segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

A Saga da Menina que fingiu ser garoto para poder Estudar

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Oficialmente nesta segunda-feira as aulas escolares na rede estadual estão de volta. Entretanto, por enquanto de forma remota ou online; a pandemia avança aqui em Cuiabá com 5.308 óbitos. Mesmo que os pais e alunos e é claro nós professores desejamos o retorno às salas de aula, ainda existe o perigo de sermos atingidos pela Covid 19.

Eu até pensei em não postar mais nada aqui, afinal o que deveria ser um espaço onde os alunos deveriam aumentar seus conhecimentos com leituras edificantes e conteúdos para auxiliar em seus estudos, deixou de ser interessante. Por que? Porque os alunos não gostam de ler e História além de uma boa leitura é preciso interpretar os textos. E nossos alunos estão preferindo textos curtos, assistir vídeos sem noção e por aí vai...

Mesmo com a falta de infraestrutura, internet de má qualidade, falta de professores em algumas instituições, nossos alunos ainda podem frequentar uma sala de aula mesmo que virtual. Na África ou na Ásia, muitas crianças estudam ou não e as mulheres em muitos países ainda são proibidas de aprender a ler e a escrever ou de frequentar uma Universidade.


"A história de Mulan, um dos mais famosos filmes da Disney narra a saga de uma jovem garota que se passa por um menino para poder ir à Guerra, com objetivo de lutar no lugar de seu pai, já é conhecida pela maioria das pessoas.

Contudo, o que poucos sabem é que uma história parecida aconteceu de verdade com uma afegã chamada Zahra Joya. A menina teve que enfrentar uma verdadeira batalha somente para poder estudar. A história foi revelada através de uma reportagem da BBC, publicada em 2016.

O disfarce

Nascida em 1993, no Afeganistão em meio ao regime do Talibã — um grupo islâmico nacionalista que se difundiu no Afeganistão e no Paquistão — desde muito nova Zahra se viu impedida de realizar atividades básicas, já que na época, as mulheres não podiam frequentar a escola.

Ainda pequena, a menina via seus tios irem para aula todos os dias e o desejo de fazer o mesmo crescia dentro dela. Vendo a vontade da garota, um dos tios decidiu ajudar a sobrinha, iniciando um plano arriscado que foi aceito por toda a família.

Na época com cinco anos de idade, Joya passou a se disfarçar e fingiu ser um garoto para poder ir para a escola. Abrindo mão dos trajes femininos tradicionais de seu país, a criança teve que conviver em um ambiente inteiramente masculino.

Para que o disfarce fosse ainda mais verossímil, ela adotou o nome de Mohammed. A afegã corria o risco eminente de ser pega, se isso acontecesse ela teria de enfrentar punições severas por parte do Talibã. Mas, a jovem decidiu colocar sua educação em primeiro lugar.

Durante seis anos, Zahra passou ilesa sem que ninguém soubesse a verdadeira identidade de Mohammed. Nesse período, a garota aprendeu a se comportar como um menino. Quando tinha 11 anos de idade, o regime do Talibã caiu e o novo governo do país cancelou a ordem que proibia o ensino para mulheres, sendo assim, finalmente a menina pôde se libertar.

Reações

Ao contrário do que a afegã pensava, as maiores dificuldades em seu caminho surgiram depois que ela pôde contar a verdade para seus colegas de classe, a aceitação foi difícil.

Com a nova escola — que separava meninos e meninas —, Zahra enfrentou preconceito por parte dos amigos antigos que achavam estranho a mudança, já as garotas não a aceitavam no novo grupo.

Apesar dos problemas, Joya se manteve otimista, pois sabia que tinha vantagem em sua educação, já que havia passado os seis anos anteriores estudando. “Eu dizia que estava feliz porque eu podia ler, escrever, tive educação no tempo certo. Estava orgulhosa porque tinha voz”, contou a jovem em entrevista para a BBC.

O futuro

Seu apreço pelos estudos não parou na escola, a jovem foi além e decidiu cursar faculdade, algo incomum para mulheres em seu país. Ela optou pelo direito e enfrentou dificuldades financeiras para conseguir se formar, mas, seu ensino foi concluído com sucesso.

Hoje em dia, aos 28 anos, Zahra atua como jornalista e sustenta toda sua família com o dinheiro de seu trabalho, a mulher pagou inclusive pela educação de suas duas irmãs mais novas.

Em entrevista, Joya revelou que às vezes sente falta de seu alter ego Mohammed, já que a situação da mulher no Afeganistão ainda está longe de ser o ideal, no país ela ainda enfrenta opressão e diversas barreiras, além de não possuir os mesmos direitos que os homens."(revistaaventuranahistoria)

 

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