domingo, 30 de agosto de 2020

O Castelo do Batel em Curitiba


 Novo prédio ao lado do Castelo do Batel é reconhecido como empreendimento  do ano 

O último domingão do mês de Agosto, vai ser quente, seco, com muita fumaça, poeira e umidade do ar de deserto. O isolamento social ainda é uma realidade, ainda que muitos insistam em burlar, então o jeito é navegar pela net em busca de algo interessante que possa aumentar nosso arcabouço teórico.

Em setembro tem o feriado da Independência, 7/9, que vai cair numa segunda-feira e se não fosse o temor pela Covid 19 muitos iriam aproveitar para um pequeno passeio. Ir para os Estados Unidos e Europa está fora de cogitação, então, os mais destemidos vão viajar sim. Mas, para onde? Praias, montanhas, rios, que tal um castelo.? Castelo no Brasil? Sim, nós temos mesmo tendo sido ocupado durante a Idade Moderna ou seja, Séc. XV. Eu já postei sobre alguns aqui, como o da Ilha Fiscal no Rio de Janeiro abaixo,  mas tem outros como o do Batel em Curitiba.
 Velho Comandante: Último Baile na Ilha Fiscal 

Você pensou que só na Europa que existem castelos maravilhosos? Está enganado! O Brasil possuí belíssimas construções que nos levam ao século passado em visitas extraordinárias. Claro, que a distinção dos nossos castelos para os da Europa é a manutenção. Muitos dos castelos brasileiros ficam fadados ao esquecimento e ao abandono, o que é uma grande perda em termos de patrimônio histórico nacional. Outros são mantidos pelo Governo, sediando espaços culturais e alguns são colocados à venda.

 "Casa de residência, em alvenaria, construída entre os anos de 1924 a 1928. O projeto foi do arquiteto Eduardo Fernando Chaves. O reboco externo é de cimento com areia torrada e o interno foram feitos com gesso e ornamentados com molduras também em gesso. A cobertura é de telhas Eternit Belgas, as portas internas com esmalte branco francês. A área construída, incluindo o grande terraço da frente, mede 1000 metros quadrados num terreno de 10.500 metros quadrados. O Castelo do Batel foi considerado na época a mansão residencial ”sem paralelo no Brasil” por seu estilo puro e aprimorado. Está situado na Avenida Batel, 1323, em Curitiba.
 Castelo do Batel | Centro de Eventos | Estrutura 

Castelo do Batel
 

Em 1923, Luís Guimarães, cidadão de muitas posses, adquiriu das famílias Gomm e Whithers e da Mitra Diocesana uma área de 10.500m, encomendando ao arquiteto Eduardo Fernando Chaves “uma residência parecida com algumas das mais magníficas que fiquei conhecendo...”, conforme ele mesmo depôs ao Patrimônio do Paraná. Iniciada a construção em 1924, terminou só quatro anos depois, pelas dificuldades de execução dos requintados detalhes de acabamento e pelo emprego de variada gama de materiais e peças importadas da Europa.
pronovias | Blog Vox Ambientações 

A pintura interna foi feita por dois artistas europeus, as telhas planas de fibrocimento, Eternité, vieram da Bélgica, as louças sanitárias, do fabricante francês Jacob de Lafont, e a tapeçaria e ornamentação interna, de Paris. Com 1000m de área construída, 3000m de jardim, amplas garagens, quadra de tênis, foi o “castelo” durante muitos anos a principal referência arquitetônica da cidade e cenário de recepções e festas de grandes repercussões nos abastados meios curitibanos.

Posteriormente, a casa foi vendida a Moisés Lupion, ex-governador do Paraná, que chegou a morar no local. Durante aproximadamente seis meses o sótão do Castelo foi ocupado pelo artista Miguel Bakun, que, como agradecimento à Lupion, fez desenhos em todas as paredes do sótão. Em seguida, o local foi alugado à Rede Globo. Hoje o Castelo é alugado para a realização de eventos sociais e empresariais.
O Castelo do Batel 

Situada em uma esquina do tradicional bairro, outrora aristocrático, do Batel, destaca-se pela ampla arborização e pelos jardins, entrevistos através dos magníficos portões e grades de ferro forjado. À semelhança de um pequeno castelo renascentista francês, destacam-se na mansão um torreão cilíndrico de cobertura cônica, os portais de arco pleno e as mansardas da cobertura. O telhado, de fonte inclinação, aparenta, de longe, ser feito com ardósia. Trata-se, porém, de placas quadradas de fibrocimento. Os paramentos de cor cinza, das paredes externas, são tratados à bossagem. Frontões em arco interrompido e triangulares na platibanda, colunetas ombreando a entrada principal, portas almofadadas de madeira entalhada, vitrais, pisos de mármore no adro, são os detalhes externos de acabamento mais expressivos. Internamente destacam-se os trabalhos em gesso dos tetos."

 O Castelo do Batel

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