Hoje em dia as festas natalinas estão ligadas ao consumo, comida farta, bebidas e só.
O aniversariante do dia, JESUS, pouco é lembrado, somente os muito religiosos é que sabem o verdadeiro significado da data ou seja, a importância da Vinda Dele ao Mundo.
Quando éramos crianças nunca tivemos brinquedos caros e nem mesa tão farta.Afinal, nosso pai era motorista de taxi e a mãe costureira; meu sonho era ganhar uma boneca Susie.
Também não ficávamos acordados até tarde, pois Papai Noel não vinha enquanto as crianças estavam acordadas. Como não tínhamos chaminé ele deveria entrar pela porta mesmo.
Os presentes, quando ganhávamos, eram simples: boneca de plástico sem cabelos, panelinhas e os garotos bola de futebol também de plástico.
Em nossa casa não havia enfeites, árvores de natal ou aquela mesa linda das revistas.Mas, a ceia, muito simples, a gente agradecia por tê-la. Mãe fazia um Pai Nosso agradecendo pela comida.Não tinha bebida a não ser água.
A "missa do galo" não assistíamos porque era meia-noite e já estávamos dormindo; sem esquecer que o Cemitério da Piedade ficava ali pertinho e se as almas saíam meio-dia que diria meia-noite!.
Eu me lembro que era costume no dia 23 de dezembro as pessoas sairem para comprar os presentes. As lojas ficavam abertas até 23:00 horas e todos aproveitavam para ir fazer compras. Não havia perigo nas ruas, pois os bandidos deveriam ser poucos.
No dia 24 de dezembro era tempo de visitar os parentes e os amigos antes da ceia. E toda casa que a gente visitava era servido um doce chamado pavê. Era uma sobremessa natalina cara, uma vez que levava leite condensado e bolacha champagne muito caro para o bolso das famílias pobres.
Na casa de minha avó a ceia era farta e tinha maça, uva, romã, sucos e doces para sobremessa. Não tinha peru, mas frango e carne tinha bastante, bem como outras guloseimas natalinas.
Teve um ano em que a madrinha, minha avó era minha madrinha, passou mal e foi internada e a comida ficou lá na mesa enquanto todos ficavam rezando e chorando. À noite de natal literalmente acabou e a partir dessa data nossa ceia sempre acontece antes das 22:00 horas.
Desde que nossos três sobrinhos moram conosco, há 23 anos, em nossa ceia o prato principal é o peru; nossa casa fica enfeitada, mas não montamos árvore de natal e nem presépio. E não existe troca de presentes, pois o aniversariante do dia não deseja presentes e sim boas ações.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Prece Natalina
"Que neste Natal,
eu possa lembrar dos que vivem em guerra,
e fazer por eles uma prece de paz.
Que eu possa lembrar dos que odeiam,
e fazer por eles uma prece de amor.
Que eu possa perdoar a todos que me magoaram,
e fazer por eles uma prece de perdão.
Que eu lembre dos desesperados,
e faça por eles uma prece de esperança.
Que eu esqueça as tristezas do ano que termina,
e faça uma prece de alegria.
Que eu possa acreditar que o mundo ainda pode ser melhor,
e faça por ele uma prece de fé.
Obrigada Senhor
Por ter alimento,
quando tantos passam o ano com fome.
Por ter saúde,
quando tantos sofrem neste momento.
Por ter um lar,
quando tantos dormem nas ruas.
Por ser feliz,
quando tantos choram na solidão.
Por ter amor,
quantos tantos vivem no ódio.
Pela minha paz,
quando tantos vivem o horror da guerra."
desconhecido
eu possa lembrar dos que vivem em guerra,
e fazer por eles uma prece de paz.
Que eu possa lembrar dos que odeiam,
e fazer por eles uma prece de amor.
Que eu possa perdoar a todos que me magoaram,
e fazer por eles uma prece de perdão.
Que eu lembre dos desesperados,
e faça por eles uma prece de esperança.
Que eu esqueça as tristezas do ano que termina,
e faça uma prece de alegria.
Que eu possa acreditar que o mundo ainda pode ser melhor,
e faça por ele uma prece de fé.
Obrigada Senhor
Por ter alimento,
quando tantos passam o ano com fome.
Por ter saúde,
quando tantos sofrem neste momento.
Por ter um lar,
quando tantos dormem nas ruas.
Por ser feliz,
quando tantos choram na solidão.
Por ter amor,
quantos tantos vivem no ódio.
Pela minha paz,
quando tantos vivem o horror da guerra."
sábado, 22 de dezembro de 2012
Rua Cândido Mariano
Todas as ruas de Cuiabá possuem histórias interessantes e a Rua Cândido Mariano não é diferente.
Segundo Rubens de Mendonça houve um período em que ela foi chamada "de Rua da Boa Morte, referente a Igreja do mesmo nome; depois rua Cel. Antonio Paes de Barros e finalmente quando o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, em 1915, foi recebido festivamente em Cuiabá, por haver concluído os trabalhos de construção da rede telegráfica de Mato Grosso, fez sua entrada triunfal pela rua Cel. Antonio Paes de Barros, daí a razão de haver dado o seu nome a essa rua."
O historiador fala que entre a Praça General Mallet e a rua da Boa Morte a primeira casa a esquerda de quem desce, foi construída pelo jornalista Alcebíades Calhao (Tico Calhao). O sobrado misterioso e sombrio era uma chácara com um quintal todo plantado de árvores frutíferas e algumas flores.
Eu já escrevi que os mais velhos diziam que ele era assombrado e nós não andávamos naquela calçada quando íamos para o Colégio Estadual.. E deve ser verdade, pois as pessoas não ficam lá muito tempo. Agora está funcionando uma parte do SESI e mesmo pintado e reformado ainda mantém o ar de mistério!
Também nessa rua ficava a sede do Mixto Esporte Clube, fundado em 17 de maio de 1934 pela D. Zulmira de Andrade Canavarros. O hino do Clube foi composto por ela, que também estimulava os atletas, arregimentando imensas torcidas que vibravam com a atuação do Clube.
Hoje no local onde ficava a sede do Mixto funciona o CDL e pouca gente deve saber disso. Os jogadores frequentavam a casa de minha avó e quando eles chegavam faziam uma farra tremenda.
Na rua Càndido Mariano moravam também as famílias tradicionais cuiabana; eram políticos, comerciantes, artistas, médicos, contadores, dentistas, professoras. etc.
A minha avó morava lá: primeiro num casarão de esquina com rua Comandante Costa e depois num outro cujo fundo dava na Receita Federal. Minha avó adorava rosas e uma parte do enorme quintal era dedicado à elas.
Ao lado da casa dela morava um jovem médico e ele nunca cmprimentava ninguém. Minha avó então o apelidou de Dr. Barão e até hoje não sei o verdadeiro nome dele.
Eu tenho boas e tristes lembranças da rua Cãndido Mariano, mas nada como o armazém Bom Gosto de Doca alemão. No bulixo, como diz o cuiabano, de Doca a gente encontrava de tudo: de fumo de rolo a linguiça na bacia; agulha, banha de porco, pão que ele embrulhava no papel pardo; doces de amendoim, etc. De manhã cedo ele lavava a calçada com creolina e depois acendia um incenso contra "olho grande".
Ainda é possível encontrar as tradicionais cadeiras de balanço de uma família também tradicional, que se reúne para conversar no final da tarde.Quando era criança cheguei de ver o historiador Rubens de Mendonça diversas vezes trocando idéias com os respeitosos senhores. Só nunca vi nenhuma mulher entre eles.
Atualmente a rua Cândido Mariano é conhecida como a "rua das óticas" e infelizmente depois do entardecer é perigoso andar por lá.
Segundo Rubens de Mendonça houve um período em que ela foi chamada "de Rua da Boa Morte, referente a Igreja do mesmo nome; depois rua Cel. Antonio Paes de Barros e finalmente quando o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, em 1915, foi recebido festivamente em Cuiabá, por haver concluído os trabalhos de construção da rede telegráfica de Mato Grosso, fez sua entrada triunfal pela rua Cel. Antonio Paes de Barros, daí a razão de haver dado o seu nome a essa rua."
O historiador fala que entre a Praça General Mallet e a rua da Boa Morte a primeira casa a esquerda de quem desce, foi construída pelo jornalista Alcebíades Calhao (Tico Calhao). O sobrado misterioso e sombrio era uma chácara com um quintal todo plantado de árvores frutíferas e algumas flores.
Eu já escrevi que os mais velhos diziam que ele era assombrado e nós não andávamos naquela calçada quando íamos para o Colégio Estadual.. E deve ser verdade, pois as pessoas não ficam lá muito tempo. Agora está funcionando uma parte do SESI e mesmo pintado e reformado ainda mantém o ar de mistério!
Também nessa rua ficava a sede do Mixto Esporte Clube, fundado em 17 de maio de 1934 pela D. Zulmira de Andrade Canavarros. O hino do Clube foi composto por ela, que também estimulava os atletas, arregimentando imensas torcidas que vibravam com a atuação do Clube.
Hoje no local onde ficava a sede do Mixto funciona o CDL e pouca gente deve saber disso. Os jogadores frequentavam a casa de minha avó e quando eles chegavam faziam uma farra tremenda.
Na rua Càndido Mariano moravam também as famílias tradicionais cuiabana; eram políticos, comerciantes, artistas, médicos, contadores, dentistas, professoras. etc.
A minha avó morava lá: primeiro num casarão de esquina com rua Comandante Costa e depois num outro cujo fundo dava na Receita Federal. Minha avó adorava rosas e uma parte do enorme quintal era dedicado à elas.
Ao lado da casa dela morava um jovem médico e ele nunca cmprimentava ninguém. Minha avó então o apelidou de Dr. Barão e até hoje não sei o verdadeiro nome dele.
Eu tenho boas e tristes lembranças da rua Cãndido Mariano, mas nada como o armazém Bom Gosto de Doca alemão. No bulixo, como diz o cuiabano, de Doca a gente encontrava de tudo: de fumo de rolo a linguiça na bacia; agulha, banha de porco, pão que ele embrulhava no papel pardo; doces de amendoim, etc. De manhã cedo ele lavava a calçada com creolina e depois acendia um incenso contra "olho grande".
Ainda é possível encontrar as tradicionais cadeiras de balanço de uma família também tradicional, que se reúne para conversar no final da tarde.Quando era criança cheguei de ver o historiador Rubens de Mendonça diversas vezes trocando idéias com os respeitosos senhores. Só nunca vi nenhuma mulher entre eles.
