Dois anos e alguns meses depois, ainda nos deparamos com negacionistas, teorias da conspiração e inúmeros mortos por não terem se vacinado contra a Covid 19. E o mais interessante é descobrir que no vizinho Paraguai existe um ''Paraíso Verde'' para abrigar esse tipo de pessoas.
O condomínio fechado “El Paraíso Verde”, localizado perto de Caazapá, a 200 km da capital paraguaia, Assunção, existe desde 2016. Mas começou a atrair estrangeiros a partir da primavera de 2020 – a maioria veio da Alemanha, Áustria e Suíça, assim como dos Países Baixos, Bélgica e França.O condomínio tem 1.600 hectares e hoje conta com 300 moradores, mas com expectativa de aumento para 3 mil ou mais.
“Eles têm políticos e dinheiro do lado deles”, disse Gladys Rojas, ex-presidente da Câmara Municipal de Caazapá. Na região, onde existe a maior taxa de pobreza extrema do Paraguai, muita gente se recusa até a fazer perguntas, pois a colônia se tornou o maior empregador da área, de acordo com o jornal britânico.
The Guardian relembra a história conturbada de colônias estrangeiras no Paraguai, como a Nueva Germania, criada por Elizabeth Nietsche, filha do filósofo, e seu marido Bernhard Förster. Era uma colônia “intocada pela influência judaica”, segundo a concepção. A colônia desapareceu por problemas financeiros e conflitos internos. Bernhard se Suicidou.
Em um discurso de 2017 proferido ante perante membros do governo paraguaio, o fundador de Paraíso Verde disse: “O Islã não faz parte da Alemanha. Somos cristãos iluminados e nos preocupamos com nossas filhas. Vemos o Alcorão como [contendo] uma ideologia de dominação política, que não é compatível com os valores democráticos e cristãos”.
Sei não, mas esse discurso de que 'somos cristãos iluminados' dá o que pensar...
“Um futuro fora da Matrix”, foi com esse intuito que a colônia livre de ‘Paraíso Verde’ surgiu em 2016. Construído pelo casal austríaco Erwin e Sylvia Annau, a área de 16 quilômetros quadrados, situada no peio dos pampas paraguaios, se tornou um refúgio para os antivacinas europeus.
Para se acomodar nas instalações estilo apart-hotel, porém, não é nada fácil, afinal, a entrada do local é protegida por guardas armados e sempre atentos, isso sem falar no pior desafio: o calor assombroso de 37ºC e a umidade de apenas 60%.
Erwin e Sylvia explicam que buscam, no ‘Paraíso Verde’, fugirem de "tendências socialistas em todo o mundo", como "a disseminação global de implementações degenerativas como 5G, chemtrails, a água fluoretada, vacinas obrigatórias e decretos sanitários".
''Eles foram nosso catalisador para procurar novas possibilidades", explicam no site.
Entre os moradores do local, que possui uma população de cerca de 250 pessoas, conforme aponta matéria da AFP, está o casal alemão Herbert Heinz e Gerhild Wichmann, de 72 e 70 anos, respectivamente. Os dois chegaram ao refúgio em outubro de 2020, porque, segundo apontam, tentavam escapar “dos excessos de regulamentos, regras e impostos” europeus.
Eles também não se vacinaram, já que acreditam que "as vacinas normais não alteram o DNA e as anticovid sim", diz Herbert. A esposa corrobora: "Esta nova vacinação não é normal. Acho que é um experimento humano com proteínas".
Na colônia também há espaço para casais jovens que buscam educar seus filhos como um sistema ‘alternativo’. “Sem lugar para nós”, disse outro morador do local, Uwe Crämer, “médico naturalista”, como ele mesmo se intitula, que trabalha com homeopatia e ozonoterapia, sobre a vida no Velho Continente.
''Saí da Europa porque não querem alternativas, só faculdade de medicina. Não há lugar para nós", declarou o alemão, que também crê que coronavírus "não é novo" e sim um vírus usado para "nos trancar, nos punir e nos impor máscaras".
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