A arqueologia sempre nos surpreende e mais uma descoberta traz luz sobre a Civilização Romana. Na cidade de Exeter foi encontrado um forte romano durante uma escavação para melhoria no sistema de transporte público.
"Foi em meio às reformas para melhorar o sistema de transporte público na cidade de Exeter, na Inglaterra, que trabalhadores encontraram os restos de um forte construído pelo Império Romano. A área, que está sendo estudada por profissionais da empresa Cotswold Archaeology, ainda não foi completamente explorada, mas os especialistas já estão animados com o achado.
Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Andrew Pye, oficial de arqueologia do conselho da cidade, disse que a descoberta se soma a outras e mostra quão importante foi a região de Exeter na época em que os romanos dominaram a Grã-Bretanha.
Para o especialista, chama atenção também que o forte está em ótimo estado de conservação, considerando que a Inglaterra sofreu bombardeios durante as Grandes Guerras. “Juntamente com outros trabalhos recentes em Exeter, o forte demonstra o quanto da história da cidade ainda pode sobreviver em lugares improváveis, apesar dos danos causados pelos bombardeios e pelas modernas fundações de concreto", afirmou Pye.
Já Stephen Rippon, da Universidade de Exeter, acredita que paralelos podem ser traçados entre a descoberta e outros sítios arqueológicos da região com o intuito de descobrir sua utilidade. Além disso, o arqueólogo afirma que é difícil prever com exatidão o quão grande o forte era. "Isso mostra por que é tão importante que ocorram escavações arqueológicas", acrescentou à BBC.
Além dos restos do forte, os pesquisadores encontraram moedas, cerâmica e utensílios de cerâmica típicos do Império Romano. Uma vala romana também foi descoberta na região.
“A natureza inesperada dessa descoberta e o significado de encontrar características militares romanas anteriormente não documentadas nesta área da cidade fizeram desse um projeto desafiador e interessante", afirmou Derek Evans, gerente de projeto de campo do escritório de Exeter."
segunda-feira, 30 de setembro de 2019
domingo, 29 de setembro de 2019
Poema: Se te Queres Matar
E o setembro amarelo está no fim, tomara que as pessoas estejam mais felizes e saudáveis...
"Se te queres matar, por que não te queres matar?
Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida,
Se ousasse matar-me, também me mataria...
Ah, se ousares, ousa!
De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas
A que chamamos o mundo?
A cinematografia das horas representadas
Por atores de convenções e poses determinadas,
O circo policromo do nosso dinamismo sem fím?
De que te serve o teu mundo interior que desconheces?
Talvez, matando-te, o conheças finalmente...
Talvez, acabando, comeces...
E, de qualquer forma, se te cansa seres,
Ah, cansa-te nobremente,
E não cantes, como eu, a vida por bebedeira,
Não saúdes como eu a morte em literatura!
Fazes falta? Ó sombra fútil chamada gente!
Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém...
Sem ti correrá tudo sem ti.
Talvez seja pior para outros existires que matares-te...
Talvez peses mais durando, que deixando de durar...
A mágoa dos outros?... Tens remorso adiantado
De que te chorem?
Descansa: pouco te chorarão...
O impulso vital apaga as lágrimas pouco a pouco,
Quando não são de coisas nossas,
Quando são do que acontece aos outros, sobretudo a morte,
Porque é coisa depois da qual nada acontece aos outros...
Primeiro é a angústia, a surpresa da vinda
Do mistério e da falta da tua vida falada...
Depois o horror do caixão visível e material,
E os homens de preto que exercem a profissão de estar ali.
Depois a família a velar, inconsolável e contando anedotas,
Lamentando a pena de teres morrido,
E tu mera causa ocasional daquela carpidação,
Tu verdadeiramente morto, muito mais morto que calculas...
Muito mais morto aqui que calculas,
Mesmo que estejas muito mais vivo além...
Depois a trágica retirada para o jazigo ou a cova,
E depois o princípio da morte da tua memória.
Há primeiro em todos um alívio
Da tragédia um pouco maçadora de teres morrido...
Depois a conversa aligeira-se quotidianamente,
E a vida de todos os dias retoma o seu dia...
Depois, lentamente esqueceste.
Só és lembrado em duas datas, aniversariamente:
Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste.
Mais nada, mais nada, absolutamente mais nada.
Duas vezes no ano pensam em ti.
Duas vezes no ano suspiram por ti os que te amaram,
E uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti.
Encara-te a frio, e encara a frio o que somos...
Se queres matar-te, mata-te...
Não tenhas escrúpulos morais, receios de inteligência! ...
Que escrúpulos ou receios tem a mecânica da vida?
Que escrúpulos químicos tem o impulso que gera
As seivas, e a circulação do sangue, e o amor?
Que memória dos outros tem o ritmo alegre da vida?
Ah, pobre vaidade de carne e osso chamada homem.
Não vês que não tens importância absolutamente nenhuma?
És importante para ti, porque é a ti que te sentes.
És tudo para ti, porque para ti és o universo,
E o próprio universo e os outros
Satélites da tua subjetividade objetiva.
És importante para ti porque só tu és importante para ti.
E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?
Tens, como Hamlet, o pavor do desconhecido?
Mas o que é conhecido? O que é que tu conheces,
Para que chames desconhecido a qualquer coisa em especial?
Tens, como Falstaff, o amor gorduroso da vida?
Se assim a amas materialmente, ama-a ainda mais materialmente,
Torna-te parte carnal da terra e das coisas!
Dispersa-te, sistema físico-químico
De células noturnamente conscientes
Pela noturna consciência da inconsciência dos corpos,
Pelo grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências,
Pela relva e a erva da proliferação dos seres,
Pela névoa atômica das coisas,
Pelas paredes turbihonantes
Do vácuo dinâmico do mundo... "
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
"Se te queres matar, por que não te queres matar?
Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida,
Se ousasse matar-me, também me mataria...
Ah, se ousares, ousa!
De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas
A que chamamos o mundo?
A cinematografia das horas representadas
Por atores de convenções e poses determinadas,
O circo policromo do nosso dinamismo sem fím?
De que te serve o teu mundo interior que desconheces?
Talvez, matando-te, o conheças finalmente...
Talvez, acabando, comeces...
E, de qualquer forma, se te cansa seres,
Ah, cansa-te nobremente,
E não cantes, como eu, a vida por bebedeira,
Não saúdes como eu a morte em literatura!
Fazes falta? Ó sombra fútil chamada gente!
Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém...
Sem ti correrá tudo sem ti.
Talvez seja pior para outros existires que matares-te...
Talvez peses mais durando, que deixando de durar...
A mágoa dos outros?... Tens remorso adiantado
De que te chorem?
Descansa: pouco te chorarão...
O impulso vital apaga as lágrimas pouco a pouco,
Quando não são de coisas nossas,
Quando são do que acontece aos outros, sobretudo a morte,
Porque é coisa depois da qual nada acontece aos outros...
Primeiro é a angústia, a surpresa da vinda
Do mistério e da falta da tua vida falada...
Depois o horror do caixão visível e material,
E os homens de preto que exercem a profissão de estar ali.
Depois a família a velar, inconsolável e contando anedotas,
Lamentando a pena de teres morrido,
E tu mera causa ocasional daquela carpidação,
Tu verdadeiramente morto, muito mais morto que calculas...
Muito mais morto aqui que calculas,
Mesmo que estejas muito mais vivo além...
Depois a trágica retirada para o jazigo ou a cova,
E depois o princípio da morte da tua memória.
Há primeiro em todos um alívio
Da tragédia um pouco maçadora de teres morrido...
Depois a conversa aligeira-se quotidianamente,
E a vida de todos os dias retoma o seu dia...
Depois, lentamente esqueceste.
Só és lembrado em duas datas, aniversariamente:
Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste.
Mais nada, mais nada, absolutamente mais nada.
Duas vezes no ano pensam em ti.
Duas vezes no ano suspiram por ti os que te amaram,
E uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti.
Encara-te a frio, e encara a frio o que somos...
Se queres matar-te, mata-te...
Não tenhas escrúpulos morais, receios de inteligência! ...
Que escrúpulos ou receios tem a mecânica da vida?
Que escrúpulos químicos tem o impulso que gera
As seivas, e a circulação do sangue, e o amor?
Que memória dos outros tem o ritmo alegre da vida?
Ah, pobre vaidade de carne e osso chamada homem.
Não vês que não tens importância absolutamente nenhuma?
És importante para ti, porque é a ti que te sentes.