Atualmente a rua Cândido Mariano é conhecida como a "rua das óticas" e infelizmente depois do entardecer é perigoso andar por lá.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Pavor de Tempestades
Eu não me lembro de sentir medo de relâmpagos e trovões quando era criança. Mas, na adolêscencia e juventude o medo virou pavor. Até hoje eu não durmo enquanto a chuva não passa.
Minha mãe também tem esse medo e ela costuma dizer que quando era jovem, um raio "caiu" numa caixa de pólvora e ela e as irmãs desmairam com a explosão. Talvez meu medo seja herdado do dela não sei.
Quando a chuva vinha com muitos relâmpagos eu costumava acordar minha irmã Cleide Néli, nós dormíamos no mesmo quarto, e dizer que estava com medo, ela dizia "vai dormir o raio não vai entrar aqui".Ela voltava a dormir e eu ficava acordada suando e tremendo embaixo do lençol.
Às vezes chorava e rezava sem parar até meu pai aparecer na porta do quarto e dizer "menina, você está com medo?" Eu respondia que sim e ele dizia" vem para nosso quarto, sua mãe também está acordada". Logicamente que eu não ía, mas gostava de saber que meu pai estava preocupado comigo.
Uma vez em Juina, eu vivenciei a pior tempestade de minha vida : ventos que assoviavam, raios, trovões e água caindo como se fosse um dilúvio. Também fomos pegas em plena avenida da Prainha e até em Goiania enfrentamos um tempo ruim. E eu chorei e rezei sem parar.
Há alguns anos uma tempestade provocou estragos e mortes pela cidade e não houve um relâmpago sequer. Uma chuva calma e perigosa! Também fico atenta para "tempestades" estranhas demais.
Os cuiabanos marcavam a estação das águas pelas chuvas que caiam em agosto. Era a "chuva do caju". O cheiro de terra molhada, a grama verde e os cajueiros começando a florescer. Os relâmpagos davam medo sim, mas a beleza da natureza superava tudo.
Com a chegada do verão as chuvas se intensificam e meu pavor retorna, mas somente se houver relâmpagos.
Minha mãe também tem esse medo e ela costuma dizer que quando era jovem, um raio "caiu" numa caixa de pólvora e ela e as irmãs desmairam com a explosão. Talvez meu medo seja herdado do dela não sei.
Quando a chuva vinha com muitos relâmpagos eu costumava acordar minha irmã Cleide Néli, nós dormíamos no mesmo quarto, e dizer que estava com medo, ela dizia "vai dormir o raio não vai entrar aqui".Ela voltava a dormir e eu ficava acordada suando e tremendo embaixo do lençol.
Às vezes chorava e rezava sem parar até meu pai aparecer na porta do quarto e dizer "menina, você está com medo?" Eu respondia que sim e ele dizia" vem para nosso quarto, sua mãe também está acordada". Logicamente que eu não ía, mas gostava de saber que meu pai estava preocupado comigo.
Uma vez em Juina, eu vivenciei a pior tempestade de minha vida : ventos que assoviavam, raios, trovões e água caindo como se fosse um dilúvio. Também fomos pegas em plena avenida da Prainha e até em Goiania enfrentamos um tempo ruim. E eu chorei e rezei sem parar.
Há alguns anos uma tempestade provocou estragos e mortes pela cidade e não houve um relâmpago sequer. Uma chuva calma e perigosa! Também fico atenta para "tempestades" estranhas demais.
Os cuiabanos marcavam a estação das águas pelas chuvas que caiam em agosto. Era a "chuva do caju". O cheiro de terra molhada, a grama verde e os cajueiros começando a florescer. Os relâmpagos davam medo sim, mas a beleza da natureza superava tudo.
Com a chegada do verão as chuvas se intensificam e meu pavor retorna, mas somente se houver relâmpagos.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Histórias sobre o Cemitério da Piedade
Na rua Batista das Neves, além das casas de adobe e telhas de barro, mansão como a da família Vieira,na esquina da rua Campo Grande com a Batista das Neves, hoje abandonada, casarões em todos os estilos, ainda está no mesmo lugar o Cemitério da Piedade.
Como já disse anteriormente, era costume ficarmos ouvindo as histórias ao anoitecer na porta da casa de nossa vizinha. Eu nunca entendi porque as histórias de terror sempre eram contadas de noite, talvez o fato do Cemitério estar tão perto provocasse o medo em todos nós.
O Cemitério da Piedade é considerado patrimônio cultural representado pela sua Fachada Principal com duas colunas da cada lado do portão, de estilo eclético: o portão de ferro da época e o frontispício retratando traços neoclássicos.
O primeiro Cemitério Público da Província de Mato Grosso, construído por volta de 1875, remonta sua história, no contexto das transformações surgidas nas cidades modernas, no decorrer do século XIX. Exige-se que as cidades adotem os princípios das mudanças.Naquela época envolvia também, as mudanças dos hábitos para proporcionar a higienização das cidades e a estruturação do espaço urbano.
Assim nasceu os cemitérios, com recomendações que deveriam ser cercados de muros com grades na altura de 10 palmos e um portão e que constassem de uma capela.
As historias de assombrações eram inúmeras e os pais também faziam as crianças acreditar em sua existência. Mãe costumava dizer que ao meio-dia as almas saiam do Cemitério e pegavam as crianças que estavam acordadas. Nós acabávamos de almoçar e íamos dormir para não sermos pegos.
Certa vez num domingo à tarde, fomos passeando até o Cemitério. Enquanto o pai e a mãe conversavam nós fomos olhar através do portão. E para nossa surpresa, lá dentro havia um homem! Nós começavamos a falar todos ao mesmo tempo e os dois disseram que não havia ninguém lá. A mãe disse:" o cemitério está fechado e não tem como alguém estar lá dentro".Como nós cinco vimos, não poderia ser mentira. Aí surgiu mais um motivo para ter medo daquele lugar.
Uma outra passagem interessante aconteceu com a irmã de uma menina, que morava num casarão em frente da praça, esse casarão ainda está lá e ele realmente dá medo só de olhar, e foi o seguinte : a irmã dela dormia num dos quartos da frente e numa noite ela acordou com alguém segurando sua mão. Não seria tão assustador se a mão fosse normal, mas a mão era peluda e ela deu um grito apavorante. Quando o pai dela saiu para fora não encontrou ninguém. E o fato virou mais uma história de terror da praça da Boa Morte.
Até quando ministrei aulas na UFMT ouvi histórias de assombrações que rondam o entorno do Cemitério da Piedade, Avenida Mato Grosso, Bairro Aráes, etc.
Já não existem exímios contadores de histórias de terror, acredito que " ao acender a luz elétríca o medo de assombrações acabou". Eu já não tenho medo, pois o Espiritismo me trouxe respostas sobre a vida após a morte, entretanto, ainda sinto arrepio quando frequento certos lugares em Cuiabá.
Como já disse anteriormente, era costume ficarmos ouvindo as histórias ao anoitecer na porta da casa de nossa vizinha. Eu nunca entendi porque as histórias de terror sempre eram contadas de noite, talvez o fato do Cemitério estar tão perto provocasse o medo em todos nós.
O Cemitério da Piedade é considerado patrimônio cultural representado pela sua Fachada Principal com duas colunas da cada lado do portão, de estilo eclético: o portão de ferro da época e o frontispício retratando traços neoclássicos.
O primeiro Cemitério Público da Província de Mato Grosso, construído por volta de 1875, remonta sua história, no contexto das transformações surgidas nas cidades modernas, no decorrer do século XIX. Exige-se que as cidades adotem os princípios das mudanças.Naquela época envolvia também, as mudanças dos hábitos para proporcionar a higienização das cidades e a estruturação do espaço urbano.
Assim nasceu os cemitérios, com recomendações que deveriam ser cercados de muros com grades na altura de 10 palmos e um portão e que constassem de uma capela.
As historias de assombrações eram inúmeras e os pais também faziam as crianças acreditar em sua existência. Mãe costumava dizer que ao meio-dia as almas saiam do Cemitério e pegavam as crianças que estavam acordadas. Nós acabávamos de almoçar e íamos dormir para não sermos pegos.
Certa vez num domingo à tarde, fomos passeando até o Cemitério. Enquanto o pai e a mãe conversavam nós fomos olhar através do portão. E para nossa surpresa, lá dentro havia um homem! Nós começavamos a falar todos ao mesmo tempo e os dois disseram que não havia ninguém lá. A mãe disse:" o cemitério está fechado e não tem como alguém estar lá dentro".Como nós cinco vimos, não poderia ser mentira. Aí surgiu mais um motivo para ter medo daquele lugar.
Uma outra passagem interessante aconteceu com a irmã de uma menina, que morava num casarão em frente da praça, esse casarão ainda está lá e ele realmente dá medo só de olhar, e foi o seguinte : a irmã dela dormia num dos quartos da frente e numa noite ela acordou com alguém segurando sua mão. Não seria tão assustador se a mão fosse normal, mas a mão era peluda e ela deu um grito apavorante. Quando o pai dela saiu para fora não encontrou ninguém. E o fato virou mais uma história de terror da praça da Boa Morte.
Até quando ministrei aulas na UFMT ouvi histórias de assombrações que rondam o entorno do Cemitério da Piedade, Avenida Mato Grosso, Bairro Aráes, etc.
Já não existem exímios contadores de histórias de terror, acredito que " ao acender a luz elétríca o medo de assombrações acabou". Eu já não tenho medo, pois o Espiritismo me trouxe respostas sobre a vida após a morte, entretanto, ainda sinto arrepio quando frequento certos lugares em Cuiabá.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Lembranças da Praça da Boa Morte
Quando minha família mudou de Poxoréo para Cuiabá nos anos 60, nós fomos morar numa casa em frente da praça da Igreja Boa Morte. Naquela época a rua Batista das Neves, onde nós morávamos, a rua Cândido Mariano, Campo Grande e outras eram repletas de famílias tradicionais cuiabanas.
A família que criou minha mãe era tradicional de nome e sobrenome e morava na rua Cândido Mariano.As casas, algumas ainda existem com beiras e frisos, eram enormes ou medianas; com quintais ou não. Mas, para todas as crianças e éramos muitas, nada se comparava a praça da Igreja.
Ao entardecer nos reuniamos para brincar, pois não havia muitos televisores, ou ouvir histórias de terror. Ali na praça durante as brincadeiras não existia crianças ricas ou pobres, apenas a alegria de poder correr, pular, gritar, se divertir antes de dormir.
