E o Primeiro dia do Mês de Junho chegou finalmente e que seja melhor que os anteriores. O inverno se aproxima e os dias serão ainda mais curtos e as noites mais longas e mais frescas. Perfeita para leituras edificantes e perturbadoras como o Conto da Aia da canadense Margaret Atwood. Depois do sucesso da série The Handmaid's Tale, baseado no livro, houve quem dissesse que se Donald Trump fosse reeleito os Estados Unidos se transformaria numa Gilead igual ao livro ou série. Então, para quem não conhece o livrou ou a série recomendo.
Inspirada no livro homônimo O Conto da Aia, da escritora canadense Margaret Atwood, a série The Handmaid’s Tale tornou-se uma das produções distópicas mais influentes dos últimos anos. Ambas obras abordam a subjugação das mulheres e o patriarcado, que as fazem perder suas individualidades e independências.
"1Pluralidade de visões
Tanto no livro quanto na série é apresentado ao público a ascensão de Gilead e como este fato impacta a sociedade distópica. No entanto, diferente da obra de Margaret Atwood, a adaptação televisiva mostra o olhar de outras personagens, enriquecendo a trama. Na série, o telespectador é convidado a reviver as memórias de Serena Joy, de Emily, de Moira e de Nick, apresentando uma pluralidade de visões.
2. Personagem Luke
Na obra literária, a sobrevivência de Luke — o marido de Offred no mundo de antes de se instaurar o regime — é uma questão não solucionada. Entretanto, na produção televisiva, o personagem conseguiu cruzar uma das fronteiras do país.
3. O Olho que enxerga tudo
Uma das principais diferenças entre ambas produções é o Olho que enxerga tudo. Enquanto na série logo no início já entrega que Nick, o jovem motorista do Comandante Waterford, é um Olho, no livro de Margaret Atwood qualquer pessoa pode ser. Isso causa um ar de mistério para a narrativa, levando o leitor a suspeitar de todos.
4. A resistência
Na trama literária, Offred e Ofglen se descobrem parceiras de resistência depois de algum tempo, pois como qualquer pessoa pode ser o Olho, as personagens agem com mais cautela. Já na série, a impressão que passa aos telespectadores é que elas se sentem mais à vontade para questionar o sistema e transgredir.
5. Opressão sem nome
Enquanto no livro a narração de Gilead é regada de anonimato e mistério, logo no final do primeiro episódio, a série revela ao espectador o nome proibido, chamado June. Portanto, o que na produção literária tem uma função de aniquilação total, na trama televisiva acaba perdendo parte de sua carga opressiva — se comparado ao livro."
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