És tudo para ti, porque para ti és o universo,
E o próprio universo e os outros
Satélites da tua subjetividade objetiva.
És importante para ti porque só tu és importante para ti.
E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?
Tens, como Hamlet, o pavor do desconhecido?
Mas o que é conhecido? O que é que tu conheces,
Para que chames desconhecido a qualquer coisa em especial?
Tens, como Falstaff, o amor gorduroso da vida?
Se assim a amas materialmente, ama-a ainda mais materialmente,
Torna-te parte carnal da terra e das coisas!
Dispersa-te, sistema físico-químico
De células noturnamente conscientes
Pela noturna consciência da inconsciência dos corpos,
Pelo grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências,
Pela relva e a erva da proliferação dos seres,
Pela névoa atômica das coisas,
Pelas paredes turbihonantes
Do vácuo dinâmico do mundo... "
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Mafalda, a Contestadora faz 55 anos
E hoje, a menina de seis anos mais contestadora e top da Argentina completa 55 anos. Sim, Mafalda do cartunista Joaquín Salvador Lavado Tejón, o Quino, faz um enorme sucesso no Brasil e no mundo. Mesmo sendo do séc. passado, ela é bastante atual e pouco conhecida entre os adolescentes. Uma pena, pois ela é incrivelmente maravilhosaaaaaaaa.
"Nas palavras de seu criador, o cartunista Quino, a quase sessentona Mafalda ama e sempre amará, nesta ordem, os Beatles, a democracia, os direitos das crianças e a paz. Em contrapartida, odeia sopa (uma alusão ao autoritarismo e a obrigação de saboreá-la contra a sua vontade), armas, guerra e James Bond (e a Guerra Fria que subliminarmente ele representa). Nem sempre bem-humorada mas impreterivelmente irônica e cheia de atitude, a mais conhecida personagem do quadrinista decano argentino, completa agora, em 2019, 55 anos. E, diga-se, muito bem vividos, obrigado.
De fama planetária, os desenhos da contestadora niña de apenas 6 anos duraram menos de uma década – de 1964 a 1973 -, mas são comentados desde aquela época, fazendo enorme sucesso até hoje. “Uma heroína de seu tempo”, assim a definiu o brilhante escritor, filósofo, semiólogo, linguista e bibliófilo italiano Umberto Eco, o primeiro editor de Mafalda no país da Bota.
No Brasil, onde desembarcou em 1982, teve como editor o saudoso e atilado cartunista Henfil, sinônimo de resistência e de humor ferino e refinado durante os tempos de chumbo porque passou o Brasil, nos anos 1960 até as Diretas Já, nos 80. (Em tempo: Henfil foi o criador do histórico bordão “Diretas Já!”, que denominou o movimento civil de reivindicação por eleições presidenciais no Brasil, entre 1983 e 1984, após o período da ditadura instalada no início dos anos 60).
No tempo em que a mais famosa, irrequieta e pra lá de marrenta criação de Quino nasceu, o homem, em pleno apogeu da guerra fria e da corrida espacial, não havia sequer colocado os pés na lua. Também não existia comunicação por satélite. Tampouco a chamada nuvem da internet, que hoje guarda inimagináveis bilhões de terabytes de informações. Ou mesmo a TV que, àquela época, exibia uma programação em preto e branco para antigas tevês a válvula, e cujas transmissões a cabo eram marcadas por uma profusão de chuviscos e interferências.
Com uma série de fatos que marcaram a agenda mundial daquele tempo – como a explosão pela China comunista de sua primeira bomba atômica e, como contraponto, o anúncio do Prêmio Nobel da Paz concedido ao ativista e líder negro americano Martin Luther King (1929-1968) –, 1964 também é o ano em que Nikita Kruschev (1894/1971) foi deposto na extinta União Soviética por um triunvirato capitaneado por Leonid Brejnev (1906/1982).
Como reflexo da polarização entre o capitalismo norte-americano e o comunismo da extinta União Soviética, a América do Sul também via surgir, desafortunadamente, um sem-número de governos ditatoriais de direita, apoiados pelos Estados Unidos, que cercearam as liberdades políticas, de expressão individual e de imprensa, em países como Argentina, Chile e Brasil, em resposta à ameaça do expansionismo soviético no continente.
Foi a partir desse borbulhante caldeirão sociopolítico e do caldo de cultura da frenética e não menos fervilhante década de 1960 do século passado, que o cartunista argentino Joaquín Salvador Lavado Tejón, o Quino, concebeu a contestadora garotinha Mafalda, personagem maior do desenhista, hoje no auge de seus 87 anos."
"Nas palavras de seu criador, o cartunista Quino, a quase sessentona Mafalda ama e sempre amará, nesta ordem, os Beatles, a democracia, os direitos das crianças e a paz. Em contrapartida, odeia sopa (uma alusão ao autoritarismo e a obrigação de saboreá-la contra a sua vontade), armas, guerra e James Bond (e a Guerra Fria que subliminarmente ele representa). Nem sempre bem-humorada mas impreterivelmente irônica e cheia de atitude, a mais conhecida personagem do quadrinista decano argentino, completa agora, em 2019, 55 anos. E, diga-se, muito bem vividos, obrigado.
De fama planetária, os desenhos da contestadora niña de apenas 6 anos duraram menos de uma década – de 1964 a 1973 -, mas são comentados desde aquela época, fazendo enorme sucesso até hoje. “Uma heroína de seu tempo”, assim a definiu o brilhante escritor, filósofo, semiólogo, linguista e bibliófilo italiano Umberto Eco, o primeiro editor de Mafalda no país da Bota.
No Brasil, onde desembarcou em 1982, teve como editor o saudoso e atilado cartunista Henfil, sinônimo de resistência e de humor ferino e refinado durante os tempos de chumbo porque passou o Brasil, nos anos 1960 até as Diretas Já, nos 80. (Em tempo: Henfil foi o criador do histórico bordão “Diretas Já!”, que denominou o movimento civil de reivindicação por eleições presidenciais no Brasil, entre 1983 e 1984, após o período da ditadura instalada no início dos anos 60).
No tempo em que a mais famosa, irrequieta e pra lá de marrenta criação de Quino nasceu, o homem, em pleno apogeu da guerra fria e da corrida espacial, não havia sequer colocado os pés na lua. Também não existia comunicação por satélite. Tampouco a chamada nuvem da internet, que hoje guarda inimagináveis bilhões de terabytes de informações. Ou mesmo a TV que, àquela época, exibia uma programação em preto e branco para antigas tevês a válvula, e cujas transmissões a cabo eram marcadas por uma profusão de chuviscos e interferências.
Com uma série de fatos que marcaram a agenda mundial daquele tempo – como a explosão pela China comunista de sua primeira bomba atômica e, como contraponto, o anúncio do Prêmio Nobel da Paz concedido ao ativista e líder negro americano Martin Luther King (1929-1968) –, 1964 também é o ano em que Nikita Kruschev (1894/1971) foi deposto na extinta União Soviética por um triunvirato capitaneado por Leonid Brejnev (1906/1982).
Como reflexo da polarização entre o capitalismo norte-americano e o comunismo da extinta União Soviética, a América do Sul também via surgir, desafortunadamente, um sem-número de governos ditatoriais de direita, apoiados pelos Estados Unidos, que cercearam as liberdades políticas, de expressão individual e de imprensa, em países como Argentina, Chile e Brasil, em resposta à ameaça do expansionismo soviético no continente.
Foi a partir desse borbulhante caldeirão sociopolítico e do caldo de cultura da frenética e não menos fervilhante década de 1960 do século passado, que o cartunista argentino Joaquín Salvador Lavado Tejón, o Quino, concebeu a contestadora garotinha Mafalda, personagem maior do desenhista, hoje no auge de seus 87 anos."
sábado, 28 de setembro de 2019
Holocausto Cigano: a tragédia que o Mundo Esqueceu
O sabadão está quente mesmo com a previsão de chuva no decorrer do dia. Enquanto ela não cai, que tal conhecer mais sobre a morte dos ciganos pelos nazistas? É sabido da morte dos mais de seis milhões de judeus e as outras minorias? Durante o mês de agosto, foi rememorado o 75º ano do massacre dos ciganos nos campos de Auschwitz-Birkenau.
"Judeus e ciganos sobreviventes do Holocausto se reuniram, em Auschwitz-Birkenau, para relembrar o 75º aniversário do massacre dos últimos ciganos internados nesses “campos gêmeos”.
