"Alma gêmea da minhalma,
Flor de luz da minha vida,
Sublime estrela caida
Das belezas da amplidão!...
Quando eu errava no mundo,
Triste e só, no meu caminho,
Chegaste, devagarinho,
E encheste-me o coração.
Vinhas nas benção dos deuses,
Na divina claridade,
Tecer-me a felicidade
Em sorrisos de esplendor!...
És meu tesouro infinito,
Juro-te eterna aliança,
Porque sou tua esperança,
Como és o meu amor!
Alma gêmea da minhalma,
Se eu te perder, algum dia,
Serei a escura agonia
Da saudade nos seus véus...
Se um dia me abandonares,
Luz terna dos meus amores,
ei-de esperar-te, entre ad flores
Da claridade dos céus..."
Poema escrito pelo senador romano Públio Lentulus para sua amada Líva há dois mil anos.
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