Através da dança, do canto e da percussão, a manifestação cultural é típica do Maranhão. Ela foi trazida para o estado por escravos de diversas regiões africanas nos séculos XVIII e XIX, e servia como divertimento ou uma forma de pagar promessa a São Benedito.
O som é contagiante. A dança hipnotizante. O canto é improvisado. A descrição é comum para quem experimenta pela primeira vez uma apresentação do Tambor de Crioula. No Maranhão, a manifestação se apresenta livremente, não tendo uma época fixa. Há uma concentração maior dos grupos durante o Carnaval, nas Festas Juninas e nos rituais de morte do Bumba-meu-boi. Em São Luís, mais de 100 grupos estão oficialmente cadastrados nas instituições culturais.
Antigamente, as brincadeiras de
Bumba-meu-boi e o Tambor de Crioula – as manifestações mais
representativas do Maranhão – aconteciam sempre juntas. Identificam-se
influências de uma em outra, descritas por vários estudiosos do assunto,
presente nas cantigas, no ritmo dos toques e das danças e nos adereços,
entre outros aspectos.
A dança se apresenta com as mulheres
posicionadas em semicírculo diante dos tocadores. Quando o tambor começa
a tocar, acontece uma comunicação corporal, musical e instrumental
entre os participantes. Cada uma das dançantes, conhecidas como
coreiras, é chamada ao centro da roda, quando acontece a punga
(umbigada) – gesto entendido como saudação e convite que provoca as
outras coreiras e os tocadores. Segundo estudos antropológicos, tal
dança tem forte ligação simbólica com a feminilidade e a fertilidade."(globo.com)
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