O ativista americano dos direitos civis, pastor Jesse Jackson, que participou da cerimônia, falou do “Holocausto esquecido” do povo cigano e pediu vigilância diante da escalada da extrema direita na Europa e nos Estados Unidos.
Em meio aos mais de seis milhões de judeus exterminados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha de Hitler reservou o mesmo destino a cerca de meio milhão de membros do povo cigano. A data de hoje, 2 de agosto, foi proclamada o dia de memória de seu Holocausto.
Cerca de 23 mil ciganos de toda Europa foram deportados para Auschwitz-Birkenau entre março de 1943 e julho de 1944. Quase todos foram mortos.
Em 2 de agosto de 1944, quando a derrota da Alemanha parecia cada vez mais provável, os nazistas mataram entre os cerca de 4.300 derradeiros sobreviventes no campo de concentração de Birkenau.
“Três dos meus quatro irmãos e irmãs e minha mãe biológica foram assassinados pelos nazistas. Eu sobrevivi por sorte e pela ajuda desinteressada de outras pessoas”, disse Else Baker, um cigano sobrevivente.
“Nós, os sobreviventes, temos de defender os direitos humanos e a democracia. Não podemos, nunca, dar como garantido que os crimes nazistas não voltarão a se repetir”, acrescentou.
“Quero que aqueles que mataram essas pessoas ouçam por tudo sua vida, e mesmo depois, os horríveis ecos daquela noite e sintam o medo que as vítimas viveram”, declarou Eva Fahidi, uma judia que testemunhou o massacre.
O pastor Jackson comparou os sofrimentos dos ciganos na Europa ao dos afro-americanos nos Estados Unidos e pediu que os movimentos de extrema direita em ascensão sejam contidos o mais rápido possível.
“Os povos ciganos da Europa são, basicamente, confrontados à mesma prova que os afro-americanos, vítimas do genocídio e da violência, privação do direito de voto, segregação e marginalização”, afirmou ele, diante de algumas centenas de pessoas reunidas em Birkenau.
Nômades por muito tempo, os ciganos teriam migrado para a Europa, saindo do noroeste do subcontinente indiano por volta do século XI. Hoje, seu número estimado na Europa é de entre 10 e 12 milhões de pessoas. Suas condições de vida ainda são, em geral, difíceis e precárias."
"Judeus e ciganos sobreviventes do Holocausto se reuniram, em Auschwitz-Birkenau, para relembrar o 75º aniversário do massacre dos últimos ciganos internados nesses “campos gêmeos”.
O ativista americano dos direitos civis, pastor Jesse Jackson, que participou da cerimônia, falou do “Holocausto esquecido” do povo cigano e pediu vigilância diante da escalada da extrema direita na Europa e nos Estados Unidos.
Em meio aos mais de seis milhões de judeus exterminados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha de Hitler reservou o mesmo destino a cerca de meio milhão de membros do povo cigano. A data de hoje, 2 de agosto, foi proclamada o dia de memória de seu Holocausto.
Cerca de 23 mil ciganos de toda Europa foram deportados para Auschwitz-Birkenau entre março de 1943 e julho de 1944. Quase todos foram mortos.
Em 2 de agosto de 1944, quando a derrota da Alemanha parecia cada vez mais provável, os nazistas mataram entre os cerca de 4.300 derradeiros sobreviventes no campo de concentração de Birkenau.
“Três dos meus quatro irmãos e irmãs e minha mãe biológica foram assassinados pelos nazistas. Eu sobrevivi por sorte e pela ajuda desinteressada de outras pessoas”, disse Else Baker, um cigano sobrevivente.
“Nós, os sobreviventes, temos de defender os direitos humanos e a democracia. Não podemos, nunca, dar como garantido que os crimes nazistas não voltarão a se repetir”, acrescentou.
“Quero que aqueles que mataram essas pessoas ouçam por tudo sua vida, e mesmo depois, os horríveis ecos daquela noite e sintam o medo que as vítimas viveram”, declarou Eva Fahidi, uma judia que testemunhou o massacre.
O pastor Jackson comparou os sofrimentos dos ciganos na Europa ao dos afro-americanos nos Estados Unidos e pediu que os movimentos de extrema direita em ascensão sejam contidos o mais rápido possível.
“Os povos ciganos da Europa são, basicamente, confrontados à mesma prova que os afro-americanos, vítimas do genocídio e da violência, privação do direito de voto, segregação e marginalização”, afirmou ele, diante de algumas centenas de pessoas reunidas em Birkenau.
Nômades por muito tempo, os ciganos teriam migrado para a Europa, saindo do noroeste do subcontinente indiano por volta do século XI. Hoje, seu número estimado na Europa é de entre 10 e 12 milhões de pessoas. Suas condições de vida ainda são, em geral, difíceis e precárias."
sexta-feira, 27 de setembro de 2019
Alguns Motivos para assistir a série Marianne
E a sexta-feira chegouuuuuuu e como é a última do mês de setembro, nada mais interessante que assistir uma série de terror.
A série francesa acaba de entrar no catálogo do serviço e provou ser uma boa opção para os amantes do terror. Com uma premissa diferente, Marianne une traumas, horror, amizade, o sobrenatural e a diferente representação dos medos humanos, em mais um acerto original Netflix. Que tal alguns motivos para suar frio de medo? E garanto para quem gosta de séries ou filmes de terror, essa realmente deixa a gente tremendoooooo
"1 - Trama macabra
Num apanhado geral, podemos dizer que o enredo das histórias de terror das últimas duas décadas e meia ficaram padronizados. Uma casa assombra aqui, alguém que enfrenta maldição ali, algum espírito inquieto, que assombra pessoas aleatórias do outro lado. Precisamos garimpar no meio de tantas produções, para encontrar títulos melhores. Um dos aspectos que chama atenção em Marianne é justamente sua trama. Na história, Emma Larsimon (Victoire Du Bois) é uma famosa autora de livros de terror, que decide encerrar a série, que escreve há dez anos.
2 - Fora do circuito hollywoodiano
Marianne é uma série de terror francesa, portanto, fora do convencional esperado. O horror moderno hollywoodiano ficou marcado pelo uso exaustivo do jump scare. Uma técnica que, embora encontrada na história, é vista com menos frequência.
O ritmo da narrativa é desacelerado, não significa, porém, que seja menos intenso. O terror é desenvolvido com calma e o perigo não se esconde apenas na escuridão. Realidade e sonho se misturam de forma tão homogênea que às vezes é difícil distingui-los.
3 - Sem tempo a perder
Outro ponto positivo da série é como as outras pessoas não demoram a acreditar em Emma. A protagonista é assombrada pela imagem da bruxa, que achava ter criado. Ela não precisa tentar convencer seus amigos de sua sanidade e da veracidade das coisas que tem acontecido na cidade. Eles não tardam a perceber o mal e, por consequência, também sofrê-lo. Apesar dos desentendimentos, Emma tem o apoio dos amigos, os quais tentam ajudá-la a se livrar da bruxa. Mesmo que isso signifique sacrifícios.
4 - Quebra de expectativas
As histórias de terror se tornaram tão genéricas que, em várias obras, é possível prever o que acontecerá na próxima cena. Ou mesmo antever as escolhas e ações dos personagens. Em Marianne, as coisas funcionam na contramão. Por mais que tudo indique um caminho, a trama segue por outro. Certos momentos são montados para levar o espectador a crer num determinado desfecho. Mas o resultado acaba sendo inesperado. A quebra de expectativas reforça a atenção da audiência e alimenta a curiosidade de consumir cada vez mais a história."
A série francesa acaba de entrar no catálogo do serviço e provou ser uma boa opção para os amantes do terror. Com uma premissa diferente, Marianne une traumas, horror, amizade, o sobrenatural e a diferente representação dos medos humanos, em mais um acerto original Netflix. Que tal alguns motivos para suar frio de medo? E garanto para quem gosta de séries ou filmes de terror, essa realmente deixa a gente tremendoooooo
Num apanhado geral, podemos dizer que o enredo das histórias de terror das últimas duas décadas e meia ficaram padronizados. Uma casa assombra aqui, alguém que enfrenta maldição ali, algum espírito inquieto, que assombra pessoas aleatórias do outro lado. Precisamos garimpar no meio de tantas produções, para encontrar títulos melhores. Um dos aspectos que chama atenção em Marianne é justamente sua trama. Na história, Emma Larsimon (Victoire Du Bois) é uma famosa autora de livros de terror, que decide encerrar a série, que escreve há dez anos.