A contadora de histórias, nós a chamavámos de Preta, sabia como manter o suspense e despertar o medo em todos. Minha casa ficava apenas uma casa da dela, mas eu sentia tanto medo que a mãe precisava ir nos buscar para entrar.
A Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte é centenária. As árvores, oitis, frondosas da praça devem ter a idade da Igreja eu acredito. Ela pertencia a uma Irmandade de homens pardos que responsabilizaou-se por sua construção, provavelmente no inicio dos anos 800.
A documentação histórica diz que a Igreja possuía uma única torre em forma piramidal, um único telhado em duas águas e arquitetura barroca. Em 1864, o altar - mor foi concluído por meio de esmolas colhidas pela Irmandade.
Em algum período a primitiva torre ruiu e me lembro de numa entrevista que fiz com D. Maria de Arruda Muller, ela disse que seu pai pediu autorização ao bispo para retirar a terra para construção de sua residência. Sobre o casarão dos Muller escreverei em outra oportunidade.
Deste modo a fachada que hoje esta apresenta, de estilo neoclássico, indica a substituição da fachada frontal sem que fossem remodelados seus interiores e o resto do corpo da Igreja continua em estilo barroco.
Eu não me lembro a data exata, mas foi construída uma piscina em frente da Igreja. Logicamente que ninguém tomava banho nela, porém eu adorava ficar olhando a ondulação que água fazia quando o vento soprava... Em algum momento ela foi entupida, acho que foi quando os viciados passaram a frequentar a
praça.
Por não ser católica, devo ter entrado na Igreja duas ou três vezes. Entretanto, a arquitetura barroca do interior é sempre fascinante. E quando passo por lá, ainda ouço nossos gritos, risos e medo das histórias de terror. Afinal, o Cemitério da Piedade ficava na mesma rua.
A família que criou minha mãe era tradicional de nome e sobrenome e morava na rua Cândido Mariano.As casas, algumas ainda existem com beiras e frisos, eram enormes ou medianas; com quintais ou não. Mas, para todas as crianças e éramos muitas, nada se comparava a praça da Igreja.
Ao entardecer nos reuniamos para brincar, pois não havia muitos televisores, ou ouvir histórias de terror. Ali na praça durante as brincadeiras não existia crianças ricas ou pobres, apenas a alegria de poder correr, pular, gritar, se divertir antes de dormir.
A contadora de histórias, nós a chamavámos de Preta, sabia como manter o suspense e despertar o medo em todos. Minha casa ficava apenas uma casa da dela, mas eu sentia tanto medo que a mãe precisava ir nos buscar para entrar.
A Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte é centenária. As árvores, oitis, frondosas da praça devem ter a idade da Igreja eu acredito. Ela pertencia a uma Irmandade de homens pardos que responsabilizaou-se por sua construção, provavelmente no inicio dos anos 800.
A documentação histórica diz que a Igreja possuía uma única torre em forma piramidal, um único telhado em duas águas e arquitetura barroca. Em 1864, o altar - mor foi concluído por meio de esmolas colhidas pela Irmandade.
Em algum período a primitiva torre ruiu e me lembro de numa entrevista que fiz com D. Maria de Arruda Muller, ela disse que seu pai pediu autorização ao bispo para retirar a terra para construção de sua residência. Sobre o casarão dos Muller escreverei em outra oportunidade.
Deste modo a fachada que hoje esta apresenta, de estilo neoclássico, indica a substituição da fachada frontal sem que fossem remodelados seus interiores e o resto do corpo da Igreja continua em estilo barroco.
Eu não me lembro a data exata, mas foi construída uma piscina em frente da Igreja. Logicamente que ninguém tomava banho nela, porém eu adorava ficar olhando a ondulação que água fazia quando o vento soprava... Em algum momento ela foi entupida, acho que foi quando os viciados passaram a frequentar a
praça.
Por não ser católica, devo ter entrado na Igreja duas ou três vezes. Entretanto, a arquitetura barroca do interior é sempre fascinante. E quando passo por lá, ainda ouço nossos gritos, risos e medo das histórias de terror. Afinal, o Cemitério da Piedade ficava na mesma rua.
domingo, 16 de dezembro de 2012
A Hora da Merenda!
O cuiabano de tchapa e cruz mantém o costume de merendar e não lanchar às 15:00 horas.
Em minha casa a hora da merenda é sagrada, isto é, ela acontece todos os dias desde quando eu e meus irmãos éramos crianças. Logicamente que a mãe faz o que nós vamos comer como: bolo de queijo, chocolate, milho, francisquito, torrada de leite com passas, bolo de "chuva" ou sonho, de polvilho, etc.
Somente quando ela está muito cansada é que o tradicional pão francês ou de forma é utilizado.Nosso costume é comer bebendo com chá mate ou suco natural. O refrigerante nunca é utilizado, pois não fomos acostumados a bebê-lo. Às vezes a merenda é tão caprichada que não precisamos jantar.
As pessoas com mais posse costumam frequentar casas de chá com bolo que existe por aqui, mas nada comparado a merenda feita por nossa mãe.
A tradição do chá das cinco começou no século XIX, com a duquesa de Bedford. Ela se queixava do vazio no estômago que sentia no final da tarde e, para enganar a fome, passou a tomar uma xícara de chá e fazer um pequeno lanche.
Isso se tornou um evento social. Até a rainha Vitória e suas damas de companhia incorporaram o hábito. Os corseletes saíram de moda e o chá virou rotina.
No hotel mais antigo de Londres, cerca de 500 chás da tarde são servidos por semana. Para beliscar tem sanduíche leve, acompanhado do melhor amigo do chá: os “scones”, simples ou com passas, feitos de farinha e servidos quentinhos. A tradição manda comer devagar e com bastante creme e geleia.
Os ingleses inventaram uma nova profissão por causa do famoso chá – o sommelier do chá. Uma espécie de sabe-tudo da bebida, como já existe com o vinho.
Em Londres Rakesh é do Sri Lanka, um país que trocou as plantações de café pelo chá. Ele teve treinamento formal em Londres para distinguir os sabores e os aromas. Também aprendeu a servir a bebida no ponto certo.
Em minha casa a hora da merenda é sagrada, isto é, ela acontece todos os dias desde quando eu e meus irmãos éramos crianças. Logicamente que a mãe faz o que nós vamos comer como: bolo de queijo, chocolate, milho, francisquito, torrada de leite com passas, bolo de "chuva" ou sonho, de polvilho, etc.
Somente quando ela está muito cansada é que o tradicional pão francês ou de forma é utilizado.Nosso costume é comer bebendo com chá mate ou suco natural. O refrigerante nunca é utilizado, pois não fomos acostumados a bebê-lo. Às vezes a merenda é tão caprichada que não precisamos jantar.
As pessoas com mais posse costumam frequentar casas de chá com bolo que existe por aqui, mas nada comparado a merenda feita por nossa mãe.
A tradição do chá das cinco começou no século XIX, com a duquesa de Bedford. Ela se queixava do vazio no estômago que sentia no final da tarde e, para enganar a fome, passou a tomar uma xícara de chá e fazer um pequeno lanche.
Isso se tornou um evento social. Até a rainha Vitória e suas damas de companhia incorporaram o hábito. Os corseletes saíram de moda e o chá virou rotina.
No hotel mais antigo de Londres, cerca de 500 chás da tarde são servidos por semana. Para beliscar tem sanduíche leve, acompanhado do melhor amigo do chá: os “scones”, simples ou com passas, feitos de farinha e servidos quentinhos. A tradição manda comer devagar e com bastante creme e geleia.
Os ingleses inventaram uma nova profissão por causa do famoso chá – o sommelier do chá. Uma espécie de sabe-tudo da bebida, como já existe com o vinho.
Em Londres Rakesh é do Sri Lanka, um país que trocou as plantações de café pelo chá. Ele teve treinamento formal em Londres para distinguir os sabores e os aromas. Também aprendeu a servir a bebida no ponto certo.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Amigos
"Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.
Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.
Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.
Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.
Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.
Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre."
Albert Einstein
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.
Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.
Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.
Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.
Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.
Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre."
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
As Aulas no Liceu do Meu Tempo!
Os anos vivenciados no Liceu Cuiabano foram tão intensos que é maravilhoso lembrar até hoje.
Os professores a quem chamávamos "mestres" despertavam nossa atenção para os conhecimentos de uma forma incrível. Afnal, não existia datashow, filmes, aulas de campo, somente quadro negro e giz.
É claro que a matemática nunca foi meu forte e o "mestre" não era dos melhores... Ele estava sempre bêbado e às vezes dormia sentado na cadeira enquanto nós copiávamos a matéria do quadro negro.
A professora de História essa me deixava de boca aberta e ouvidos atentos.
Quando ela explicava sobre a História Antiga eu me via no Egito, Mesopotâmia, Grécia. Nunca me esqueço dos Jardins Suspensos da Babilônia e da decepção quando vi uma foto do mesmo; pois eu ficava imaginando como seria um jardim suspenso nos céus e na realidade era um edificio com um jardim no alto. Nem precisa dizer que me apaixonei por todas as Histórias que ela "contava".
As aulas de práticas do lar era uma forma de dizer que toda mulher nasceu para casar e ter filhos. Nós aprendiamos principalmente a cuidar das crianças: numa banheira a gente aprendia a dar banho nas crianças, bonecas de plástico, sem deixá-las cair e coisas mais... Como filha mais velha eu já sabia tudo aquilo.
A professora de francês dava medo. Ela se vestia de preto; acho que era luto pela morte do marido.Sempre falava em francês com biquinho e tudo. O pior era recitar o "ponto" para toda a sala. É claro que ninguém ria, mas ela dava um olhar de congelar a alma. Quando cursava História na UFMT me matriculei na Aliança Francesa e estudei por oito anos seguidos; no fundo eu gostava de fazer aquele biquinho.
Não me lembro porque as aulas de educação física era na atual praça Santos Dumont. Às 6:30 começava a aula e como eu morava ali na praça da Boa Morte chegava rapidinho. Antes subia pela rua Cândido Mariano e passava pelo casarão tenebroso, hoje funcionava lá uma parte do SESI, que os antigos diziam ser assombrado. Ainda vou entrar lá para visualizar seu interior e quem sabe descobrir algum fantasma.
As aulas de português era ministrada por uma professora muito bonita e de belos olhos verdes.Era a professora mais elegante que nós tinhamos. Ainda me lembro de uma redação que ela pediu para escrevermos : "um pingo d'água na vidraça". Ela dizia que para escrever bem deveríamos ler muito e ter um dicionário. Eu começei com os HQs, telenovelas, livros de bolso, clássicos...
