei mostrar algumas aqui para se ter uma ideia de como foi sua infância em Hollywood.
"Se Hollywood já pode causar danos imensuráveis a atores adultos, imagine o que não fez para o psicológico de crianças que foram expostas aos holofotes logo cedo. Durante anos, o que reinava era um vale-tudo para produzir o mais rápido possível, como no caso de Judy Garland.
No entanto, isso não ficou totalmente no passado, e alguns indivíduos perderam a infância em tempos não tão distantes do nosso devido à precoce exposição.
1. Judy Garland
Com apenas dois anos e meio de idade, Judy Garland foi colocada nos palcos por sua mãe, uma atriz frustrada, e não pôde deixá-los, por mais que sua vida tivesse se tornado um inferno. Quando assinou com a Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), tinha que interpretar crianças mais jovens que ela, o que fez com que ela fosse obrigada a perpetuar uma aparência infantil durante anos.
Durante as gravações de O Mágico de Oz, principalmente, ela era proibida de se alimentar nos estúdios de gravação, podendo apenas fumar cigarros, tinha que tomar muito café, usar drogas estimulantes e depressivas e, além disso tudo, também era submetida ao uso de espartilhos, que eram usados para impedir seus peitos de crescessem. Sua mãe — e empresária — fazia vistas grossas às situações traumatizantes pelas quais a menina passava.
2. Shirley Temple
A menina hollywoodiana de cachinhos dourados que estrelou produções como Alegria de Viver (1934) e Olhos Encantadores (1934), por exemplo, começou sua carreira como atriz muito cedo. Conforme afirmado em suas biografias, ela foi matriculada em aulas de dança em uma tenra idade, logo assinando contrato com a Educational Pictures.
No entanto, embora a imagem passada por suas atuações fosse a de felicidade, isso não era o que Shirley Temple afirmou anos depois. Como realizou seus trabalhos em sua infância, não tinha ideia do que estava fazendo. Ela chegou até mesmo a declarar que aqueles trabalhos foram “uma exploração cínica de nossa inocência infantil que ocasionalmente era racista e sexista”.
3. Elizabeth Taylor
Uma das maiores estrelas de Hollywood começou sua carreira muito cedo, já aos nove anos de idade. Um dos maiores problemas do fato de ter se tornado um ícone enquanto uma criança foi a raiva crescente de seu pai. Em uma entrevista para a ABC em 1999, ela disse: “Quando eu era uma garotinha, meu pai era abusivo quando bebia e parecia gostar de me bater. Comecei a pensar em meu pai e em como ele deve ter se sentido por sua filha de 9 anos ganhar mais dinheiro do que ele”.
A atriz também já afirmou que os trabalhos realizados durante a sua infância tornaram sua vida muito infeliz. “Eu tinha nove anos quando fiz meus primeiros filmes em Hollywood. Fui usada desde o dia em que era criança e utilizada pelo estúdio. Fui promovida para o bolso deles”, declarou em entrevista à Rolling Stone.
4. Heather O'Rourke
Em um caso mais recente, porém ainda mais trágico, a jovem atriz Heather O'Rourke encontrou seu fim durante as gravações da franquia Poltergeist, que teve sua estreia em 1980, na qual interpretava Carol Anne Freeling.
Em 1988, com apenas 12 anos de idade, a jovem protagonista teve uma infecção generalizada e faleceu no meio do processo de filmagens. Foi um dos casos mais dramáticos de mortes no mundo do cinema, especialmente porque ela era ainda muito nova quando faleceu de repente."
5. Drew Barrymore
Estrelas mirins nunca conseguem ter uma infância plenamente “normal”, mas o que se passou na vida de Drew a partir do boom de E.T. foi algo além dos limites, até mesmo para os padrões de Hollywood. Aos nove anos, a garota já bebia com frequência, como relatou em uma famosa entrevista à Oprah Winfrey, em 1990. “Quando tinha oito anos eu bebi duas taças de champanhe. Eu fiquei ‘bebinha’ e virei a estrela da festa”, relembra.
Aos 10 anos, Drew já fumava maconha e aos 12 cheirava cocaína. Com 14, tentou o suicídio e, na mesma época, foi internada numa clínica de reabilitação, onde ficou por vários meses. Logo depois, com apenas 15 anos, ela lançou uma autobiografia intitulada Little Girl Lost (Pequena Garota Perdida, em tradução livre) e resolveu se emancipar dos pais. Segundo Drew, sua mãe sempre foi uma má influência e nunca a tratou com carinho."
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