2 - Fora do circuito hollywoodiano
Marianne é uma série de terror francesa, portanto, fora do convencional esperado. O horror moderno hollywoodiano ficou marcado pelo uso exaustivo do jump scare. Uma técnica que, embora encontrada na história, é vista com menos frequência.
O ritmo da narrativa é desacelerado, não significa, porém, que seja menos intenso. O terror é desenvolvido com calma e o perigo não se esconde apenas na escuridão. Realidade e sonho se misturam de forma tão homogênea que às vezes é difícil distingui-los.
3 - Sem tempo a perder
Outro ponto positivo da série é como as outras pessoas não demoram a acreditar em Emma. A protagonista é assombrada pela imagem da bruxa, que achava ter criado. Ela não precisa tentar convencer seus amigos de sua sanidade e da veracidade das coisas que tem acontecido na cidade. Eles não tardam a perceber o mal e, por consequência, também sofrê-lo. Apesar dos desentendimentos, Emma tem o apoio dos amigos, os quais tentam ajudá-la a se livrar da bruxa. Mesmo que isso signifique sacrifícios.
4 - Quebra de expectativas
As histórias de terror se tornaram tão genéricas que, em várias obras, é possível prever o que acontecerá na próxima cena. Ou mesmo antever as escolhas e ações dos personagens. Em Marianne, as coisas funcionam na contramão. Por mais que tudo indique um caminho, a trama segue por outro. Certos momentos são montados para levar o espectador a crer num determinado desfecho. Mas o resultado acaba sendo inesperado. A quebra de expectativas reforça a atenção da audiência e alimenta a curiosidade de consumir cada vez mais a história."
quinta-feira, 26 de setembro de 2019
Supernatural: Jared Padalecki fará um novo Personagem
Em duas semanas a 15ª temporada terá início e a ansiedade só aumenta. Enquanto não acontece as notícias e teorias pupulam na web. Eu prefiro aguardar e não ficar sofrendo antes da hora.
A notícia que literalmente "quebrou" a web foi que nosso querido Sam Winchester/Jared Padalecki fará um "homem da lei" em nova série.
Os hunters, inclusive eu, estão tentando sobreviver sem Supernatural e já vem essa notícia maravilhosa. Bom, ele é texano, tem charme e sabe montar à cavalo, então que venha a nova série.
"Supernatural mal estrelou a última temporada e Jared Padalecki já está escalado para o próximo projeto. O ator vai estrelar o reboot de Walker, Texas Ranger para a CBS.
Intitulado apenas Walker, o reboot será uma atualização do programa da década de 1990 estrelado por Chuck Norris. A história original, no ar entre 1993 e 2001, girava em torno de Cordell Walker (Norris), um 'Texas Ranger' que acredita nos próprios instintos, e lida com os malfeitores à moda antiga. Trivette (Clarence Gilyard Jr.), seu parceiro, é um ex-jogador de futebol do Dallas Cowboys, e usa os métodos mais modernos de aproximação para resolver crimes.
Walker, Texas Ranger foi exibida em mais de 100 países e encerrou em 2001, dando origem ao filme derivado Trial By Fire, de 2005."
A notícia que literalmente "quebrou" a web foi que nosso querido Sam Winchester/Jared Padalecki fará um "homem da lei" em nova série.
Os hunters, inclusive eu, estão tentando sobreviver sem Supernatural e já vem essa notícia maravilhosa. Bom, ele é texano, tem charme e sabe montar à cavalo, então que venha a nova série.
"Supernatural mal estrelou a última temporada e Jared Padalecki já está escalado para o próximo projeto. O ator vai estrelar o reboot de Walker, Texas Ranger para a CBS.
Intitulado apenas Walker, o reboot será uma atualização do programa da década de 1990 estrelado por Chuck Norris. A história original, no ar entre 1993 e 2001, girava em torno de Cordell Walker (Norris), um 'Texas Ranger' que acredita nos próprios instintos, e lida com os malfeitores à moda antiga. Trivette (Clarence Gilyard Jr.), seu parceiro, é um ex-jogador de futebol do Dallas Cowboys, e usa os métodos mais modernos de aproximação para resolver crimes.
A nova versão terá roteiro de Anna Fricke (Valor, Being
Human), com produção executiva de Padalecki, Dan Lin (Lethal Weapon),
Lindsey Libertore e Dan Spílo.
Padalecki viverá o mesmo Cordell Walker, um homem
voltando para a família após servir na força policial de elite do Texas.
Um viúvo pai de dois filhos, Walker volta para casa em Austin depois de
dois anos trabalhando encoberto em um caso de alto escalão, e acaba
descobrindo que haverá mais a fazer em casa.
O reboot ainda não tem uma emissora alinhada mas, segundo a Deadline, a CW, produtora de Supernatural, estaria interessada no projeto. Segundo o site Deadline, há um grande entusiasmo por “Walker” na CW, onde
Supernatural tem sido uma instituição, com suas estrelas Padalecki e
Jensen Ackles reverenciadas pelos fãs da CW e desfrutando de um
relacionamento muito próximo com o presidente da rede e grande fã de
Supernatural, Mark Pedowitz.
Walker, Texas Ranger foi exibida em mais de 100 países e encerrou em 2001, dando origem ao filme derivado Trial By Fire, de 2005."
quarta-feira, 25 de setembro de 2019
Davi Kopenawa receberá Nobel Alternativo
A honraria foi entregue um dia depois do discurso do presidente Jair Bolsonaro na Organização das Nações Unidas, que teve como foco a questão dos povos indígenas no Brasil. Bolsonaro citou em “ambientalismo radical” e “indigenismo ultrapassado” ao ler uma carta atribuída a uma comunidade indígena, e criticou o líder da etnia caiapó cacique Raoni, indicado ao prêmio Nobel da Paz.
“Hoje foi um dia de terror para os povos indígenas do Brasil e do mundo. Bolsonaro fez um discurso de intolerância e muita truculência. Essa fala será histórica, infelizmente, porque mancha o legado brasileiro nas Nações Unidas”, afirmou Sônia Guajajara, da Terra Indígena Arariboia, no Maranhão, e coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib)."
O líder indígena Davi Kopenawa, do povo Yanomami, é um dos ganhadores do Right Livelihood Award, mais conhecido como prêmio "Nobel Alternativo".
Ele receberá a premiação juntamente com a Hutukara Associação Yanomami, cofundada e presidida por ele, "pela corajosa determinação em proteger as florestas e a biodiversidade da Amazônia, e as terras e a cultura de seus povos indígenas".
Outras três pessoas também receberam o prêmio — a jovem ativista ambiental Greta Thunberg (Suécia), a defensora dos direitos humanos, Aminatou Haidar (Saara Ocidental) e a advogada Guo Jianmei (China).
Eles vão receber 1 milhão de coroas suecas (cerca de R$ 430 mil), destinadas a apoiar o trabalho que estão conduzindo.
"É a sétima vez que o Brasil tem um representante entre os ganhadores do prêmio - que já foi concedido ao bispo Erwin Krautler(2010), ao arquiteto e ativista social Chico Whitaker Ferreira (2006), ao teólogo Leonardo Boff (2001), à Comissão Pastoral da Terra (1991), ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (1991) e ao agrônomo e ecologista José Lutzenberger (1988).
"Davi Kopenawa, junto à Hutukara Associação Yanomami, está resistindo exitosamente à impiedosa exploração de terras indígenas na Amazônia, protegendo nossa herança planetária comum", afirmou Ole von Uexkull, diretor-executivo da Right Livelihood Foundation.
A trajetória de Kopenawa
Nascido por volta de 1955 (a data é incerta), Kopenawa é xamã e porta-voz dos yanomami, que vivem isolados na Amazônia, perto da fronteira com a Venezuela.
Há mais de 30 anos, ele viaja pelo mundo em defesa do seu povo. Recebeu o apelido de "Dalai Lama da Floresta Tropical" e foi chave para o reconhecimento oficial do território yanomami na Amazônia em 1992, depois de quase dez anos de luta. Direito de imagem Survival International Image caption 'Nossa terra é tudo o que sabemos. Eu não vou parar de lutar', diz Kopenawa
O território é duas vezes maior que a Suíça — sendo a maior área indígena coberta por floresta do mundo, de acordo com a organização Survival International.
Nos anos 1950 e 1960, o contato intensificado com homens brancos levou ao surgimento de doenças que praticamente eliminaram os yanomami. Foi assim que Kopenawa viu os pais morrerem.
