Na área de geração de energia, o Brasil é um dos poucos países do
mundo a dominar todo o processo de fabricação de combustível para usinas
nucleares. O processo de enriquecimento isotópico do urânio por
ultracentrifugação, peça estratégica dentro do chamado ciclo do
combustível nuclear, é totalmente de domínio brasileiro.
O Brasil já havia sido capaz de produzir urânio metálico em 1954 e já
demonstrava forte interesse em desenvolver seu próprio programa nuclear e
não apenas ser um mero fornecedor de minério bruto para a indústria
nuclear internacional (o país tem as grandes reservas naturais de
materiais nucleares, como o tório, encontrado na areia monazítica do
litoral brasileiro).
No começo da década de 1960 o Brasil negociava com a França para
adquirir um Reator Nuclear, porém as negociações não progrediram e, em
1965 o Brasil assinou um acordo com a Westinghouse dos EUA para obtenção
do seu primeiro reator, o que aconteceu em 1971. Em 1976 foi assinado
um acordo com a Alemanha para um total de 10 reatores.
No ano de 1986 entra em operação, finalmente, o reator nuclear
construído pela Westinghouse, na usina de Angra I. Somente em 2002 a
segunda usina nuclear - Angra II - construída com tecnologia alemã,
entra em operação, garantindo que o Estado do Rio de Janeiro deixe de
importar para agora exportar energia elétrica.
Com os últimos acontecimento em 2001 que forçaram a imposição pelo
Governo Federal de racionamento de energia em grande parte do país, o
mesmo acenou, no ano de 2006 com a possibilidade da retomada das obras
de contrução de Angra III ou mesmo da construção de outra usina
hidrelética, opção esta que pode ser abandonada, segundo estudos, devido
a possibilidade de enfrentamento de novos períodos de longa estiagem
que forcem o racionamento de energia tornar a ser realidade no país.
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