sábado, 29 de fevereiro de 2020

Sábado Bissexto

O último sábado de fevereiro e para completar é bissexto. Nada do sol escaldante, há nuvens de chuva e um vento fresco no ar. Este mês em alguns estados como S. Paulo, Minas Gerais já foi considerado o mais chuvoso da história e em Cuiabá na nossa primavera - verão choveu pouco para os padrões do período.
 

O ano bissexto é o ano que possui 366 dias em comparação ao ano normal, com 365 dias.

Nesse caso, o mês de fevereiro, que possui 28 dias, passa no ano bissexto para 29 dias.

A denominação “bissexto” refere-se aos 366 dias do ano, com os dois números seis (“bis sextum”).
"O emprego do ano bissexto justifica os estudos dos povos antigos sobre as diferenças do calendário tradicional e do calendário solar.

Para harmonizar as estações do ano, pesquisas sobre planeta Terra e seu movimento de translação foram essenciais para a inclusão do ano bissexto no “calendário gregoriano”.

Esse calendário foi estabelecido em 1582 pelo Papa Gregório XIII, substituindo a “calendário juliano”, em que os anos bissextos eram múltiplos de três.

O tempo em que o planeta Terra leva para dar a volta completa em torno do sol, não é exatamente 365 dias, ou seja, ela leva cerca de 365 dias e 6 horas.

Proposto pelo cientista grego Ptolomeu em 238 a.C., em Alexandria no Egito, o ano bissexto somente foi incorporado ao calendário juliano, 220 anos depois, por volta de 45 a.C., pelo imperador romano Júlio César.

Esse excesso de 6 horas em relação ao calendário solar (ano bissexto 365 + 6 horas aproximadamente), em cada quatro anos, totalizaria o tempo de um dia (24 horas). Por esse motivo, seria acrescido um dia no mês de fevereiro, a fim de compensar essa diferença.

Mais tarde, para definir melhor essa diferença no calendário, o imperador César Augusto instituiu o “calendário augustiano”, com a contagem de quatro em quatro anos.

Por conseguinte, no século XVI o “calendário augustiano” foi substituído pelo “calendário gregoriano”, utilizado até os dias atuais, o qual considera os anos bissextos múltiplos de quatro."

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Felicidades pelos 10 anos de Casados Genevieve e Jared Padalecki

Hoje, Jared e Genevieve Padalecki, Supernatural, completam 10(dez) anos de casados. Mesmo que a série ainda esteja em hiatus, não podemos deixar de ficar feliz com a união deles. Desse amor que surgiu nos sets de Supernatural para a vida real, só podemos acreditar que viverão para sempre com a benção de Deus. E também não podemos esquecer que três crianças lindas são seu legado...




quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Morre o ex-ditador do Egito Hosni Mubarak

É quarta-feira de Cinzas e aqui no Brasil costumam-se dizer que o ano realmente começa depois do Carnaval. O que sabemos que não é verdade, uma vez que muitas pessoas trabalham desde o dia 1º de janeiro. O tema da Campanha da Fraternidade de 2020 é “Fraternidade e vida: dom e compromisso”.
Mesmo não sendo católica achei bastante pertinente uma fala do Papa Francisco: "A Quaresma é o tempo propício para abrir espaço à Palavra de Deus. É o tempo para desligar a televisão e abrir a Bíblia. É o tempo para se desligar do telefone celular e se conectar com o Evangelho.
É o tempo de renunciar a palavras inúteis, conversinhas, fofocas, mexericos e se aproximar do Senhor. É o tempo de se dedicar a uma ecologia saudável do coração, fazer uma limpeza nele. Vivemos num ambiente poluído por muita violência verbal, por muitas palavras ofensivas e nocivas, que a rede amplifica.
Francisco sublinhou que “hoje, se insulta como se dissesse ´bom dia´. Somos submergidos de palavras vazias, publicidades e anúncios falsos. Nos acostumamos a ouvir tudo sobre todos e corremos o risco de cair num mundanismo que atrofia os nossos corações. Custamos para distinguir a voz do Senhor que nos fala, a voz da consciência, do bem. Jesus, chamando-nos no deserto, nos convida a prestar atenção no que interessa, no que é importante, no essencial.”
E hoje, acordamos com mais um flerte do presidente com o fechamento do Congresso Nacional e sabemos que isso significa a instalação de uma ditadura civil- militar no país. Se como dizem o "ano de 2020" começa hoje, então está na hora de voltarmos a estudar, ler e nos informar sobre a HISTÓRIA do Brasil. 

Os inúmeros desinformados e analfabetos e mesmo aqueles que conhecem a História, entretanto, estão alienados e alinhados com as ideologias da extrema direita, são a nossa grande preocupação nesta quarta-feira de Cinzas!.
 