E, na década de 1980, milhares de garimpeiros invadiram seu território em busca de ouro, resultando em violência e novas doenças, o que reduziu a população nativa em 20%, segundo a Survival International.
Kopenawa diz que não morreu por ser "protegido pelo pajé"
É diante deste contexto que o líder indígena — cofundador e presidente da Hutukara Associação Yanomami, criada em 2004 — tem dedicado sua vida a proteger os direitos indígenas e o território do seu povo na floresta tropical.
"Eu continuo a luta pelos direitos do meu povo, nossos direitos à terra, saúde, nossa língua e costumes, nosso xamanismo e muito mais", afirmou Kopenawa ao Right Livelihood Award. Direito de imagem Survival International Image caption Os yanomami vivem numa reserva na Amazônia cuja área é duas vezes maior que a Suíça
"O papel de Hutukara é defender o povo Yanomami e a nossa terra contra políticos, garimpeiros, fazendeiros e outros que querem roubar. Nossa terra é tudo o que sabemos. Eu não vou parar de lutar. Eu vou continuar até morrer."
Em 1989, ele recebeu um prêmio da ONU pela defesa do seu povo.
Kopenawa, que aprendeu português já adulto, é autor ainda do primeiro livro escrito por um yanomami, A queda do céu. A obra, publicada em 2010, narra a trajetória dele e do seu povo, além de suas visões sobre o "homem branco".
A premiação
O Right Livelihood Award, concedido anualmente, foi criado pelo sueco-alemão Jakob von Uexkull para premiar pessoas que oferecem soluções práticas para os desafios mais urgentes do mundo atual.
Desde 1980, o prêmio já foi entregue a 174 pessoas de 70 países.
Neste ano, o júri considerou 142 indicações de 59 nações, após um processo aberto de indicação.
A cerimônia de premiação acontecerá no dia 4 de dezembro em Estocolmo, na Suécia."
terça-feira, 24 de setembro de 2019
Jovem Brasileira ganha Prêmio da ONU
Eu fico emocionada quando leio esse tipo de notícia e sonho ainda ouvir que um aluno do Liceu Cuiabano desenvolveu um Projeto Científico para melhorar a sociedade cuiabana. Entretanto, com a falta de leitura e interesse pelas Ciências que tenho observado em nossos alunos, sei não... E o governo federal para piorar, ainda corta os investimentos nas áreas científicas...
"Aos 21 anos, a brasileira Anna Luisa Beserra, formada em biotecnologia pela Universidade Federal da Bahia, foi uma das vencedoras do Prêmio Jovens Campeões da Terra, promovido pela Organização das Nações Unidas. Ela é a primeira brasileira a ganhar a competição. Ao todo, sete jovens de diferentes regiões — África, América do Norte, América Latina e Caribe, Ásia e Pacífico, Europa e Ásia Ocidental — foram selecionados e receberão os prêmios no dia 26 de setembro, durante a reunião anual da Assembleia Geral das Nações Unidas e a Cúpula de Ação Climática.
Anna Luisa, que entrou na faculdade em 2015, começou a desenvolver o projeto Aqualuz em 2013, ainda no Ensino Médio. Durante as aulas em que aprendeu sobre a seca no semiárido, a cientista se motivou a criar algo que pudesse solucionar o problema. “Aquela foi a minha grande oportunidade. Sempre quis ser cientista e vi na escola uma oportunidade para criar uma tecnologia viável e de baixo custo”, afirmou.
O Aqualuz é um filtro que purifica a água da chuva coletada por cisternas instaladas em áreas rurais, onde a água tratada não é acessível. Mais de um milhão de pessoas sofrem por falta de acesso a água no Brasil.
Com a invenção de Anna Luisa, a água da cisterna é purificada por meio de raios solares e um indicador muda de cor quando o líquido está seguro para o consumo. De fácil manutenção, o sistema pode durar até 20 anos. No primeiro semestre da faculdade, Anna Luisa fundou uma startup com o apoio do Academic Working Capital, do Instituto TIM. A partir dali, o desafio foi entender a forma de encontrar um modelo de negócios sustentável e manter o objetivo de atingir o maior número de pessoas beneficiadas possível. Atualmente, a tecnologia já é um produto presente em cinco estados da região nordeste e com 53 unidades implantadas em propriedades rurais.
Para a diretora executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Inger Andersen, “o planeta com estresse hídrico está sofrendo o peso da extração incessante, da poluição e da mudança climática. É necessário encontrarmos novas formas de proteger, reciclar e reutilizar esse precioso recurso. Tornar a água potável acessível e segura a todos e todas é vital para atingirmos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”.
O reconhecimento após o anúncio do prêmio da ONU motivou a cientista a querer ir além. “É um estímulo para melhorar o modelo de negócios e conseguir novas parcerias. Quero ter pontos de partida para expandir a tecnologia para a África, Índia e outros países da América Latina. Quanto mais unidades implantadas, maior o número de pessoas beneficiadas. Quero desenvolver a tecnologia para mudar vidas”, concluiu."
"Aos 21 anos, a brasileira Anna Luisa Beserra, formada em biotecnologia pela Universidade Federal da Bahia, foi uma das vencedoras do Prêmio Jovens Campeões da Terra, promovido pela Organização das Nações Unidas. Ela é a primeira brasileira a ganhar a competição. Ao todo, sete jovens de diferentes regiões — África, América do Norte, América Latina e Caribe, Ásia e Pacífico, Europa e Ásia Ocidental — foram selecionados e receberão os prêmios no dia 26 de setembro, durante a reunião anual da Assembleia Geral das Nações Unidas e a Cúpula de Ação Climática.
Anna Luisa, que entrou na faculdade em 2015, começou a desenvolver o projeto Aqualuz em 2013, ainda no Ensino Médio. Durante as aulas em que aprendeu sobre a seca no semiárido, a cientista se motivou a criar algo que pudesse solucionar o problema. “Aquela foi a minha grande oportunidade. Sempre quis ser cientista e vi na escola uma oportunidade para criar uma tecnologia viável e de baixo custo”, afirmou.
O Aqualuz é um filtro que purifica a água da chuva coletada por cisternas instaladas em áreas rurais, onde a água tratada não é acessível. Mais de um milhão de pessoas sofrem por falta de acesso a água no Brasil.
Com a invenção de Anna Luisa, a água da cisterna é purificada por meio de raios solares e um indicador muda de cor quando o líquido está seguro para o consumo. De fácil manutenção, o sistema pode durar até 20 anos. No primeiro semestre da faculdade, Anna Luisa fundou uma startup com o apoio do Academic Working Capital, do Instituto TIM. A partir dali, o desafio foi entender a forma de encontrar um modelo de negócios sustentável e manter o objetivo de atingir o maior número de pessoas beneficiadas possível. Atualmente, a tecnologia já é um produto presente em cinco estados da região nordeste e com 53 unidades implantadas em propriedades rurais.
Para a diretora executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Inger Andersen, “o planeta com estresse hídrico está sofrendo o peso da extração incessante, da poluição e da mudança climática. É necessário encontrarmos novas formas de proteger, reciclar e reutilizar esse precioso recurso. Tornar a água potável acessível e segura a todos e todas é vital para atingirmos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”.
O reconhecimento após o anúncio do prêmio da ONU motivou a cientista a querer ir além. “É um estímulo para melhorar o modelo de negócios e conseguir novas parcerias. Quero ter pontos de partida para expandir a tecnologia para a África, Índia e outros países da América Latina. Quanto mais unidades implantadas, maior o número de pessoas beneficiadas. Quero desenvolver a tecnologia para mudar vidas”, concluiu."
segunda-feira, 23 de setembro de 2019
Bem - vindo Equinócio da Primavera
Finalmente, a estação mais alegre chegou: a Primavera. E com ela vem as chuvas e as flores.
O Início da Primavera 2019 acontece oficialmente às 04h50 do dia 23 de setembro de 2019.
A primavera é a estação que antecede o verão e sucede o inverno. No Hemisfério Sul, onde está localizado o Brasil, esta estação é caracterizada pelo desabrochar das flores, chuvas e pelo aquecimento da temperatura.
Nesta estação, o clima é mais ameno, ou seja, não tão quente quanto no verão, e nem muito frio como no inverno.
Essa época é muito apreciada por boa parte das pessoas, pois a natureza fica mais colorida com flores de variados tipos. Por conta disso, é um período conhecido também como "estação da flores".
Equinócio da Primavera
O equinócio da primavera marca o início da primavera no Brasil.