As aulas de educação artística era relaxante e até conseguiamos "cantar" o luar do sertão sem abrir a boca.Caso alguém desafinasse ela mandava começar tudo de novo.
O civismo era parte da educação e uma vez por semana cantávamos o Hino Nacional no pátio e em fila. Todos ficávamos em respeitoso silêncio e as vozes afinadas ecoavam altas e claras.
Os professores a quem chamávamos "mestres" despertavam nossa atenção para os conhecimentos de uma forma incrível. Afnal, não existia datashow, filmes, aulas de campo, somente quadro negro e giz.
É claro que a matemática nunca foi meu forte e o "mestre" não era dos melhores... Ele estava sempre bêbado e às vezes dormia sentado na cadeira enquanto nós copiávamos a matéria do quadro negro.
A professora de História essa me deixava de boca aberta e ouvidos atentos.
Quando ela explicava sobre a História Antiga eu me via no Egito, Mesopotâmia, Grécia. Nunca me esqueço dos Jardins Suspensos da Babilônia e da decepção quando vi uma foto do mesmo; pois eu ficava imaginando como seria um jardim suspenso nos céus e na realidade era um edificio com um jardim no alto. Nem precisa dizer que me apaixonei por todas as Histórias que ela "contava".
As aulas de práticas do lar era uma forma de dizer que toda mulher nasceu para casar e ter filhos. Nós aprendiamos principalmente a cuidar das crianças: numa banheira a gente aprendia a dar banho nas crianças, bonecas de plástico, sem deixá-las cair e coisas mais... Como filha mais velha eu já sabia tudo aquilo.
A professora de francês dava medo. Ela se vestia de preto; acho que era luto pela morte do marido.Sempre falava em francês com biquinho e tudo. O pior era recitar o "ponto" para toda a sala. É claro que ninguém ria, mas ela dava um olhar de congelar a alma. Quando cursava História na UFMT me matriculei na Aliança Francesa e estudei por oito anos seguidos; no fundo eu gostava de fazer aquele biquinho.
Não me lembro porque as aulas de educação física era na atual praça Santos Dumont. Às 6:30 começava a aula e como eu morava ali na praça da Boa Morte chegava rapidinho. Antes subia pela rua Cândido Mariano e passava pelo casarão tenebroso, hoje funcionava lá uma parte do SESI, que os antigos diziam ser assombrado. Ainda vou entrar lá para visualizar seu interior e quem sabe descobrir algum fantasma.
As aulas de português era ministrada por uma professora muito bonita e de belos olhos verdes.Era a professora mais elegante que nós tinhamos. Ainda me lembro de uma redação que ela pediu para escrevermos : "um pingo d'água na vidraça". Ela dizia que para escrever bem deveríamos ler muito e ter um dicionário. Eu começei com os HQs, telenovelas, livros de bolso, clássicos...
As aulas de educação artística era relaxante e até conseguiamos "cantar" o luar do sertão sem abrir a boca.Caso alguém desafinasse ela mandava começar tudo de novo.
O civismo era parte da educação e uma vez por semana cantávamos o Hino Nacional no pátio e em fila. Todos ficávamos em respeitoso silêncio e as vozes afinadas ecoavam altas e claras.
domingo, 9 de dezembro de 2012
Liceu Cuiabano : 133 Anos de Educação, História e Tradição
No último dia 3 de dezembro, o Liceu Cuiabano completou 133 anos e desde que estou lá, 2000, sempre comemoramos sua importância para Cuiabá e Mato Grosso.
Eu não me lembro de haver comemoração durante os anos em que fui aluna. Nos anos de 1973 a 1977 eu cursei da 5ª a 8ª série e como mandava a tradição fui matriculada na Escola Técnica, IFMT, assim que terminei o ano lá. E assim como ainda hoje, o Estadual era bastante disputado pelas famílias cuiabana.
Naquela época as férias de julho durava um mês e o ano letivo terminava em novembro; assim ficávamos de dezembro a fevereiro de férias. Até hoje tudo que aprendi no antigo primário ainda guardo na memória.
O diretor do Colégio Estadual, esse era o nome do Liceu, era o profº Rafael Rueda; um homem que metia medo na criançada. Mais brava que ele era a inspetora Dona Benedita; uma senhora negra que falava baixo e tinha um olhar penetrante.
Nosso uniforme era blusa branca, com um bolso onde aparecia o nome da escola, saia azul com duas pregas na frente e duas atrás e sapato colegial preto com meias brancas. Eu e minhas irmãs só tinhamos um uniforme e a mãe olhava toda vez que voltávamos, pois a única sujeira permitida era na gola da blusa.
Nós não tinhamos todos os livros como nossos alunos possuem hoje, apenas o de francês. As professoras, a maioria era mulher, passavam o "ponto" no quadro negro e nós tinhamos que decorar para as provas.
Apenas na 7ª e 8ª série é que nossa mãe comprou os livros de português, história e geografia. A mãe tinha que costurar e ganhar um bom dinheiro para comprá-los, uma vez que custava muito caro. E tinha os materiais da aula de educação artistica; e os meninos faziam bordado e crochê sem reclamar.
A caderneta de presença era obrigatória : na entrada a inspetora carimbava a presença e na saída também.E não era permitido entrar sem ela na escola. No último ano o bom aluno recebia um certificado de bom comportamento; eu ainda tenho o meu.
Eu nunca fui na diretoria, isso era para crianças mal-educadas e desordeiras; os briguentos eram expulsos e a suspensão de quinze dias. Nos corredores limpos e encerrados, a gente tinha que andar de um jeito que não encostasse nos colegas.
No recreio a gente ficava no pátio e o lanche era levado de casa; não me lembro de ter merenda. As crianças ricas compravam no Rogério, que já estava lá...
Em sala de aula, o silêncio era absoluto e ninguém dormia ou faltava com respeito. Todos podíamos ir beber água ou no banheiro, mas sempre um de cada vez. E havia o medo da "loura" do banheiro ou da "maria algodão", afinal não existe escola sem seus fantasmas.
Eu e minha irmã Cleide Néli fomos colegas até a 7ª série, quando eu sofri duas operações e fiquei reprovada. Nós tinhamos muitos colegas e alguns eram muito queridos, inclusive Délis Ortiz cuja casa nós frequentávamos sempre que ela nos convidava.
Eu não me lembro de haver comemoração durante os anos em que fui aluna. Nos anos de 1973 a 1977 eu cursei da 5ª a 8ª série e como mandava a tradição fui matriculada na Escola Técnica, IFMT, assim que terminei o ano lá. E assim como ainda hoje, o Estadual era bastante disputado pelas famílias cuiabana.
Naquela época as férias de julho durava um mês e o ano letivo terminava em novembro; assim ficávamos de dezembro a fevereiro de férias. Até hoje tudo que aprendi no antigo primário ainda guardo na memória.
O diretor do Colégio Estadual, esse era o nome do Liceu, era o profº Rafael Rueda; um homem que metia medo na criançada. Mais brava que ele era a inspetora Dona Benedita; uma senhora negra que falava baixo e tinha um olhar penetrante.
Nosso uniforme era blusa branca, com um bolso onde aparecia o nome da escola, saia azul com duas pregas na frente e duas atrás e sapato colegial preto com meias brancas. Eu e minhas irmãs só tinhamos um uniforme e a mãe olhava toda vez que voltávamos, pois a única sujeira permitida era na gola da blusa.
Nós não tinhamos todos os livros como nossos alunos possuem hoje, apenas o de francês. As professoras, a maioria era mulher, passavam o "ponto" no quadro negro e nós tinhamos que decorar para as provas.
Apenas na 7ª e 8ª série é que nossa mãe comprou os livros de português, história e geografia. A mãe tinha que costurar e ganhar um bom dinheiro para comprá-los, uma vez que custava muito caro. E tinha os materiais da aula de educação artistica; e os meninos faziam bordado e crochê sem reclamar.
A caderneta de presença era obrigatória : na entrada a inspetora carimbava a presença e na saída também.E não era permitido entrar sem ela na escola. No último ano o bom aluno recebia um certificado de bom comportamento; eu ainda tenho o meu.
Eu nunca fui na diretoria, isso era para crianças mal-educadas e desordeiras; os briguentos eram expulsos e a suspensão de quinze dias. Nos corredores limpos e encerrados, a gente tinha que andar de um jeito que não encostasse nos colegas.
No recreio a gente ficava no pátio e o lanche era levado de casa; não me lembro de ter merenda. As crianças ricas compravam no Rogério, que já estava lá...
Em sala de aula, o silêncio era absoluto e ninguém dormia ou faltava com respeito. Todos podíamos ir beber água ou no banheiro, mas sempre um de cada vez. E havia o medo da "loura" do banheiro ou da "maria algodão", afinal não existe escola sem seus fantasmas.
Eu e minha irmã Cleide Néli fomos colegas até a 7ª série, quando eu sofri duas operações e fiquei reprovada. Nós tinhamos muitos colegas e alguns eram muito queridos, inclusive Délis Ortiz cuja casa nós frequentávamos sempre que ela nos convidava.
domingo, 2 de dezembro de 2012
4º Prédio do Liceu Cuiabano
Eu já escrevi sobre os outros três prédios onde o Liceu Cuiabano funcionou, desde sua autorização no último quartel do séc. XIX ou seja, pela Lei Provincial nº 536 de 3 de dezembro de 1879. Hoje vou escrever somente sobre sua história.
De acordo com a profª Elizabeth M. Siqueira, em História de Mato Grosso : da ancestralidade aos dias atuais "era necessário povoar e estender a cidade até o alto da avenida Getúlio Vargas, visto ser a mais importante da cidade. Foi então construído, na sua porção superior um estabelecimento escolar moderno, assobradado, de linhas arrojadas e retas, o Liceu Cuiabano".
Para a sua construção foi contratada a firma Coimbra e Correia do Rio de Janeiro e o jovem engenheiro Cássio Veiga de Sá o responsável por todas as obras oficiais.Ocupando toda uma quadra, com uma das laterais faceando a Avenida Getúlio Vargas; rua Cândido Mariano e frente para a Avenida Presidente Marques o complexo do Liceu Cuiabano, constituído pela escola, anfiteatro com 482 lugares, ginásio de esportes coberto e o campo de futebol e pista de atletismo. A parte interna, possui 14 salas de aula, foi equipada com mobiliário adquado e laboratórios de físíca e química.
