Em 21 de Agosto de 1792, quando foi utilizado, em Paris, pela primeira vez,
uma das ferramentas de execução mais famosas de todos os tempos, era chamada de
Guilhotina. Cabeças importantes foram cortadas pela guilhotina como o rei Luis XVI e a rainha Maria Antonieta, Danton, o líder da Revolução Francesa e Maximilien Robespierre, o "Incorruptível" que foi guilhotinado em 28 de julho de 1794.
"A guilhotina é um instrumento utilizado para aplicar a pena de morte por decapitação.
O aparelho é constituído de uma grande armação reta (aproximadamente 4
m de altura) na qual é suspensa uma lâmina losangular pesada (de cerca
de 40 kg). As medidas e peso indicados são os das normas francesas. A
lâmina é guiada à parte superior da armação por uma corda, e fica
mantida no alto até que a cabeça do condenado seja colocada sobre uma
barra que a impede de se mover. Em seguida, a corda é liberada e a
lâmina cai de uma distância de 2,3 metros, seccionando o pescoço da
vítima.
Foi o médico francês Joseph-Ignace Guillotin (1738-1814) que sugeriu o
uso deste aparelho na aplicação da pena de morte. Guillotin considerava
este método de execução mais humano do que o enforcamento ou a
decapitação com um machado. Na realidade, a agonia do enforcado podia
ser longa: em certas decapitações, o machado não cumpria seu papel ao
primeiro golpe, o que aumentava consideravelmente o sofrimento da
vítima. Guillotin estimava que a instantaneidade da punição era a
condição necessária e absoluta de uma morte decente.
Mas não foi ele o inventor desse aparelho de cortar cabeças, usado
muitos séculos antes. Guillotin, na verdade, apenas sugeriu sua volta na
Revolução Francesa como eficiente método de execução humana. O aparelho
serviu para decapitar 2794 “inimigos da Revolução” em Paris. Sua
primeira inspiração teria surgido diante de uma gravura do alemão
Albrecht Dürer, feita no século XVI, na qual o ditador romano Tito
Mânlio decapita seu próprio filho com um aparelho semelhante a uma
guilhotina. Há registros de que, durante a Idade Média, equipamentos de
cortar cabeças já funcionavam na Alemanha. A partir do século XVI, na
Inglaterra e na Escócia, surgiram versões mais aperfeiçoadas. Elas
dariam origem à guilhotina francesa.
No primeiro projeto de guilhotina, havia uma lâmina horizontal. Foi o
doutor Louis, célebre cirurgião da época, que preconizou, em um
relatório entregue em 7 de março de 1792, a construção de um aparelho a
lâmina oblíqua, única maneira de matar todos os condenados com certeza e
rapidez, o que era impossível com uma lâmina horizontal.
Calculam-se 40 mil vítimas da guilhotina entre 1792 e 1799. No período
do Terror, entre (1793 e 1794), constataram-se 15 mil mortes na
guilhotina."
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