O equinócio é um fenômeno astronômico onde o Sol atinge com maior intensidade as regiões próximas à linha do Equador. Nessa altura do ano, o dia tem a mesma duração no hemisfério Norte e no hemisfério Sul.
Fim da Primavera
O fim da primavera é marcado por outro evento astronômico: o solstício de Verão. Este é o período em que o hemisfério Sul está inclinado cerca de 23,5º na direção do Sol.
Aqui em Cuiabá, o colorido vem dos ipês rosa e branco, das bougainville, primavera, das "patas de vaca", flamboyants, chuva de ouro, etc.
O Início da Primavera 2019 acontece oficialmente às 04h50 do dia 23 de setembro de 2019.
A primavera é a estação que antecede o verão e sucede o inverno. No Hemisfério Sul, onde está localizado o Brasil, esta estação é caracterizada pelo desabrochar das flores, chuvas e pelo aquecimento da temperatura.
Nesta estação, o clima é mais ameno, ou seja, não tão quente quanto no verão, e nem muito frio como no inverno.
Essa época é muito apreciada por boa parte das pessoas, pois a natureza fica mais colorida com flores de variados tipos. Por conta disso, é um período conhecido também como "estação da flores".
Equinócio da Primavera
O equinócio da primavera marca o início da primavera no Brasil.
O equinócio é um fenômeno astronômico onde o Sol atinge com maior intensidade as regiões próximas à linha do Equador. Nessa altura do ano, o dia tem a mesma duração no hemisfério Norte e no hemisfério Sul.
Fim da Primavera
O fim da primavera é marcado por outro evento astronômico: o solstício de Verão. Este é o período em que o hemisfério Sul está inclinado cerca de 23,5º na direção do Sol.
Aqui em Cuiabá, o colorido vem dos ipês rosa e branco, das bougainville, primavera, das "patas de vaca", flamboyants, chuva de ouro, etc.
domingo, 22 de setembro de 2019
Ana Beatriz Brandão - Escritora Brasileira
O domingão amanheceu mais fresco, afinal choveuuuuuuuuuu. Mesmo não sendo uma chuva de horas, mas já deu para aliviar o ar de poeira, fumaça e o calor de 40º C dos últimos dias.
Domingo eu sempre aproveito para indicar livros, afinal me incomoda que na era da informação digital meus alunos não gostem de ler!. Se não aprecia o formato de papel, existe os digitais, o importante é estar informado sobre literatura, história, política, cultura....
Hoje, no Jornal A Gazeta/Zine veio uma reportagem sobre a escritora brasileira, 19 anos, Ana Beatriz Brandão. O mais interessante de ser uma escritora tão jovem é que ela é: Targaryen, potterhead, narniana, semideusa e tributo. Somente quem é leitor voraz como eu, sabe o significado dessas palavras. kkkkkkkkkk
A jovem autora escreveu "O garoto do Cachecol Vermelho" e, o spinoff, a"A Garota das Sapatilhas Brancas," sem perspectiva nenhuma do que viria a acontecer. A história que retrata o amor, o preconceito, a aceitação e superação, chamou a atenção da JCG Filmes, do diretor de cinema John Cristhian Gonçalves e ganhou famosos interpretando os papéis principais. O filme deve chegar aos cinemas no final do ano ou começo de 2020.
"Quando decidi ser escritora no Brasil descobri que não seria uma tarefa fácil. Lutamos diariamente com a desvantagem de “competir” com livros que vem de fora e já chegam consagrados e com público certo. Sem contar o preconceito contra a literatura nacional. Mas, após quatro anos nesse mercado, aprendi muita coisa, e não digo apenas em termos de carreira, aprendi como ser humano, principalmente quando escrevi o livro “O garoto do cachecol vermelho”."
Nós temos grandes escritores nacionais e precisamos aprender a valorizá-los, então que tal conhecê-los?
sábado, 21 de setembro de 2019
Dia Mundial da Limpeza
Hoje, é o dia da árvore, mas também é o Dia Mundial da Limpeza do Planeta. Hoje, cerca de 20,5 milhões de pessoas de 158 países, vão se reunir para participar do Mutirões de Limpeza.
O World Cleanup, ou Dia Mundial da Limpeza, começou em 2008 na Estônia, quando 50.000 pessoas se reuniram para limpar o país inteiro em apenas cinco horas.
O sucesso da limpeza da Estônia se espalhou pelo mundo e agora são mais de 158 países que organizam limpezas baseadas no mesmo modelo.
No Brasil o movimento começou em 2011, através do Instituto Limpa Brasil Let’s do It! e conta com a mobilização nacional por meio do Instituto e do Projeto Teoria Verde.
Em 2018, no Brasil, a ação conseguiu reuniu 363 cidades. Mais de 100 mil pessoas retiraram 2 mil toneladas de resíduos de praias, rios, praças, parques, avenidas, ruas e terrenos. A mobilização nacional ocorre pelo Instituto Limpa Brasil e Teoria Verde, e nesse ano, a ação pode ser considerada a maior já realizada no Brasil com mais de 1200 cidades confirmadas.
As ações programadas em Cuiabá, Várzea Grande e Pantanal já possuem mais de mil voluntários cadastrados e será a maior já realizada em simultâneo na região. É muito bom que essas ações aconteçam antes do início das chuvas, caso contrário termos alagamentos, muita sujeira nos rios como em todos os anos.
O World Cleanup, ou Dia Mundial da Limpeza, começou em 2008 na Estônia, quando 50.000 pessoas se reuniram para limpar o país inteiro em apenas cinco horas.
O sucesso da limpeza da Estônia se espalhou pelo mundo e agora são mais de 158 países que organizam limpezas baseadas no mesmo modelo.
No Brasil o movimento começou em 2011, através do Instituto Limpa Brasil Let’s do It! e conta com a mobilização nacional por meio do Instituto e do Projeto Teoria Verde.
Em 2018, no Brasil, a ação conseguiu reuniu 363 cidades. Mais de 100 mil pessoas retiraram 2 mil toneladas de resíduos de praias, rios, praças, parques, avenidas, ruas e terrenos. A mobilização nacional ocorre pelo Instituto Limpa Brasil e Teoria Verde, e nesse ano, a ação pode ser considerada a maior já realizada no Brasil com mais de 1200 cidades confirmadas.
As ações programadas em Cuiabá, Várzea Grande e Pantanal já possuem mais de mil voluntários cadastrados e será a maior já realizada em simultâneo na região. É muito bom que essas ações aconteçam antes do início das chuvas, caso contrário termos alagamentos, muita sujeira nos rios como em todos os anos.
quarta-feira, 18 de setembro de 2019
Curiosidades sobre as Guerreiras Amazonas
Estudar a Grécia Antiga é sempre fabuloso. As Mitologias utilizadas pelas Civilizações Antigas, para explicar o mundo ao seu redor é maravilhosa, tanto que acho difícil escolher qual a "história" mais brilhante. A Grécia, exceto Esparta, não dava muita importância para as mulheres, apenas o necessário: parir, cuidar da casa e dos escravos. Entretanto, as guerreiras amazonas não se enquadravam na sociedade de Atenas e de outras cidades-estado.
As Amazonas na mitologia grega eram integrantes de uma antiga nação de mulheres guerreiras, independentes, corajosas e lutavam contra os homens quando estes a tentavam submetê-las perante suas vontades.
A Mulher Maravilha é representada como uma princesa amazona e uma guerreira bastante habilidosa. Quem conhece as suas HQs, sabe perfeitamente do que estou falando. E para quem não conhece, recomendo ler sobre a Mitologia grega e vai entender o filme que fez da militar israelense Gal Gadot, um ícone da cultura pop do séc. XXI.
"As Amazonas retiravam o próprio seio.
De acordo com a mitologia, as Amazonas mutilavam o seio direito para um melhor manuseio do arco e flecha e outras armas. Isso significava que elas deixavam sua feminilidade de lado para poder lutar e fortalecer a deusa Ártemis de Éfeso. Esta arte representava Ártemis coberta com um manto cheio de seios, símbolo este que mostra o sacrifício dos seios (ou da “imagem feminina) das Amazonas.
2. Cinturão de Hipólita
Hipólita recebeu de seu pai, Ares, um cinturão mágico com símbolo de seu poder e autoridade sobre as Amazonas (lembram do episódio da série animada da Liga da Justiça em que Hipólita libera o poder da armadura de Diana e toca diretamente no cinturão dela?). Héracles (ou Hércules) tinha a missão de obter este cinturão e entregar para Admeta, uma sacerdotisa de Hera. Com isso eclodiu uma batalha entre as Amazonas contra o exército de Héracles. Essa batalha foi mostrada na HQ “Lendas do Universo DC: Mulher – Maravilha Vol.1”. (Leia esta HQ, é muito boa!).