Foi inaugurada a sede atual em 4 de outubro de 1944 e tendo como primeiro diretor o prof. Jercy Jacob.No saguão do anfiteatro ainda existe dois quadros com fotos da 1ª(1945) e da 2ª(1946) turma que estreou as salas do Liceu.
Pelo Decreto Lei nº 100 de 27 de maio de 1942, o Liceu Cuiabano passou a denominar-se Colégio Cuiabano. Pelo Decreto Lei nº 143 de 10 de março de 1943 recebeu a denominação de Colégio Estadual de Mato Grosso.
Mais tarde pelo Decreto 480 de 29 de março de 1976, passou a denominara-se Escola Estadual de 1º e 2º Graus. No governo de Cássio Leite de Barros pelo Decreto nº 1752 de 13 de março de 1979, voltou ao antigo nome Liceu Cuiabano.
Em 1998 pelo Decreto Lei nº 2812 de 11 de dezembro do mesmo ano, a escola passou a se chamar Escola Estadual de 1 e 2 Graus Liceu Cuiabano Maria de Arruda Muller. Em 11 de outubro de 2000 pelo Decreto nº 1826 a instituição escolar passou a denominar Escola Estadual Liceu Cuiabano Maria de Arruda Muller.
O Liceu Cuiabano é uma renomada escola. Educandos que por aqui passaram registraram na memória orgulho e respeito pelo "meu Liceu", que é como se referem à escola. Sentem respeito pelas pessoas pelas quais foram guiadas e orgulho por terem feito parte de uma das gerações do Liceu.
De acordo com a profª Elizabeth M. Siqueira, em História de Mato Grosso : da ancestralidade aos dias atuais "era necessário povoar e estender a cidade até o alto da avenida Getúlio Vargas, visto ser a mais importante da cidade. Foi então construído, na sua porção superior um estabelecimento escolar moderno, assobradado, de linhas arrojadas e retas, o Liceu Cuiabano".
Para a sua construção foi contratada a firma Coimbra e Correia do Rio de Janeiro e o jovem engenheiro Cássio Veiga de Sá o responsável por todas as obras oficiais.Ocupando toda uma quadra, com uma das laterais faceando a Avenida Getúlio Vargas; rua Cândido Mariano e frente para a Avenida Presidente Marques o complexo do Liceu Cuiabano, constituído pela escola, anfiteatro com 482 lugares, ginásio de esportes coberto e o campo de futebol e pista de atletismo. A parte interna, possui 14 salas de aula, foi equipada com mobiliário adquado e laboratórios de físíca e química.
Foi inaugurada a sede atual em 4 de outubro de 1944 e tendo como primeiro diretor o prof. Jercy Jacob.No saguão do anfiteatro ainda existe dois quadros com fotos da 1ª(1945) e da 2ª(1946) turma que estreou as salas do Liceu.
Pelo Decreto Lei nº 100 de 27 de maio de 1942, o Liceu Cuiabano passou a denominar-se Colégio Cuiabano. Pelo Decreto Lei nº 143 de 10 de março de 1943 recebeu a denominação de Colégio Estadual de Mato Grosso.
Mais tarde pelo Decreto 480 de 29 de março de 1976, passou a denominara-se Escola Estadual de 1º e 2º Graus. No governo de Cássio Leite de Barros pelo Decreto nº 1752 de 13 de março de 1979, voltou ao antigo nome Liceu Cuiabano.
Em 1998 pelo Decreto Lei nº 2812 de 11 de dezembro do mesmo ano, a escola passou a se chamar Escola Estadual de 1 e 2 Graus Liceu Cuiabano Maria de Arruda Muller. Em 11 de outubro de 2000 pelo Decreto nº 1826 a instituição escolar passou a denominar Escola Estadual Liceu Cuiabano Maria de Arruda Muller.
O Liceu Cuiabano é uma renomada escola. Educandos que por aqui passaram registraram na memória orgulho e respeito pelo "meu Liceu", que é como se referem à escola. Sentem respeito pelas pessoas pelas quais foram guiadas e orgulho por terem feito parte de uma das gerações do Liceu.
domingo, 25 de novembro de 2012
Dama da Noite e Seu Perfume Extasiante
Há muitos anos meu pai plantou uma muda de dama da noite no jardim e somente agora ela está toda florida e exalando um odor extasiante.
A dama-da-noite é uma planta arbustiva, de textura semi-lenhosa e muito popular devido ao aroma inebriante de suas flores.
Ela apresenta caule ereto e ramificado, com ramos sinuosos, a princípio eretos, mas tornam-se pendentes nas pontas.
Seu porte é médio, geralmente 1,5 metros, mas pode atingir até 4 metros de altura. Suas folhas são simples, perenes, ovais a lanceoladas, brilhantes, coriáceas e sustentadas por longos pecíolos.
As abundantes inflorescências surgem na primavera e verão, carregando numerosas flores tubulares, de coloração creme-esverdeada, que exalam um intenso perfume, principalmente à noite. Os frutinhos que se seguem, são bagas, de coloração branca, translúcidos.
Os mais antigos dizem que não deve ser utilizada próximo a janelas de dormitórios, principalmente em quartos de pessoas sensíveis e crianças. Diz-se que sua pungente fragrância é uma dos mais fortes entre as plantas; algumas pessoas a acham enjoativa. Suas flores atraem diversas espécies de abelhas, beija-flores e borboletas.
Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente.
Não tolera salinidade, geadas fortes ou frio intenso. Também pode ser plantada em vasos, com adubações e regas mais freqüentes. As podas devem ser efetuadas após a floração principal.
sábado, 24 de novembro de 2012
Joaquim Barbosa - Um Exemplo
Joaquim Barbosa nasceu em Paracatu, noroeste de Minas Gerais.
É o primogênito de oito filhos. Pai pedreiro e mãe dona de casa, passou
a ser arrimo de família quando estes se separaram.
Aos 16 anos foi sozinho para Brasília, arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliens e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público. Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, obteve seu mestrado em Direito do Estado.
Foi Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Heilsinki, Finlândia e, após, foi advogado do Serpro (1979-84).
Prestou concurso público para procurador da República, e foi aprovado. Licenciou-se do cargo e foi estudar na França, por quatro anos, tendo obtido seu mestrado e doutorado ambos em Direito Público, pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1990 e 1993.
Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor concursado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi visiting scholar no Human Rights Institute da faculdade de direito da Universidade Columbia em Nova York(1999 a 2000) e na Universidade da Califórnia Los Angeles School of Law (2002 a 2003).
Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na Inglaterra nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha.
É fluente em francês, inglês, alemão e espanhol. Toca piano e violino desde os 16 anos de idade. Foi indicado Ministro do do STF por Lula em 2003.
Aos 16 anos foi sozinho para Brasília, arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliens e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público. Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, obteve seu mestrado em Direito do Estado.
Foi Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Heilsinki, Finlândia e, após, foi advogado do Serpro (1979-84).
Prestou concurso público para procurador da República, e foi aprovado. Licenciou-se do cargo e foi estudar na França, por quatro anos, tendo obtido seu mestrado e doutorado ambos em Direito Público, pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1990 e 1993.
Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor concursado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi visiting scholar no Human Rights Institute da faculdade de direito da Universidade Columbia em Nova York(1999 a 2000) e na Universidade da Califórnia Los Angeles School of Law (2002 a 2003).
Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na Inglaterra nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha.
É fluente em francês, inglês, alemão e espanhol. Toca piano e violino desde os 16 anos de idade. Foi indicado Ministro do do STF por Lula em 2003.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
sábado, 17 de novembro de 2012
Palácio de Cristal - Petrópolis
O centro histórico da cidade de Petrópolis no Rio de Janeiro, nos dá a impressão que ainda estamos vivendo no Brasil Império. A foto acima, foi tirada nos jardins do Palácio de Cristal e me senti uma dama antiga diante daquele monumento histórico.
A intenção do Conde e da Princesa Isabel era utilizar o local como espaço para exposições de flores, frutos e pássaros.
Em 1938 o palácio foi coberto por folhas-de-flandres e tijolos para abrigar o Museu Histórico de Petrópolis, que mais tarde seria transferido para onde hoje funciona o Museu Imperial de Petrópolis.
Em 1957 o palácio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, mas ele continuou coberto. Paredes similares às originais foram colocadas no ano da comemoração do centenário do palácio, em 1984.
O Palácio de Cristal é utilizado para exposições e eventos, como a Bauernfest, festa anual em homenagem aos colonos alemães de Petrópolis.
Localizado na antiga praça da Confluência foi
construído nas Oficinas da Sociedade Anônima de Saint-Sauvers Les
Arras, na França em 1879, para a Associação Hortícola de Petrópolis, da
qual era presidente o Conde D’Eu, marido da Princesa Isabel, destinado
a servir de local para exposições e festas. Foi inaugurado em 1884.
A sua mais bela festa foi realizada no
domingo de Páscoa de 1888, na qual a princesa Isabel junto a seus
filhos, entregou cartas de alforria a escravos, a maioria indenizando
os seus senhores com notável campanha desenvolvida na cidade.
A intenção do Conde e da Princesa Isabel era utilizar o local como espaço para exposições de flores, frutos e pássaros.
Em 1938 o palácio foi coberto por folhas-de-flandres e tijolos para abrigar o Museu Histórico de Petrópolis, que mais tarde seria transferido para onde hoje funciona o Museu Imperial de Petrópolis.
Em 1957 o palácio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, mas ele continuou coberto. Paredes similares às originais foram colocadas no ano da comemoração do centenário do palácio, em 1984.
O Palácio de Cristal é utilizado para exposições e eventos, como a Bauernfest, festa anual em homenagem aos colonos alemães de Petrópolis.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Mosteiro de Saint Michel
O Monte Saint-Michel é uma ilhota rochosa na foz do Rio Couesnon, no departamento da Mancha, na França, onde foi construído um santuário em homenagem ao arcanjo São Miguel. Seu antigo nome é "Monte Saint-Michel em perigo do mar" (Mons Sancti Michaeli in periculo mari).
Este mosteiro, fortificado no século XIII, integra um conjunto com mais três cidades cujas fortificações e desenvolvimento são notáveis: Aigues-Mortes (1270-1276), ponto de reunião dos Cruzados rumo à Terra Santa, Carcassone, célebre por suas defesas, e Avignon, sede alternativa da Cristandade (1309-1377).
Estas cidades fortificadas, denominadas "bastides" marcavam a fronteira dos reinos ao final da Idade Média, servindo como elementos de defesa e dando ao povo novas oportunidades sociais.
