Cecília
Meireles é uma das grandes escritoras da literatura brasileira. Seus poemas
encantam os leitores de todas as idades. Nasceu no dia 7 de novembro de 1901, na
cidade do Rio de Janeiro e seu nome completo era Cecília Benevides de Carvalho
Meireles.
Formou-se
professora (cursou a Escola Normal) e com apenas 18 anos de idade, no ano de
1919, publicou seu primeiro livro “Espectro” (vários poemas de caráter
simbolista). Embora fosse o auge do Modernismo,
a jovem poetisa foi fortemente influenciada pelo movimento literário
simbolista.
Sua
formação como professora e interesse pela educação levou-a a fundar a
primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro no ano de 1934. Escreveu várias
obras na área de literatura infantil como, por exemplo, “O cavalinho
branco”, “Colar de Carolina”, “Sonhos de menina”, “O menino azul”,
entre outros. Estes poemas infantis são marcados pela musicalidade (uma das
principais características de sua poesia).
No
ano de 1939, Cecília publicou o livro Viagem. A beleza das poesias trouxe-lhe
um grande reconhecimento dos leitores e também dos acadêmicos da área de literatura.
Com este livro, ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras.
A escritora morreu alguns meses depois de ter concedido o depoimento ao jornalista Pedro Bloch, em maio de 1964
“Tenho um vício terrível” — me confessa Cecília Meireles, com ar de
quem acumulou setenta pecados capitais. “Meu vício é gostar de gente.
Você acha que isso tem cura? Tenho tal amor pela criatura humana, em
profundidade, que deve ser doença.”
“Em
pequena (eu era uma menina secreta, quieta, olhando muito as coisas,
sonhando) tive tremenda emoção quando descobri as cores em estado de
pureza, sentada num tapete persa. Caminhava por dentro das cores e
inventava o meu mundo. Depois, ao olhar o chão, a madeira, analisava os
veios e via florestas e lendas. Do mesmo jeito que via cores e
florestas, depois olhei gente. Há quem pense que meu isolamento, meu
modo de estar só (quem sabe se é porque descendo de gente da Ilha de São
Miguel em que até se namora de uma ilha pra outra?), é distância
quando, na realidade, é a minha maneira de me deslumbrar com as pessoas,
analisar seus veios, suas florestas.”
Cecília é carioca. Nasceu em novembro, dia de S. Florêncio (filha de
Matilde e Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do
Brasil), em Haddock Lobo, na Rua São Luís. Seriam quatro irmãos, mas
nunca chegaram a ser dois sequer, porque, mal nascia um, o outro já
tinha morrido. Só ficou Cecília. Perdeu a mãe com três anos e meio,
tendo sido criada pela avó, Jacinta Garcia Benevides, da Ilha de São
Miguel, Açores, descendente de gente que andou do lado do Infante D.
Henrique. ( www.revistabula.com ›)
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