3. “O” maior herói da Grécia não é um homem e sim uma Amazona.
Escavações arqueológicas confirmaram a existência de fósseis de mulheres armadas para a guerra nas planícies junto do Mar Negro. Em 1996 foram encontrados 150 tumbas do século 5º a.C no sudeste da Rússia. Havia guerreiras enterradas com armamento militar. Na Turquia a mesma coisa mas com a primeira identificação anatômica e a partir foi mostrado que “o” maior herói da Grécia é uma rainha amazona que venceu o Império Islâmico.
4. Inspiradas por “guerreiras reais”
“Sempre que as amazonas eram situadas geograficamente pelos gregos, fosse em algum ponto do mar Negro, no distante a nordeste, ou na Líbia, no mais longínquo sul, eles sempre as colocavam além dos confins do mundo civilizado. As amazonas existiam fora do alcance da experiência humana normal.” ( Peter Walcot)
E segundo teorias, há um possível fundo histórico na mitologia das amazonas. A especulação do mito das amazonas tem (ou tinha) sido embasadas em descobertas arqueológicas apontam que algumas mulheres participavam de combates ao lado dos homens. Essa descoberta levou alguns estudiosos a crer que a lenda das amazonas possa ter sido inspirada em “guerreiras reais”, porém esta opinião é bem pequena entre os historiadores (acho que da pra entender o porque não é?)
5. Ginocracia
Existiam tribos com soldados homens e mulheres. Eram chamados, antigamente, de Ginocracia (sociedade comandada por mulheres). Lá inventaram diversas armas como um machado de guerra, armas com 2 gumes iguais que era usado por homens e mulheres e representava a igualdade. Segundo o historiador grego Heródoto (485 – 420 a.C.) a região era descrita como “inóspita, intimidadora, sempre á sombra das montanhas e com o céu coberto de neblina; um lugar onde só os extremamente fortes sobrevivem; uma terra de trevas e noite eterna.” (Eita!)"
As Amazonas na mitologia grega eram integrantes de uma antiga nação de mulheres guerreiras, independentes, corajosas e lutavam contra os homens quando estes a tentavam submetê-las perante suas vontades.
A Mulher Maravilha é representada como uma princesa amazona e uma guerreira bastante habilidosa. Quem conhece as suas HQs, sabe perfeitamente do que estou falando. E para quem não conhece, recomendo ler sobre a Mitologia grega e vai entender o filme que fez da militar israelense Gal Gadot, um ícone da cultura pop do séc. XXI.
"As Amazonas retiravam o próprio seio.
De acordo com a mitologia, as Amazonas mutilavam o seio direito para um melhor manuseio do arco e flecha e outras armas. Isso significava que elas deixavam sua feminilidade de lado para poder lutar e fortalecer a deusa Ártemis de Éfeso. Esta arte representava Ártemis coberta com um manto cheio de seios, símbolo este que mostra o sacrifício dos seios (ou da “imagem feminina) das Amazonas.
2. Cinturão de Hipólita
Hipólita recebeu de seu pai, Ares, um cinturão mágico com símbolo de seu poder e autoridade sobre as Amazonas (lembram do episódio da série animada da Liga da Justiça em que Hipólita libera o poder da armadura de Diana e toca diretamente no cinturão dela?). Héracles (ou Hércules) tinha a missão de obter este cinturão e entregar para Admeta, uma sacerdotisa de Hera. Com isso eclodiu uma batalha entre as Amazonas contra o exército de Héracles. Essa batalha foi mostrada na HQ “Lendas do Universo DC: Mulher – Maravilha Vol.1”. (Leia esta HQ, é muito boa!).
3. “O” maior herói da Grécia não é um homem e sim uma Amazona.
Escavações arqueológicas confirmaram a existência de fósseis de mulheres armadas para a guerra nas planícies junto do Mar Negro. Em 1996 foram encontrados 150 tumbas do século 5º a.C no sudeste da Rússia. Havia guerreiras enterradas com armamento militar. Na Turquia a mesma coisa mas com a primeira identificação anatômica e a partir foi mostrado que “o” maior herói da Grécia é uma rainha amazona que venceu o Império Islâmico.
4. Inspiradas por “guerreiras reais”
“Sempre que as amazonas eram situadas geograficamente pelos gregos, fosse em algum ponto do mar Negro, no distante a nordeste, ou na Líbia, no mais longínquo sul, eles sempre as colocavam além dos confins do mundo civilizado. As amazonas existiam fora do alcance da experiência humana normal.” ( Peter Walcot)
E segundo teorias, há um possível fundo histórico na mitologia das amazonas. A especulação do mito das amazonas tem (ou tinha) sido embasadas em descobertas arqueológicas apontam que algumas mulheres participavam de combates ao lado dos homens. Essa descoberta levou alguns estudiosos a crer que a lenda das amazonas possa ter sido inspirada em “guerreiras reais”, porém esta opinião é bem pequena entre os historiadores (acho que da pra entender o porque não é?)
5. Ginocracia
Existiam tribos com soldados homens e mulheres. Eram chamados, antigamente, de Ginocracia (sociedade comandada por mulheres). Lá inventaram diversas armas como um machado de guerra, armas com 2 gumes iguais que era usado por homens e mulheres e representava a igualdade. Segundo o historiador grego Heródoto (485 – 420 a.C.) a região era descrita como “inóspita, intimidadora, sempre á sombra das montanhas e com o céu coberto de neblina; um lugar onde só os extremamente fortes sobrevivem; uma terra de trevas e noite eterna.” (Eita!)"
terça-feira, 17 de setembro de 2019
A Ignorância e o Obscurantismo no Brasil do Séc. XXI
Está difícil viver no Brasil do séc. XXI, eu sempre acreditei que quando chegasse em 2020, a inteligência teria vencido a ignorância, mas não é que acontece.! Parece que a "Idade das Trevas", o Brasil foi ocupado na Idade Moderna, veio com tudo e pelo jeito vai ficar ainda por um bom tempo.
Como diz a revista Veja "ataques à democracia, recolhimento de livros, campanhas antivacinação, fake news e teorias da conspiração que questionam até a forma arredondada da Terra." Em algumas semanas irei trabalhar com meus alunos sobre a Idade Média também conhecida como Idade das Trevas, entretanto, acho que irei falar do Brasil atual! Uma vez que todos os elementos estão presentes em nossa Nação, sem contar a intolerância religiosa que retornou com força total nos últimos anos.
Por que essas barbaridades vê ganhando terreno e apoio popular numa era de tanta informação? A própria revista nos dá a resposta " o avanço do obscurantismo deve-se a uma combinação entre o crescimento do conservadorismo, basicamente apoiado nas crenças evangélicas, uma nostalgia difusa de um suposto passado glorioso e a internet, ferramenta fundamental na propagação dessas ideias"
"Uma pessoa pode ser “obscura” por falta de condições. Pode não ter tido acesso à educação, à cultura, à “luz”, enfim. Os obscurantistas são ignorantes que louvam a ignorância. E ameaçadores – por enquanto: se puderem vão chegar logo às vias de fato para eliminar a não ignorância, impor sua ignorância.
E isso não está associado simplesmente à escolaridade. Há analfabetos não obscuros e gente metida a estudada e moderna que, esses sim, são, mais que obscuros, obscurantistas. Têm condições de deixar de ser, mas não deixam, nem querem. Se apegam à sua ignorância como sendo a única verdade. E falam como sendo eles as “pessoas de bem”.
Mais uma coisa: Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista, dizia que uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade. No Brasil, os obscurantistas da propaganda fazem isso direto sem muito esforço: mentem descaradamente e seus seguidores, obscurantistas menores, tratam como verdades absolutas e reproduzem aos milhares nas “mídias sociais” e tornam-se verdades raivosas."
Eu irei citar algumas frases que considero adequadas a esse pessoal. Vamos a elas.
"Alice Walker: “Não pode ser meu amigo quem exige meu silêncio”
Shakespeare: A sabedoria e a ignorância se transmitem como as doenças, daí a necessidade de se saber escolher as companhias”.
Goethe: “Nada mais assustador que a ignorância em ação”.
Karl Popper: “Não é possível discutir racionalmente com alguém que prefere matar-nos a ser convencido pelos nossos argumentos”.