Foram construídas mais de 300 só na França, entre os anos de 1220 e 1350. Além das "bastides", foram projetadas e construídas em toda a Europa, de Portugal à Polônia, e nomeadamente no sudoeste da França, entre 1136 e 1270 aproximadamente, numerosas "villeneuves" (cidades novas), que muito contribuíram para o nascimento e consolidação de uma classe social burguesa.
Durante a Guerra dos Cem Anos, entre França e Inglaterra, o Monte Saint-Michel foi uma fortaleza inexpugnável, resistindo a todas as tentativas inglesas de tomá-la e constituindo-se, assim, em símbolo da identidade nacional francesa.
Após a dissolução da ordens religiosas ditadas pela Revolução Francesa de 1789 até 1863 o Monte foi utilizado como prisão. Declarado monumento histórico em 1987, o sítio figura desde 1979 na lista do Patrimônio Mundial da UNESCO.
Este mosteiro, fortificado no século XIII, integra um conjunto com mais três cidades cujas fortificações e desenvolvimento são notáveis: Aigues-Mortes (1270-1276), ponto de reunião dos Cruzados rumo à Terra Santa, Carcassone, célebre por suas defesas, e Avignon, sede alternativa da Cristandade (1309-1377).
Estas cidades fortificadas, denominadas "bastides" marcavam a fronteira dos reinos ao final da Idade Média, servindo como elementos de defesa e dando ao povo novas oportunidades sociais.
Foram construídas mais de 300 só na França, entre os anos de 1220 e 1350. Além das "bastides", foram projetadas e construídas em toda a Europa, de Portugal à Polônia, e nomeadamente no sudoeste da França, entre 1136 e 1270 aproximadamente, numerosas "villeneuves" (cidades novas), que muito contribuíram para o nascimento e consolidação de uma classe social burguesa.
Durante a Guerra dos Cem Anos, entre França e Inglaterra, o Monte Saint-Michel foi uma fortaleza inexpugnável, resistindo a todas as tentativas inglesas de tomá-la e constituindo-se, assim, em símbolo da identidade nacional francesa.
Após a dissolução da ordens religiosas ditadas pela Revolução Francesa de 1789 até 1863 o Monte foi utilizado como prisão. Declarado monumento histórico em 1987, o sítio figura desde 1979 na lista do Patrimônio Mundial da UNESCO.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Finalmente, o Muro de Berlim Caiu
Ao final do dia 9 de Novembro de 1989, uma conferência para jornalistas
em Berlim Oriental, passou à História quando o recém-empossado porta-voz
do governo da RDA (República Democrática Alemã) confirmou que havia
sido emitido um comunicado do governo do país, no qual se determinava o
fim da proibição de visitas de cidadãos da Alemanha Oriental ao
território da República Federal da Alemanha, nomeadamente na cidade de
Berlim.
A declaração de Gunter Schabowski, ministro responsável pela propaganda, foi precipitada, pois a comunicação deveria ser divulgada apenas no dia seguinte. O responsável alemão, induziu toda a cidade de Berlim em erro ao afirmar que a determinação do governo entrava em vigor imediatamente.
Nessa altura, o perigo de um banho de sangue foi real e extraordinariamente elevado. Como a autorização para passar a fronteira só deveria entrar em vigor no dia seguinte, os guardas da fronteira não tinham sido avisados.
Quando primeiro centenas e depois milhares de alemães se aproximaram dos postos fronteiriços os guardas não sabiam o que fazer. A possibilidade de um banho de sangue foi real, mas o sangue frio prevaleceu.
A população arremeteu não somente contra os pontos de passagem, mas também directamente contra as secções mais vulneráveis do muro.
À Meia-noite, já havia pessoas com picaretas e outros utensílios a partir os blocos de concreto que constituíam as paredes do muro.
A declaração de Gunter Schabowski, ministro responsável pela propaganda, foi precipitada, pois a comunicação deveria ser divulgada apenas no dia seguinte. O responsável alemão, induziu toda a cidade de Berlim em erro ao afirmar que a determinação do governo entrava em vigor imediatamente.
Nessa altura, o perigo de um banho de sangue foi real e extraordinariamente elevado. Como a autorização para passar a fronteira só deveria entrar em vigor no dia seguinte, os guardas da fronteira não tinham sido avisados.
Quando primeiro centenas e depois milhares de alemães se aproximaram dos postos fronteiriços os guardas não sabiam o que fazer. A possibilidade de um banho de sangue foi real, mas o sangue frio prevaleceu.
A população arremeteu não somente contra os pontos de passagem, mas também directamente contra as secções mais vulneráveis do muro.
À Meia-noite, já havia pessoas com picaretas e outros utensílios a partir os blocos de concreto que constituíam as paredes do muro.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Prêmio Nobel
O Prémio Nobel foi criado por Alfred Nobel, químico e industrial sueco, inventor da dinamite, no seu testamento.
Os prêmios são entregues anualmente, no dia 10 de Dezembro, aniversário da morte do seu criador, às pessoas que fizeram pesquisas importantes, criaram técnicas pioneiras ou deram contribuições destacadas à sociedade.
A Fundação Nobel foi criada em junho de 1900 e é responsável pelo controle do respeito às regras na designação dos laureados e verifica o bom andamento da eleição.
Também é responsável, através de um comitê específico para cada uma das cinco áreas e de acordo com as propostas de personalidades eminentes, pela elaboração e encaminhamento das listas de indicações às várias instâncias que atribuem o prêmio.
Os prêmios são custeados pelos rendimentos oriundos do legado de Alfred Nobel, recursos privados, e o prêmio de Economia é custeado pelo Banco Central com recursos públicos, de igual montante ao escolhido pela Fundação Nobel.
A primeira cerimônia de premiação nos campos da literatura, física, química e fisiologia/medicina ocorreu no Conservatório Real de Estocolmo, em 1901; o Prêmio Nobel da Paz foi entregue em Oslo.
Desde 1902, os prêmios são formalmente entregues pelo Rei da Suécia. A entrega do Nobel da Paz continua a ser feita em Oslo, sendo presidida pelo Rei da Noruega.
O Rei Oscar II inicialmente não aprovou que os prêmios fossem concedidos a estrangeiros, mas mudou de idéia depois de compreender o valor do prestígio que os prêmios dariam ao seu país.
sábado, 3 de novembro de 2012
Instituto Ricardo Brennand em Pernambuco
O Instituto foi fundado por Ricardo Brennand, empresário e colecionador pernambucano de ascendência inglesa, nascido em Cabo de Santo Agostinho em 1927.
Brennand obteve destaque na indústria canavieira da região Nordeste, atuando também nos segmentos de produção de cimento, azulejo, vidro, porcelana e aço.
Na década de 1940, começou a colecionar armaria, sobretudo armas brancas, consolidando nas décadas seguintes o que viria a ser um dos maiores acervos privados dessa tipologia no mundo.
O Instituto Ricardo Brennand está sediado em um complexo de edifícios denominado Castelo São João, inspirado no estilo Tudor, com área construída de 77.000 metros quadrados.
É uma construção contemporânea, combinada com alguns elementos decorativos originais, tais como uma ponte levadiça, relevos de brasões e um altar em estilo gótico.
O complexo engloba o Museu de Armaria, a bilioteca, a pinacoteca, um auditório com capacidade para 120 pessoas, áreas de serviço para os visitantes, reserva técnica e espaços técnico-administrativos.
Cercando o complexo, há um vasto parque com uma área de 18.000 hectares, dotado de lagos artificiais e esculturas em grande escala, tais como uma fundição recente de O Pensador de Auguste Rodin, uma cópia do David de Michelangelo, A Dama e o Cavalo de Fernando Botero e outras peças de Sonia Ebling e Leopoldo Martins, entre outros.
Brennand obteve destaque na indústria canavieira da região Nordeste, atuando também nos segmentos de produção de cimento, azulejo, vidro, porcelana e aço.
Na década de 1940, começou a colecionar armaria, sobretudo armas brancas, consolidando nas décadas seguintes o que viria a ser um dos maiores acervos privados dessa tipologia no mundo.
O Instituto Ricardo Brennand está sediado em um complexo de edifícios denominado Castelo São João, inspirado no estilo Tudor, com área construída de 77.000 metros quadrados.
É uma construção contemporânea, combinada com alguns elementos decorativos originais, tais como uma ponte levadiça, relevos de brasões e um altar em estilo gótico.
O complexo engloba o Museu de Armaria, a bilioteca, a pinacoteca, um auditório com capacidade para 120 pessoas, áreas de serviço para os visitantes, reserva técnica e espaços técnico-administrativos.
Cercando o complexo, há um vasto parque com uma área de 18.000 hectares, dotado de lagos artificiais e esculturas em grande escala, tais como uma fundição recente de O Pensador de Auguste Rodin, uma cópia do David de Michelangelo, A Dama e o Cavalo de Fernando Botero e outras peças de Sonia Ebling e Leopoldo Martins, entre outros.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Halloween - Dia das Bruxas
Esta festa reproduz as tradições dos povos da Gália e Grã Bretanha entre
os anos 600 a.C e 800 d.C, sendo que hoje com adaptações feitas pelos
Estados Unidos como as decorações e fantasias.
Com maior relevância nos países anglo-saxônicos como Canadá, Reino Unido e Estados Unidos, tem base em celebrações dos antigos povos mas não possui registro assertivo da sua origem.
Esta data (embora com outro significado) na origem católica, existe desde o século IV. A igreja da Síria considerava um dia para festejar Todos os Mártires.
O Papa Bonifacio, três séculos mais tarde, passou a celebrar o dia para Todos os Santos. Esta festa era celebrada em 13 de maio, porém o Papa Gregório mudou esta data para 01 de novembro.
Com o objetivo de diminuir as influências pagãs na Europa Medieval, a Igreja cristianizou a festa, criando o Dia de Finados (2 de novembro).
No ano de 840 o mesmo Papa ordenou que esta data fosse comemorada universalmente. Como se tornou uma grande festa, tinha inicio no dia 31 de outubro com celebração vespertina e vigília. Traduzindo para o inglês esta festa era chamada de “All Hallow’s Eve” (vigília de Todos os Santos), passando depois pelas formas “All Hallowed Eve” e “All Hallow Een” até chegar à palavra atual “Halloween”.
A relação entre essa data e as bruxas, ocorreu na Idade Média quando havia a perseguição a homens e mulheres que eram considerados curandeiros.