E por falar em ditadura morreu ontem, o ex-presidente do Egito Hosni Mubarak que governou o pais com mão de ferro por mais de quarenta anos.

"O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak morreu nesta terça-feira em um hospital do Cairo, aos 91 anos, após passar várias semanas na UTI devido a um problema intestinal, segundo informou a televisão estatal egípcia. Mubarak, que ocupou o poder com mão de ferro entre 1981 e 2011, foi um dos ditadores árabes derrubados pelas revoluções da Primavera Árabe, a partir de 2010. 

As concentrações na praça Tahrir (Cairo) no começo de 2011 desembocaram em sua renúncia ao cargo em fevereiro daquele ano. Detido e encarcerado pela morte de dezenas de manifestantes durante a rebelião popular, Mubarak foi solto em março de 2017. A presidência egípcia se encarregará do seu funeral.

O canal público anunciou a morte de Mubarak com um breve alerta e sem dar mais detalhes, informa a agência EFE. O chamado rais (líder) egípcio renunciou em fevereiro de 2011, um mês depois da queda do primeiro autocrata abatido pela Primavera Árabe, o tunisiano Zine al Abidine Ben Ali, que morreu em setembro passado.


Diferentemente do ocorrido na Tunísia, único país da Primavera Árabe que conseguiu desenvolver uma transição bem-sucedida para a democracia, o Egito voltou ao ponto de partida. O marechal Abdelfattah al Sissi ocupa formalmente o poder desde 2014, um ano depois de o político islâmico Mohamed Morsi, eleito presidente nas primeiras eleições democráticas realizadas, ser derrubado por um golpe militar."

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Nova Orleans/Estados Unidos também tem Carnaval

E hoje é o último dia do Carnaval no Brasil, lembrando que o carnaval chegou ao Brasil em meados do século XVII, sob influência das festas carnavalescas que aconteciam na Europa. Em alguns países, como a França, o carnaval acontecia em forma de desfiles urbanos, ou seja, os carnavalescos usavam máscaras e fantasias e saíam pelas ruas comemorando.

Certos personagens têm origem europeia, mas mesmo assim foram incorporados ao carnaval brasileiro como, por exemplo, rei momo, pierrô, colombina. O carnaval tornou-se mais popular no decorrer do século XX e teve um crescimento considerável que ocorreu devido às marchinhas carnavalescas (músicas que faziam o carnaval ficar mais animado).

A primeira escola de samba foi criada no dia 12 de agosto de 1928, no Rio de Janeiro, e chamava-se “Deixa Falar”, anos depois seu nome foi modificado para Estácio de Sá. Com isso, nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo foram surgindo novas escolas de samba. Organizaram-se em Ligas de Escolas de Samba e iniciaram os primeiros campeonatos para escolher qual escola era a mais bonita e a mais animada. A região nordeste permaneceu com as tradições originais do carnaval de rua, como Recife e Olinda. Já na Bahia o carnaval fugiu da tradição, conta com trios elétricos, embalados por músicas dançantes, em especial o axé.

Em alguns países europeus a tradição permanece e mesmo o Brasil sendo onde ocorre o "melhor carnaval do mundo", nos Estados Unidos principalmente em Nova Orleans, acontece um carnaval que a maioria dos brasileiros desconhecem. Por isso irei postar alguns dados aqui e quem sabe despertar o desejo de alguém em conhecê-lo.


"O Carnaval de Nova Orleans, o mais famoso dos Estados Unidos, parte da tradição do Mardi Grass, termo francês que significa Terça-Feira Gorda. Este movimento teve seu início na Louisiana, por volta de 1699 – ano em que ocorreu a primeira documentação deste evento -, uma iniciativa dos colonizadores franceses.

Diante desta atitude da elite inglesa e dos chamados crioulos, os agrupamentos negros de Nova Orleans também decidiram integrar esta festa e, assim, os membros das altas classes negras criaram seus próprios festejos, enquanto a camada operária desta etnia elaborou outra forma de se divertir no Carnaval, que também se tornou muito popular nesta cidade.

O Cajun, expressão campesina do Carnaval, ao contrário da manifestação urbana, se inspira no modelo francês predominante no campo, importado pelos Acadianos da Nova Escócia – agrupamento étnico que descende dos colonizadores originalmente residentes na porção nordeste da América do Norte, incluindo algumas áreas do Canadá -, que desembarcaram na Louisiana no final do século XVIII.

Esta festa tem sua origem na era medieval da Europa; é o resultado de elementos culturais distintos que se disseminaram pela Louisiana. Pequenas turmas de folgazões, montados a cavalo ou transportados em caminhões, peregrinam de residência em residência, fantasiados de palhaços, mulheres e diabos, portando máscaras normalmente confeccionadas com telas de arame ou papel machê. Uma vez no interior dos lares, eles cantam e dançam para os donos da casa.

