No regime do “apatheid” os negros eram obrigados a portar documentos de
indeficação denominados de “livros de passagem” para circular no
terrítório Sul-Africano. Em 21 de Março 1960 , um grupo de entre 5.000 e
7.000 pessoas convergiram para a delegacia de polícia no município de
Sharpeville, oferecendo-se para serem presos por não portarem os seus “
livros de passagem” .
A polícia de Sharpeville não foi pega totalmente
de surpresa pela demonstração, pois já tinham sido forçados a prender
grupos menores de ativistas e militantes mais longe da delegacia, na
noite anterior.
Muitos dos civis presentes compareceram para apoiar
o protesto, mas não há evidência de que o Partido do Congresso Nacioanl
Africano (partido de Nelson Mandela) tenha usado meios de intimidação
para atrair a multidão para a manifestação.
Às 10:00 horas, já havia uma grande multidão nos locais próximos a
delegacia, mas , a atmosfera era inicialmente pacífica e festiva. Menos
de 20 policiais estiveram presentes na estação no início do protesto.
Mais tarde, a multidão cresceu para cerca de 19.000 manifestantes e o
clima começou a se tornar inesperadamente hostil. O crescimento da
multidão foi interpretado plea polícia como evidencias de um “ clima
hostil, insultoso e ameaçador”, que culminou com a adição de 130
reforços policiais, apoiados por quatro veículos blindados. A polícia
estava armada com armas de fogo, incluindo sub metralhadoras. Não houve
evidência de que alguém na multidão estava armado com nada além de
pedras.
O clima piorou com a chegada de Jatos de caça dos tipos Sabre e
Harvard em formação de guerra, que em vôos rasantes (que chegaram a umas
poucas centenas de metros do chão), voavam sobre a multidão em uma
tentativa de dispersá-la. Os manifestantes responderam lançando algumas
pedras.
Por volta das 13:00 a polícia tentou prender um dos supostos líderes.
Houve uma briga, e a multidão avançou. Os manifestantes começaram a
gritar. Um comandante da polícia foi jogado ao chão, outros foram
possivelmente atingidos por pedras e o tiroteio começou pouco depois.
Revólveres, rifles e submetralhadoras, sem aviso prévio ou
justificativa, cuspiram fogo contra a multidão, assassinando 69 pessoas e
ferindo quase 200 – a maioria baleada pelas costas, em uma tentativa
desesperada de fuga.
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