Os que fossem suspeitos dessa prática eram chamados de bruxos no sentido negativo. Como punição eram levados a julgamento e consequentemente a fogueira. Quando essa cultura foi levada aos Estados Unidos pelos imigrantes irlandeses, povo de cultura celta ficou então conhecida como “Dia das Bruxas”.
Com maior relevância nos países anglo-saxônicos como Canadá, Reino Unido e Estados Unidos, tem base em celebrações dos antigos povos mas não possui registro assertivo da sua origem.
Esta data (embora com outro significado) na origem católica, existe desde o século IV. A igreja da Síria considerava um dia para festejar Todos os Mártires.
O Papa Bonifacio, três séculos mais tarde, passou a celebrar o dia para Todos os Santos. Esta festa era celebrada em 13 de maio, porém o Papa Gregório mudou esta data para 01 de novembro.
Com o objetivo de diminuir as influências pagãs na Europa Medieval, a Igreja cristianizou a festa, criando o Dia de Finados (2 de novembro).
No ano de 840 o mesmo Papa ordenou que esta data fosse comemorada universalmente. Como se tornou uma grande festa, tinha inicio no dia 31 de outubro com celebração vespertina e vigília. Traduzindo para o inglês esta festa era chamada de “All Hallow’s Eve” (vigília de Todos os Santos), passando depois pelas formas “All Hallowed Eve” e “All Hallow Een” até chegar à palavra atual “Halloween”.
A relação entre essa data e as bruxas, ocorreu na Idade Média quando havia a perseguição a homens e mulheres que eram considerados curandeiros.
Os que fossem suspeitos dessa prática eram chamados de bruxos no sentido negativo. Como punição eram levados a julgamento e consequentemente a fogueira. Quando essa cultura foi levada aos Estados Unidos pelos imigrantes irlandeses, povo de cultura celta ficou então conhecida como “Dia das Bruxas”.
As Festas Célticas - SAMHAIN
" Samhain (pronuncia-se Sou-ein), festejado em 31 de outubro no hemisfério
Norte e em 1º de maio no hemisfério Sul, é o Ano-Novo dos Bruxos.
Esse dia sagrado é conhecido por inúmeros nomes. Para muitos, talvez,
o mais conhecido seja Halloween. Para nós, Bruxos, é a festa na qual
honramos nossos ancestrais e aqueles que já tenham partido para o
País de Verão.
Esse dia era um momento poderoso na espiritualidade céltica, pois não pertencia ao ano velho nem ao novo.
Estava entre os anos. Era um tempo entre o tempo.
Não só terminava o ano velho e começava o novo, mas erguia o véu entre os mundos.
As Bruxas ainda acreditam que as fronteiras entre o espírito e a matéria são menos fixas nesse momento do tempo e que a vida flui mais facilmente entre os dois mundos.
Os espíritos podem visitar o nosso mundo de matéria mais densa e nós podemos fazer incursões no mundo deles para comunicar-nos com os nossos ancestrais e entes queridos.
Na Roda do Ano, Samhain marca o início da morte: o inverno. A Deusa da Agricultura cede o seu poder sobre a Terra ao Deus Cornífero da Caça. Os férteis campos do verão cedem o lugar às florestas nuas.
Samhain era uma noite de morte e ressurreição.
A tradição céltica diz que todos os que morrem a cada ano devem esperar até Samhain antes de atravessar para o mundo do espírito, ou o País do Verão, onde começarão suas novas vidas.
Por ser o maior de todos e o mais importante também, todos os magos consideram Samhain como a noite mais mágica do ano. Muitas práticas adivinhatórias foram associadas a Samhain, as mais comuns eram aquelas que prenunciavam casamentos e fortunas para o próximo ano que estava se iniciando." Laurie Cabot
Esse dia era um momento poderoso na espiritualidade céltica, pois não pertencia ao ano velho nem ao novo.
Estava entre os anos. Era um tempo entre o tempo.
Não só terminava o ano velho e começava o novo, mas erguia o véu entre os mundos.
As Bruxas ainda acreditam que as fronteiras entre o espírito e a matéria são menos fixas nesse momento do tempo e que a vida flui mais facilmente entre os dois mundos.
Os espíritos podem visitar o nosso mundo de matéria mais densa e nós podemos fazer incursões no mundo deles para comunicar-nos com os nossos ancestrais e entes queridos.
Na Roda do Ano, Samhain marca o início da morte: o inverno. A Deusa da Agricultura cede o seu poder sobre a Terra ao Deus Cornífero da Caça. Os férteis campos do verão cedem o lugar às florestas nuas.
Samhain era uma noite de morte e ressurreição.
A tradição céltica diz que todos os que morrem a cada ano devem esperar até Samhain antes de atravessar para o mundo do espírito, ou o País do Verão, onde começarão suas novas vidas.
Por ser o maior de todos e o mais importante também, todos os magos consideram Samhain como a noite mais mágica do ano. Muitas práticas adivinhatórias foram associadas a Samhain, as mais comuns eram aquelas que prenunciavam casamentos e fortunas para o próximo ano que estava se iniciando." Laurie Cabot
terça-feira, 30 de outubro de 2012
A Magia está em Todos Nós
Paulo Kronemberger
"Hoje você fala em magia e a primeira reação do leigo é que isso é algo maléfico.
E todos podem ser magos, mas nunca será mago o desequilibrado e nem o que cultiva o desamor.
Mago é o cientista de mente aberta, o jornalista que apenas informa. Mago é o pacífico e o que é justo.
Mágico é viver pela eternidade, mas conseguir receber aqui mesmo os tesouros que as traças não comem.
Mágico é encontrar a alma gêmea e viver o amor eterno.
Mágico é descobrir, compreender e aceitar que Deus é um homem e uma mulher.
É deixar de ser alienado e descobrir que bem e mal não existem.
É ter coragem de se olhar no espelho.
Mágico é proteger a criança.
É não ter medo e quebrar as algemas.
É o saber. è a luz do conhecimento.
É o bom livro, a música e o incenso.
Mágicas são as artes.
Mágico é ajudar.
Ser mago não é só saber fazer de vez em quando um ritual mágico. É fazer do dia-a-dia um ritual de amor.
Mágica seria a religião sem regras, sem promessas e sem ameaças.
Magia grande é descobrir que o poder maior está no sentimento humano. Essa é a magia de ser".
"Hoje você fala em magia e a primeira reação do leigo é que isso é algo maléfico.
E todos podem ser magos, mas nunca será mago o desequilibrado e nem o que cultiva o desamor.
Mago é o cientista de mente aberta, o jornalista que apenas informa. Mago é o pacífico e o que é justo.
Mágico é viver pela eternidade, mas conseguir receber aqui mesmo os tesouros que as traças não comem.
Mágico é encontrar a alma gêmea e viver o amor eterno.
Mágico é descobrir, compreender e aceitar que Deus é um homem e uma mulher.
É deixar de ser alienado e descobrir que bem e mal não existem.
É ter coragem de se olhar no espelho.
Mágico é proteger a criança.
É não ter medo e quebrar as algemas.
É o saber. è a luz do conhecimento.
É o bom livro, a música e o incenso.
Mágicas são as artes.
Mágico é ajudar.
Ser mago não é só saber fazer de vez em quando um ritual mágico. É fazer do dia-a-dia um ritual de amor.
Mágica seria a religião sem regras, sem promessas e sem ameaças.
Magia grande é descobrir que o poder maior está no sentimento humano. Essa é a magia de ser".
domingo, 28 de outubro de 2012
Festival de Beltane
Beltane, Beltain ou Bealtaine é um festival celta, ainda comemorada nos dias atuais, reconhecido nas comemorações da Festa da Primavera,
mas que originalmente marcava o verão.
Devemos, entretanto, deixar claro que há uma grande discrepância entre as comemorações contemporâneas (que primam a sensualidade humana) e a comemoração em tempos remotos (que tinham um enfoque maior na fertilidade da Terra).
O Beltane é o mais alegre dos Festivais Celtas, onde os participantes dançam, e se alegram nas voltas da fogueira
Beltane é um festival da fertilidade, simbolizando a união entre as energias masculina e feminina, a fertlidade da Terra e os fogos do Deus Celta Bellenos, e toda sua energia e luz.
Durante o Festival, eram acesas fogueiras nos topos dos montes e lugares considerados sagrados, sendo um ritual importante nas terras Celtas.
E como tradição, as pessoas queimavam oferendas como, por exemplo, totens para que o poder do fogo fosse passado ao rebanho e, pulavam as fogueiras para que se enchessem das mesmas energias poderosas.
Representa o início do Verão e marca a morte do Inverno, sendo comemorado com danças e banquetes.
Ocorre em 1 de maio no Hemisfério Norte e 1 de novembro no Hemisfério Sul.
Fertilidade nesta celebração consta como o desabrochar da Primavera, com o abrir das flores, as sementes e a vida da prole considerada no Reino Animal.
Uma Festa que deve ser regada de muita alegria, com danças, coroas de flores e um banquete que valoriza os alimentos da época e principalmente a fogueira, ou algo representando o fogo.
Devemos, entretanto, deixar claro que há uma grande discrepância entre as comemorações contemporâneas (que primam a sensualidade humana) e a comemoração em tempos remotos (que tinham um enfoque maior na fertilidade da Terra).
O Beltane é o mais alegre dos Festivais Celtas, onde os participantes dançam, e se alegram nas voltas da fogueira
Beltane é um festival da fertilidade, simbolizando a união entre as energias masculina e feminina, a fertlidade da Terra e os fogos do Deus Celta Bellenos, e toda sua energia e luz.
Durante o Festival, eram acesas fogueiras nos topos dos montes e lugares considerados sagrados, sendo um ritual importante nas terras Celtas.
E como tradição, as pessoas queimavam oferendas como, por exemplo, totens para que o poder do fogo fosse passado ao rebanho e, pulavam as fogueiras para que se enchessem das mesmas energias poderosas.
Representa o início do Verão e marca a morte do Inverno, sendo comemorado com danças e banquetes.
Ocorre em 1 de maio no Hemisfério Norte e 1 de novembro no Hemisfério Sul.
Fertilidade nesta celebração consta como o desabrochar da Primavera, com o abrir das flores, as sementes e a vida da prole considerada no Reino Animal.
