J.K. Rowling tem motivos para comemorar em dobro nesta quarta-feira: além dos 54 anos de vida que completa, a escritora de maior sucesso de todos os tempos também festeja o aniversário de seu personagem mais famoso – o bruxo Harry Potter – cuja data de nascimento oficial é 31 de julho de 1980 (embora ele tenha sido apresentado ao mundo somente em junho de 1997, com o lançamento de “Harry Potter e a Pedra Filosofal”).
Mesmo depois de vinte anos a Saga Harry Potter continua um sucesso, mesmo que muita gente ainda adore criticar. E o mais incrível é que muitos que criticam sequer leram os livros ou assistiram aos filmes. Quando eu começo a chamar a atenção sobre a História Antiga e Medieval contida neles, os alunos me olham com a expressão "como assim"?
Eu cito alguns exemplos como: a) durante as aventuras de Harry Potter, J.K. Rowling menciona lendas antigas, como
a do alquimista Nicolau Flamel, que no século 14 teria encontrado a tal
pedra filosofal e o elixir da vida eterna - em A Pedra Filosofal ele
aparece com mais de 600 anos;
b) O Mundo Mágico de Harry Potter analisa mitos e lendas presentes na série, a expressão avada kedavra viria do aramaico abhadda kedhabra, que significava "desapareça deste mundo" e era usada por antigos feiticeiros para curar doenças;
c) A mandrágora, planta usada em poções de amor das feiticeiras da Idade
Média, também faz sua aparição na série. Devido à forma de sua raiz, que
lembraria o corpo humano, criou-se a crença de que ela berraria ao ser
arrancada do solo, e que seu grito seria fatal para quem o ouvisse.
No caldeirão em que foi criado esse bruxinho superstar há um mix de
lendas celtas, escandinavas, indianas, chinesas, irlandesas, gaulesas e
egípcias. Mas, sem dúvida, a principal influência na obra da escritora
inglesa Joanne Katherine Rowling é a mitologia greco-romana.
Então, que tal uma leitura apurada antes de sair destilando críticas sem fundamento sobre uma Saga tão maravilhosa quanto as mais tradicionais.? E que tal conhecer algumas coincidências entre a Criadora e sua Criatura na data mais esperada do mês de julho pelos fãs do menino que sobreviveu?
"1. Assim como Harry e seus melhores amigos, Ron e Hermione, os pais de J.K. se conheceram durante uma viagem de trem entre Londres e Arbroath, na Escócia. E mais: eles partiram da Kings Cross Station, a mesma estação da capital inglesa de onde se embarca para Hogwarts, a escola de magia onde o trio vive suas aventuras. Viagens de trem, aliás, parecem ter um significado especial para a escritora: foi durante uma trip dessas entre Manchester e Londres no início dos anos 1990 que ela bolou toda a saga que tempos mais tarde a transformou em uma das mulheres mais ricas do showbiz.
2. Criada no condado de Gloucestershire, na Inglaterra, J.K. também viveu seus dias de magia na infância. É que ela revelou certa vez que costumava se fantasiar de bruxa para brincar com as irmãs e os filhos dos vizinhos, filhos de um certo Ruby Potter. Ah, a casa dela ficava perto da Floresta de Dean, uma região histórica de Gloucestershire que tem um papel significativo em “Harry Potter e as Relíquias da Morte”.
3. Um dos personagens favoritos de J.K. nos livros sobre Harry é o professor Severus Snape, que vive pegando no pé do garoto. O curioso é que ele foi inspirado em um professor de matemática que deu aula para a escritora, que costumava separar as crianças da seguinte forma: aquelas que ele considerava mais inteligentes ficavam do lado esquerdo da sala, enquanto as outras, incluindo J.K., ocupavam o lado direito.
4. J.K. também usou a literatura para se vingar dos bullies que a infernizaram na infância – eles inspiraram os personagens Draco Malfoy, Vincent Crabbe e Gregory Goyle, que também infernizam a vida de Harry nos livros dela. Em uma entrevista que concedeu há alguns anos, a escritora disse que não guarda mágoas dos três e até sente uma certa gratidão em relação a eles, pelas ideias que lhe trouxeram.
5. Outro ex-colega de estudos que inspirou J.K. foi Sean Harris, só que por bons motivos. Na faculdade os dois eram os menos populares da turma e frequentemente se tornavam alvo de pegadinhas. Nessas ocasiões, eles escapavam da humilhação pública fugindo no Ford Anglia que Sean tinha na época. Anos mais tarde, ele não somente se tornou a inspiração da escritora para desenvolver Ron Weasley, o melhor amigo de Harry, como ainda viu seu carro ganhando uma versão voadora em “Harry Potter e a Câmera Secreta”, que também livrou o bruxinho de várias enrascadas na história."
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