terça-feira, 4 de março de 2014

Hypatia de Alexandria

Hipácia, também conhecida como Hipátia, nasceu na cidade de Alexandria, então o caldeirão cultural da região que hoje corresponde ao Egito, em cerca de 355 d.C. Ela era filha de Theon, famoso filósofo, astrônomo e mestre de matemática no Museu desta cidade; graças a sua influência ela se destacaria no cenário intelectual posterior.

A filósofa, mulher guerreira, pioneira na arte de desbravar os árduos caminhos da Matemática, cultivava não somente um cérebro privilegiado, mas também o corpo saudável. Visava, assim, implantar em sua própria existência esta antiga aspiração helênica.

Hipátia se tornou a maior pesquisadora da Alexandria nos campos da matemática e da filosofia, legando ao futuro grandes descobertas nestas disciplinas, bem como na física e na astronomia. Ela se devotou igualmente à prática da poética e ao exercício das artes, sobressaindo-se na Retórica.

Na adolescência ela foi para a cidade de Atenas, atual capital da Grécia, com o objetivo de concluir seus estudos na Academia Neoplatônica. Aí Hipátia logo ficou em relevo, por suas tentativas de unir a matemática do algebrista Diofanto ao neoplatonismo de Plotino. Melhor dizendo, ela empreendeu a adequação da razão matemática à ideia da mônada das mônadas, cultivada pelos adeptos do neoplatonismo.

Infelizmente essa trajetória brilhante teve um desfecho sinistro, que parece ter se configurado a partir de 412, com a ascensão do patriarca Cirilo ao poder. Ele era um cristão fanático, árduo defensor da Igreja e acirrado adversário dos que ele considerava serem hereges.

Hipácia foi violentamente atingida por um grupo de desvairados cristãos repletos de ódio. Eles a levaram para o interior de uma Igreja e lá extraíram sua pele com conchas, cortaram-na em pedaços e os queimaram, em 415 d.C. Vítima de uma vingança ou de um surto de intolerância, Hipátia seria imortalizada pela posteridade.(Ana L. Santana - Infoescola)

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