E o Brasil amanheceu nesta segunda-feira mais esperançoso, depois do domingo mais tenso dos últimos meses. A reunião da Anvisa, com a autorização do uso emergencial das vacinas do Butantan e Fiocruz, foi transmitida ao vivo para que todos os brasileiros tivessem a notícia em primeira mão.
Nem vou entrar nos detalhes dos discursos, pois a net está repleta deles, mas fiquei curiosa em saber quem era aquela senhora que recebeu a primeira dose da vacina Coronavac. E descobri que ela não é apenas enfermeira, mas ganhadora do prêmio Notáveis da CNN de 2020.
Ao ver as fotos, acredito que todos os brasileiros, aqueles que não negam o poder das Vacinas e dos Cientistas é claro, sentiram nos braços a seringa com a dose da "Esperança" em dias melhores e com o número de mortos diminuindo.! E não custa lembrar que pelos dados de ontem o Brasil estava com 209.847 mortos pela Covid 19. Que venha a Coronavac e a Astrazeneca. Vida Longa e Próspera aos nossos Cientistas.!
"A primeira vacinada contra a Covid-19 no país foi a enfermeira intensivista Mônica Calazans, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas --considerado a maior referência no tratamento de doenças infecciosas na América Latina. Ela foi a vencedora do prêmio Notáveis CNN em 2020 pela sua luta contra o coronavírus.
Mônica tem 54 anos. Mulher e negra, ela é obesa, hipertensa e diabética.
Residente em Itaquera, na zona leste da capital, Mônica trabalha em turnos de 12 horas, em dias alternados, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Emílio Ribas e no Pronto-Socorro de um hospital municipal de São Mateus, também na zona leste de São Paulo.
Em fevereiro de 2015 foi aprovada num concurso público para a área da saúde e aguardava ser chamada. Logo no início da pandemia foi chamada, num regime de emergência, pelo Governo de São Paulo, e teve a oportunidade de escolher o local de trabalho. Optou pelo Emílio Ribas por considerar o hospital como referência.
Mônica foi auxiliar de enfermagem por 25 anos, e se graduou em Enfermagem aos 47 anos. É viúva e mora com o filho, de 30 anos, além de cuidar da mãe, de 72 anos.
Ao receber o prêmio Notáveis CNN em dezembro do ano passado, em 2020, Mônica se emocionou. "Eu não sei nem se essa palavra, heroína, cabe a mim. Falo por mim, por todos os profissionais de saúde que ainda estão na linha de frente e aqueles que não estão mais com a gente, que tentaram fazer um trabalho perfeito e foram arrebatados pela doença", disse.
No país com o maior número de enfermeiros vítimas da Covid-19 em todo o mundo, ela falou sobre como tem enfrentado a realidade da pandemia. A equipe da premiação acompanhou Calazans antes de ela saber que receberia o troféu.
"Desde o início, eu estou na linha de frente. Eu tenho hipertensão, tenho diabetes e obesidade. Eu não sei por que eu não tenho medo. Não consigo explicar isso. É uma profissão em que você não pode ter medo", contou a enfermeira.
"Você segura a onda e tem que trabalhar. Você tem que segurar o seu psicológico. Na realidade, você não pode se abalar com tudo o que está acontecendo. Você tem que ser muito forte", diz ela, que já perdeu quatro amigos para a Covid-19.
"Eu me considero vencedora, porque desde o início eu estou me dando de peito aberto para cuidar das pessoas. Eu só tenho a agradecer", revelou a enfermeira.
Ao receber o troféu, Calazans dedicou a homenagem a duas colegas de trabalho e ao filho.
"Quero dedicar a duas pessoas em especial. Uma delas é minha chefe, a Marli, enfermeira do Emílio Ribas. E a outra chefe é a Elizabete, enfermeira do outro hospital em que eu trabalho. Elas foram essenciais na minha vida nesse período. São pessoas admiráveis, pessoas ímpares", contou."(cnnbrasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário