quarta-feira, 6 de maio de 2020

Madam C.J. Walker: primeira negra milionária dos Estados Unidos

Madam C. J. Walker – Wikipédia, a enciclopédia livre
A primeira frente fria chegou no Centro-Oeste, apesar da previsão dizer que seria amanhã, e está nublado com uma brisa fresca. Esse tempo pede uma maratona na netflix e a vida da negra americana C. J. Walker é bastante interessante para conhecer. É claro que existe a "licença poética" como toda série baseada em fatos reais, entretanto, é possível ver muita fidelidade na história.
 

 "Em março estreou na Netflix a minissérie de quatro episódios sobre Madam C.J. Walker, primeira mulher negra que enriqueceu por contra própria nos Estados Unidos. Por causa das dificuldades que enfrentava com o próprio cabelo, Walker teve a ideia de criar produtos especializados para cabelos afro. Na série, ela será interpretada por Octavia Spencer, vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel em Histórias Cruzadas, de 2011. Conheça mais sobre a trajetória de Madam C.J. Walker:
 

1. Pais foram escravizados
 

Ao nascer no dia 23 de dezembro de 1867, em uma plantação de algodão em Louisiana, Walker recebeu o nome de Sarah Breedlove. Foi a primeira dos cinco irmãos a nascer livre: seus pais foram escravizados. Quando tinha apenas sete anos, ficou órfã, e foi morar com a irmã mais velha e o cunhado no Mississippi, onde trabalhou como empregada doméstica.
 

2. Casamentos para fugir da opressão
 

Aos 14 anos, para escapar do ambiente opressivo, casou-se com Moses McWilliams e em 1885, aos 18 anos, teve a primeira e única filha. McWilliams morreu dois anos depois, e Walker chegou a casar novamente, mas pouco tempo depois se separou. Mudou-se para o Missouri, onde trabalhava como lavadeira e ganhava US$ 1,50 por dia. Lá, conheceu Charles Joseph Walker, um vendedor de anúncios de jornais, com quem se casou em 1906 e ficou conhecida como Madam C.J. Walker.

3. Problemas no couro cabeludo
 

No Missouri, Walker começou a sofrer com caspa severa e outros problemas no couro cabeludo, inclusive queda de cabelo que a deixou careca, por causa de alergias a produtos dos sabonetes. Durante uma feira de produtos na cidade, ela conheceu Annie Malone, empresária negra do ramo de produtos de cabelo e dona da empresa Poro Company, e se tornou vendedora. Foi assim que começou a aprender mais sobre os cosméticos e a desenvolver sua própria linha.
 

4. Lançamento dos produtos
 

Mais ou menos na época em que se casou com Charles Joseph Walker, ela lançou seus primeiros cosméticos. O marido ajudou na parte de publicidade e promoção (partiu dele a ideia de que ela usasse o nome Madam C.J. Walker), e ela vendia tudo de porta em porta enquanto ensinava outras mulheres negras a cuidarem do próprio cabelo. Em 1910, ela transferiu as operações do negócio para Indianápolis, onde não só manufaturava os produtos, mas também treinava um verdadeiro exército de agentes de vendas: em 1917, no auge das atividades, teria treinado mais de 20 mil mulheres, que se tornaram bem conhecidas na comunidade negra dos Estados Unidos.

5. Legado
 

Na medida em que se tornou rica e popular, Walker participou cada vez mais da luta contra o racismo. Entre suas ações de filantropia estão doações para bolsas de estudos e moradia para idosos, além de apoio a instituições focadas em melhorar as vidas dos negros. Mesmo após sua morte, em 1919 aos 51 anos e com uma fortuna estimada em US$ 8 milhões (valores corrigidos para a atualidade), ela continua a contribuir com diferentes causas — a mansão que construiu em Irvington, Nova York, vai ser transformada em um local de apoio a iniciativas de mulheres negras que querem empreender. A empresa de cosméticos, por sua vez, encerrou as atividades em 1981, mas até hoje é lembrada e homenageada em novas linhas de produtos, como a Madam C.J. Walker Beauty Culture, da rede Sephora."(revistagalileu)


Nenhum comentário:

Postar um comentário