sábado, 20 de janeiro de 2018

Motivos para Assistir Mindhunters

Como as férias ainda vão demorar um pouco, nós professores retornamos na próxima semana, dá para assistir algumas séries na netflix. Em detalhes assustadores, o livro Mindhunter mostra os bastidores de alguns dos casos mais terríveis, fascinantes e desafiadores do FBI.

Durante as mais de duas décadas em que atuou no FBI, o agente especial John Douglas tornou-se uma figura lendária. Em uma época em que a expressão serial killer, assassino em série, nem existia, Douglas foi um oficial exemplar na aplicação da lei e na perseguição aos mais conhecidos e sádicos homicidas de nosso tempo. Como Jack Crawford em O Silêncio dos Inocentes, Douglas confrontou, entrevistou e estudou dezenas de serial killers e assassinos, incluindo Charles Manson, Ted Bundy e Ed Gein.
 

Com uma habilidade fantástica de se colocar no lugar tanto da vítima quando no do criminoso, Douglas analisa cada cena de crime, revivendo as ações de um e de outro, definindo seus perfis, descrevendo seus hábitos e, sobretudo, prevendo seus próximos passos.
 

Com a força de um thriller, ainda que terrivelmente verdadeiro, Mindhunter: o primeiro caçador de serial killers americano é um fascinante relato da vida de um agente especial do FBI e da mente dos mais perturbados assassinos em série que ele perseguiu. A história de Douglas serviu de inspiração para a série homônima da Netflix, que conta com a direção de David Fincher (Garota Exemplar e Clube da Luta) e Jonathan Groff, Holt McCallany e Anna Torv. 
1. "Mostra os serial killers como você nunca viu

Esqueça as mirabolantes caçadas policiais por um vago monstro sem rosto e sem nome. Em "Mindhunters", o foco está menos nas investigações e mais na busca pelas motivações dos assassinos em série, em uma época em que ainda havia pouquíssimo conhecimento sobre eles. As conversas entre os agentes e os criminosos revelam uma verdade inconveniente pouco explorada nos filmes do gênero: esses monstros, no fim das contas, são humanos. É perturbador conhecer suas histórias e ouvi-los falando, eloquente e levemente, sobre os crimes que cometeram, mas impossível de desligar a TV. 

2. Ela tem seu próprio ritmo

A solução mais fácil para uma série sobre seria killers, ainda mais na Netflix, seria colocar dois agentes desvendando um caso atrás do outro, em um ritmo frenético ? sob medida para aqueles que estão acostumados a devorar uma temporada inteira em um fim de semana. Mas "Mindhunters" estabelece um ritmo próprio, em uma decisão acertadíssima. O espectador pode estranhar a lentidão dos dois primeiros episódios, mas no fim das contas ela serve bem à história, ao mesmo tempo em que ajuda o público a processar um tema que pode ser indigesto. 

3. O elenco é excelente

Jonathan Groff e Holt McCallany, como os agentes Holden Ford e Bill Tench, respectivamente, estabelecem uma dinâmica crível e interessante como o jovem agente idealista e o veterano dividido entre os antigos métodos do FBI e a necessidade de se adaptar às novas demandas do trabalho. Separadamente, os dois também se entregam a seus papéis e constroem personagens interessantes de se assistir. Anna Torv, como a psicóloga Wendy Carr, que ajuda a dupla em seus estudos, também está ótima. O maior destaque, porém, é o ator Cameron Britton como Ed Kemper, o assassino falante e bem-educado que estuprou e matou várias mulheres.

   
4. Carrega o DNA de David Fincher

O cineasta por trás de "Seven", "Zodíaco", "Clube da Luta" e "Garota Exemplar" tem uma extensa experiência com tramas policiais, usada aqui a seu favor. Os personagens quase obsessivos, o suspense psicológico e a fotografia sóbria e milimetricamente calculada estão todos na série, o que deve agradar a quem já é fã do diretor. Ele dirige os dois primeiros e os dois últimos episódios da temporada."(https://cinema.uol.com.br/)



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