Uma Festa que deve ser regada de muita alegria, com danças, coroas de flores e um banquete que valoriza os alimentos da época e principalmente a fogueira, ou algo representando o fogo.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Usina Nuclear de Angra dos Reis
Na área de geração de energia, o Brasil é um dos poucos países do
mundo a dominar todo o processo de fabricação de combustível para usinas
nucleares. O processo de enriquecimento isotópico do urânio por
ultracentrifugação, peça estratégica dentro do chamado ciclo do
combustível nuclear, é totalmente de domínio brasileiro.
O Brasil já havia sido capaz de produzir urânio metálico em 1954 e já demonstrava forte interesse em desenvolver seu próprio programa nuclear e não apenas ser um mero fornecedor de minério bruto para a indústria nuclear internacional (o país tem as grandes reservas naturais de materiais nucleares, como o tório, encontrado na areia monazítica do litoral brasileiro).
No começo da década de 1960 o Brasil negociava com a França para adquirir um Reator Nuclear, porém as negociações não progrediram e, em 1965 o Brasil assinou um acordo com a Westinghouse dos EUA para obtenção do seu primeiro reator, o que aconteceu em 1971. Em 1976 foi assinado um acordo com a Alemanha para um total de 10 reatores.
No ano de 1986 entra em operação, finalmente, o reator nuclear construído pela Westinghouse, na usina de Angra I. Somente em 2002 a segunda usina nuclear - Angra II - construída com tecnologia alemã, entra em operação, garantindo que o Estado do Rio de Janeiro deixe de importar para agora exportar energia elétrica.
Com os últimos acontecimento em 2001 que forçaram a imposição pelo Governo Federal de racionamento de energia em grande parte do país, o mesmo acenou, no ano de 2006 com a possibilidade da retomada das obras de contrução de Angra III ou mesmo da construção de outra usina hidrelética, opção esta que pode ser abandonada, segundo estudos, devido a possibilidade de enfrentamento de novos períodos de longa estiagem que forcem o racionamento de energia tornar a ser realidade no país.
O Brasil já havia sido capaz de produzir urânio metálico em 1954 e já demonstrava forte interesse em desenvolver seu próprio programa nuclear e não apenas ser um mero fornecedor de minério bruto para a indústria nuclear internacional (o país tem as grandes reservas naturais de materiais nucleares, como o tório, encontrado na areia monazítica do litoral brasileiro).
No começo da década de 1960 o Brasil negociava com a França para adquirir um Reator Nuclear, porém as negociações não progrediram e, em 1965 o Brasil assinou um acordo com a Westinghouse dos EUA para obtenção do seu primeiro reator, o que aconteceu em 1971. Em 1976 foi assinado um acordo com a Alemanha para um total de 10 reatores.
No ano de 1986 entra em operação, finalmente, o reator nuclear construído pela Westinghouse, na usina de Angra I. Somente em 2002 a segunda usina nuclear - Angra II - construída com tecnologia alemã, entra em operação, garantindo que o Estado do Rio de Janeiro deixe de importar para agora exportar energia elétrica.
Com os últimos acontecimento em 2001 que forçaram a imposição pelo Governo Federal de racionamento de energia em grande parte do país, o mesmo acenou, no ano de 2006 com a possibilidade da retomada das obras de contrução de Angra III ou mesmo da construção de outra usina hidrelética, opção esta que pode ser abandonada, segundo estudos, devido a possibilidade de enfrentamento de novos períodos de longa estiagem que forcem o racionamento de energia tornar a ser realidade no país.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Sandálias Havaianas
As sandálias de "dedo" como aqui em Cuiabá é popularmente conhecida, faz sucesso há muitos anos entre os brasileiros. E até hoje eu uso as tradicionais, não por ser mais baratas, mas porque são azuis minha cor favorita.
A idéia para o produto foi inspirada nas Zori, sandálias japonesas feitas de palha de arroz ou madeira lascada e que são usadas com os kimonos.
Em 8 de junho de 1958 foram lançadas as sandálias brasileiras feitas de borracha. O primeiro modelo é o mais tradicional: branco com tiras e laterais da base azuis.
Não possuíam um atrativo visual, porém, eram demasiado baratas. Com o fator preço favorecendo o mercado, em menos de um ano a [Vespasiano] produzia mais de 13 mil pares por dia.
O grande público das Havaianas foi, durante trinta anos, uma classe financeiramente desfavorecida que a comprava em mercados de bairro.
Assim, as Havaianas ficaram conhecidas como "chinelo de pobre". Tentando mudar esta idéia, a companhia lança em 1991 o modelo Havaianas Sky, com cores fortes e calcanhar mais alto, dando a idéia de que pertencia a um público de classe mais alta. Seu preço também é mais elevado que o das tradicionais.
A idéia para o produto foi inspirada nas Zori, sandálias japonesas feitas de palha de arroz ou madeira lascada e que são usadas com os kimonos.
Em 8 de junho de 1958 foram lançadas as sandálias brasileiras feitas de borracha. O primeiro modelo é o mais tradicional: branco com tiras e laterais da base azuis.
Não possuíam um atrativo visual, porém, eram demasiado baratas. Com o fator preço favorecendo o mercado, em menos de um ano a [Vespasiano] produzia mais de 13 mil pares por dia.
O grande público das Havaianas foi, durante trinta anos, uma classe financeiramente desfavorecida que a comprava em mercados de bairro.
Assim, as Havaianas ficaram conhecidas como "chinelo de pobre". Tentando mudar esta idéia, a companhia lança em 1991 o modelo Havaianas Sky, com cores fortes e calcanhar mais alto, dando a idéia de que pertencia a um público de classe mais alta. Seu preço também é mais elevado que o das tradicionais.
sábado, 20 de outubro de 2012
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
O Belo do Outono
Em 20 de outubro de 1958, em pleno outono americano, nasceu Viggo P. Mortensen.
Eu gosto de vários atores, mas ele é sempre o meu Favorito e já deixei claro minha admiração neste blog.
Ainda garoto na escola.
Jovem e já cheio de charme
No filme American Yakuza
Aos 22 anos no filme A Testemunha
Aguenta coração
Meio dark
Eu gosto de vários atores, mas ele é sempre o meu Favorito e já deixei claro minha admiração neste blog.
Ainda garoto na escola.
Jovem e já cheio de charme
No filme American Yakuza
Aos 22 anos no filme A Testemunha
Aguenta coração
Meio dark
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Ponte Rio Niteroi
O Presidente Costa e Silva assinou decreto em 23 de agosto de 1968, autorizando o projeto de construção da ponte, idealizado por Mário Andreazza, então Ministro dos Transportes, sob a gestão de quem a ponte foi iniciada e concluída.
A obra teve início, simbolicamente, em 9 de novembro de 1968, com a presença da Rainha da Grã-Bretanha, Elizabeth II e de Sua Alteza Real, o Príncipe Filipe, Duque de Edimburgo, ao lado do ministro Mário Andreazza. As obras tiveram início em janeiro de 1969.
O banco responsável por parte do financiamento da obra foi N M Rothschild & Sons. Não foi permitida a participação única de empresas inglesas no processo de licitação da fabricação dos vãos principais de aço. Para concretizar a realização da obra, o Ministro da Fazenda, Delfim Neto, o engenheiro Eliseu Resende e a Rotschild & Sons assinaram, em Londres, um documento que assegurava o fornecimento de estruturas de aço, com um comprimento de 848m, incluindo os vãos de 200m+300m+200m e dois trechos adicionais de 74m, e um empréstimo de, aproximadamente, US$ 22 milhões com bancos britânicos. O valor destinava-se a despesas com outros serviços da ponte, totalizando NCr$ 113.951.370,00.
O preço final da obra foi avaliado em NCr$ 289.683.970,00, com a diferença paga pela emissão de Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional. Em 1971, o contrato de licitação para construção da obra foi rescindido devido a atraso nas obras, e a construção passou a ser feita por um novo consórcio das construtoras Camargo Correa, Mendes Junior e Construtora Rabello designado Consórcio Construtor Guanabara, sendo concluído três anos depois.
A ligação rodoviária foi entregue em 4 de março de 1974, com extensão total de 13,29 km, dos quais 8,83 km são sobre a água, e 72 m de altura em seu ponto mais alto, e com previsão de um volume diário de 4.868 caminhões, 1.795 ônibus e 9.202 automóveis, totalizando 15.865 veículos. Atualmente é considerada a maior ponte, em concreto protendido, do hemisfério sul e atualmente é a sexta maior ponte do mundo.
A obra teve início, simbolicamente, em 9 de novembro de 1968, com a presença da Rainha da Grã-Bretanha, Elizabeth II e de Sua Alteza Real, o Príncipe Filipe, Duque de Edimburgo, ao lado do ministro Mário Andreazza. As obras tiveram início em janeiro de 1969.
O banco responsável por parte do financiamento da obra foi N M Rothschild & Sons. Não foi permitida a participação única de empresas inglesas no processo de licitação da fabricação dos vãos principais de aço. Para concretizar a realização da obra, o Ministro da Fazenda, Delfim Neto, o engenheiro Eliseu Resende e a Rotschild & Sons assinaram, em Londres, um documento que assegurava o fornecimento de estruturas de aço, com um comprimento de 848m, incluindo os vãos de 200m+300m+200m e dois trechos adicionais de 74m, e um empréstimo de, aproximadamente, US$ 22 milhões com bancos britânicos. O valor destinava-se a despesas com outros serviços da ponte, totalizando NCr$ 113.951.370,00.
O preço final da obra foi avaliado em NCr$ 289.683.970,00, com a diferença paga pela emissão de Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional. Em 1971, o contrato de licitação para construção da obra foi rescindido devido a atraso nas obras, e a construção passou a ser feita por um novo consórcio das construtoras Camargo Correa, Mendes Junior e Construtora Rabello designado Consórcio Construtor Guanabara, sendo concluído três anos depois.
A ligação rodoviária foi entregue em 4 de março de 1974, com extensão total de 13,29 km, dos quais 8,83 km são sobre a água, e 72 m de altura em seu ponto mais alto, e com previsão de um volume diário de 4.868 caminhões, 1.795 ônibus e 9.202 automóveis, totalizando 15.865 veículos. Atualmente é considerada a maior ponte, em concreto protendido, do hemisfério sul e atualmente é a sexta maior ponte do mundo.
O Juramento de Hipócrates
Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higia e Panacea
e por todos os deuses e deusas, a quem conclamo como minhas
testemunhas, juro cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa
que se segue: estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou
esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus
bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte,
se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem
compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de
todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos
inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.
Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e
entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei
por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do
mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva. Conservarei imaculada minha vida e minha arte. Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam. Em toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução sobretudo longe dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados. Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto. Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça. |
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