Nicolas Boileau: “Um idiota sempre encontra um idiota ainda maior para admirá-lo”.
Clarice Lispector: “Os ignorantes são mais felizes”.
Bertrand Russell: “Poucas pessoas podem ser felizes a menos que odeiem alguma pessoa, nação ou crença”.
Confúcio: “Somente os extremamente sábios e os extremamente estúpidos é que não mudam”.
Mahtama Ghandi: “Olho por olho, e o mundo acabará cego”.
Provérbio português: “O ignorante é pouco tolerante”.
Provérbio judaico: “O ignorante não pode ser piedoso”.
Oscar Wilde: “Os loucos às vezes se curam, os imbecis nunca”.
Giordano Bruno: “Ignorância e arrogância são duas irmãs inseparáveis, com um só corpo e alma”.
Cícero: “A ignorância é a enfermidade do gênero humano”.
Como diz a revista Veja "ataques à democracia, recolhimento de livros, campanhas antivacinação, fake news e teorias da conspiração que questionam até a forma arredondada da Terra." Em algumas semanas irei trabalhar com meus alunos sobre a Idade Média também conhecida como Idade das Trevas, entretanto, acho que irei falar do Brasil atual! Uma vez que todos os elementos estão presentes em nossa Nação, sem contar a intolerância religiosa que retornou com força total nos últimos anos.
Por que essas barbaridades vê ganhando terreno e apoio popular numa era de tanta informação? A própria revista nos dá a resposta " o avanço do obscurantismo deve-se a uma combinação entre o crescimento do conservadorismo, basicamente apoiado nas crenças evangélicas, uma nostalgia difusa de um suposto passado glorioso e a internet, ferramenta fundamental na propagação dessas ideias"
"Uma pessoa pode ser “obscura” por falta de condições. Pode não ter tido acesso à educação, à cultura, à “luz”, enfim. Os obscurantistas são ignorantes que louvam a ignorância. E ameaçadores – por enquanto: se puderem vão chegar logo às vias de fato para eliminar a não ignorância, impor sua ignorância.
E isso não está associado simplesmente à escolaridade. Há analfabetos não obscuros e gente metida a estudada e moderna que, esses sim, são, mais que obscuros, obscurantistas. Têm condições de deixar de ser, mas não deixam, nem querem. Se apegam à sua ignorância como sendo a única verdade. E falam como sendo eles as “pessoas de bem”.
Mais uma coisa: Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista, dizia que uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade. No Brasil, os obscurantistas da propaganda fazem isso direto sem muito esforço: mentem descaradamente e seus seguidores, obscurantistas menores, tratam como verdades absolutas e reproduzem aos milhares nas “mídias sociais” e tornam-se verdades raivosas."
Eu irei citar algumas frases que considero adequadas a esse pessoal. Vamos a elas.
"Alice Walker: “Não pode ser meu amigo quem exige meu silêncio”
Shakespeare: A sabedoria e a ignorância se transmitem como as doenças, daí a necessidade de se saber escolher as companhias”.
Goethe: “Nada mais assustador que a ignorância em ação”.
Karl Popper: “Não é possível discutir racionalmente com alguém que prefere matar-nos a ser convencido pelos nossos argumentos”.
Nicolas Boileau: “Um idiota sempre encontra um idiota ainda maior para admirá-lo”.
Clarice Lispector: “Os ignorantes são mais felizes”.
Bertrand Russell: “Poucas pessoas podem ser felizes a menos que odeiem alguma pessoa, nação ou crença”.
Confúcio: “Somente os extremamente sábios e os extremamente estúpidos é que não mudam”.
Mahtama Ghandi: “Olho por olho, e o mundo acabará cego”.
Provérbio português: “O ignorante é pouco tolerante”.
Provérbio judaico: “O ignorante não pode ser piedoso”.
Oscar Wilde: “Os loucos às vezes se curam, os imbecis nunca”.
Giordano Bruno: “Ignorância e arrogância são duas irmãs inseparáveis, com um só corpo e alma”.
Cícero: “A ignorância é a enfermidade do gênero humano”.
segunda-feira, 16 de setembro de 2019
Descoberta uma cidade de 10 mil anos em Jerusalém
Estudar a História Antiga é sempre fascinante e a arqueologia descobriu mais um assentamento da Idade da Pedra em Jerusalém. Alguns podem achar que não é interessante essas escavações, entretanto, saber como era o cotidiano desses povos é importante para compor a História da Humanidade.
"Pesquisadores descobriram, perto de Jerusalém, um assentamento de mais de 10 mil anos, que data da Idade da Pedra e foi ativo antes do Stonehenge e das pirâmides do Egito. O local, que serviu como zona de troca e comércio para seus habitantes, fica a 5 quilômetros da capital de Israel e é uma das maiores descobertas do tipo no país.
“É a maior escavação desse período no Oriente Médio, o que permitirá que a pesquisa avance além do que temos hoje, somente pelo material que somos capazes de salvar e preservar nesse sítio arqueológico”, afirmou Lauren Davis, arqueóloga que está conduzindo a escavação, à Reuters.
Quando o assentamento se formou, era relativamente pequeno, ocupando apenas cerca de um acre (4046,86 metros quadrados), mas depois foi se expandindo por 1,5 mil anos, chegando a marca de 100 acres. Um centro urbano também surgiu com edifícios para rituais.
“É uma peça que muda o jogo, um sítio arqueológico que irá drasticamente alterar o que sabemos sobre o neolítico”, contou Jacob Vardi, um dos pesquisadores, ao jornal local The Times of Israel.
Os arqueólogos encontraram artefatos como braceletes e medalhões que evidenciam os costumes exóticos dos antigos habitantes. Muitos objetos feitos de um tipo desconhecido de pedra foram encontrados em tumbas, assim como itens de rochas vulcânicas da Ásia Menor e conchas do Mar Mediterrâneo. “Esses presentes testemunham o que estava já ocorrendo na antiguidade e mostra que os residentes já tinham relações de troca com locais”, afirmaram os pesquisadores.
As escavações ainda revelaram partes de flechas e materiais de caça como machados e tipos de lanças. Os especialistas acreditam que algumas ferramentas eram usadas para a agricultura – no local eram plantados trigo, feijão e cevada. Além disso, eram criados porcos, vacas e cabras. No entanto, a população nem sempre foi especializada em atividades de fazenda e antes de se tornar sedentária, a comunidade era composta de caçadores habilidosos."(revistagalileu)
"Pesquisadores descobriram, perto de Jerusalém, um assentamento de mais de 10 mil anos, que data da Idade da Pedra e foi ativo antes do Stonehenge e das pirâmides do Egito. O local, que serviu como zona de troca e comércio para seus habitantes, fica a 5 quilômetros da capital de Israel e é uma das maiores descobertas do tipo no país.
“É a maior escavação desse período no Oriente Médio, o que permitirá que a pesquisa avance além do que temos hoje, somente pelo material que somos capazes de salvar e preservar nesse sítio arqueológico”, afirmou Lauren Davis, arqueóloga que está conduzindo a escavação, à Reuters.
Quando o assentamento se formou, era relativamente pequeno, ocupando apenas cerca de um acre (4046,86 metros quadrados), mas depois foi se expandindo por 1,5 mil anos, chegando a marca de 100 acres. Um centro urbano também surgiu com edifícios para rituais.
“É uma peça que muda o jogo, um sítio arqueológico que irá drasticamente alterar o que sabemos sobre o neolítico”, contou Jacob Vardi, um dos pesquisadores, ao jornal local The Times of Israel.
Os arqueólogos encontraram artefatos como braceletes e medalhões que evidenciam os costumes exóticos dos antigos habitantes. Muitos objetos feitos de um tipo desconhecido de pedra foram encontrados em tumbas, assim como itens de rochas vulcânicas da Ásia Menor e conchas do Mar Mediterrâneo. “Esses presentes testemunham o que estava já ocorrendo na antiguidade e mostra que os residentes já tinham relações de troca com locais”, afirmaram os pesquisadores.
As escavações ainda revelaram partes de flechas e materiais de caça como machados e tipos de lanças. Os especialistas acreditam que algumas ferramentas eram usadas para a agricultura – no local eram plantados trigo, feijão e cevada. Além disso, eram criados porcos, vacas e cabras. No entanto, a população nem sempre foi especializada em atividades de fazenda e antes de se tornar sedentária, a comunidade era composta de caçadores habilidosos."(revistagalileu)
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