Algumas fontes registram que o Mardi Grass teve sua origem na instituição do clube denominado The Mystick Krewe of Comus, em 1857, uma atividade que nasceu da união de alguns comerciantes. Neste momento houve uma parada com imensos carros alegóricos, conduzidos por negros portando tochas. No início do século XX criou-se o Krewe of Rex, que se exibiu diante do Grão-Duque da Rússia.

Ao longo do Mardi Grass, mais de 50 grupos realizam seus desfiles ao longo da cidade. Os bares não fecham e ficam lotados, e neles são exibidos figurinos os mais bizarros. As pessoas se embebedam e realizam pelas ruas uma grande farra. O principal local de convergência dos foliões negros é a Avenida Clair Borne; aí se mesclam os mais curiosos e diferentes grupos, trajando as mais excêntricas peças.

Esta festa se tornou popular por suas máscaras de gesso, seus colares de continhas e seus grupos que compõem pequenas bandas por todo o mês carnavalesco, atingindo seu auge na ‘terça-feira gorda’, que encerra o Carnaval, um dia antes da Quarta-Feira de Cinzas, quando se inicia a Quaresma. O soberano desta festividade é o Rei Zulu, e a trilha sonora é composta por uma fusão de ritmos de procedência negra.

No Mardi Grass predominam os trajes tecidos com as cores típicas deste evento – o dourado, representando o poder; o verde, que denota a fé; e o roxo, símbolo da justiça. Tornou-se convencional nestas paradas carnavalescas a nudez feminina. As estudantes revelam os seios em troca de colares de continhas."

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Ed e Lorraine Warren: Demonologistas - O Livro

Se os filmes de terror baseado nos casos de Ed e Lorraine Warren são fascinantes, imagine um livro onde eles contam tudo? Uma excelente leitura para quem ama esse tipo de assunto. É bom lembrar que Ed morreu em 2006 e Lorraine em 2019, entretanto, os "casos" desvendados por eles continuam no imaginário de todos que são apaixonados pelo Sobrenatural.

"Eles enfrentaram os mistérios mais sinistros dos últimos sessenta anos, sempre em busca da verdade. Agora é a sua vez de entrar em contato com o sobrenatural. Você tem coragem? Então leia ED & LORRAINE WARREN: DEMONOLOGISTAS, a biografia definitiva dos mais famosos investigadores paranormais do nosso plano astral.Não é de hoje que os fãs do terror conhecem Ed Warren e sua esposa, Lorraine. 


O casal foi retratado em filmes de grande sucesso, como Invocação do Mal, Annabelle e Horror em Amityville. Mas basta folhear as páginas de ED & LORRAINE WARREN: DEMONOLOGISTAS para constatar que, muitas vezes, a vida pode ser bem mais assustadora que o cinema. Principalmente para aqueles que não têm a pretensão de negar fenômenos que nem mesmo a ciência é capaz de explicar.Em ED & LORRAINE WARREN: DEMONOLOGISTAS, Gerald Brittle desvenda alguns dos principais casos reais vividos pelos Warren. Ed e Lorraine permitiram ao autor acesso exclusivo aos seus arquivos sobrenaturais, que incluem relatos extraordinários de poltergeists, casas mal-assombradas e possessões demoníacas. 

O resultado é um livro rico em detalhes como nenhum outro.Lançado originalmente em 1980, e até então inédito no Brasil, ED & LORRAINE WARREN: DEMONOLOGISTAS é, sem dúvida, o mais completo dossiê sobre os exorcistas/caçadores de fantasmas mais famosos do mundo. Virou o livro de cabeceira do diretor James Wan (Jogos Mortais, Invocação do Mal 1 e 2, Annabelle), além de servir de fonte de inspiração para Vera Farmiga, que interpreta a Sra. Warren no cinema.

Nas páginas do livro, o leitor acaba se tornando um pouco mais íntimo de Lorraine Rita e Edward Warren Miney. Duas almas gêmeas que se completavam ao dividir, entre tantas coisas, a mesma vocação: oferecer ajuda espiritual aos possuídos e atormentados.OS WARREN APOSTARAM NO ESCURO. 

Desde 2006, Ed Warren não se encontra mais neste plano físico. Contudo, é fácil imaginar que Lorraine permaneça conectada a ele até os dias de hoje. Talvez até de sua mediunidade, mas certamente pela paixão de uma vida inteira juntos.Como responsável em manter o legado que ela e Ed construíram, Lorraine não poderia estar mais satisfeita com o lançamento de ED & LORRAINE WARREN: DEMONOLOGISTAS no Brasil."

domingo, 23 de fevereiro de 2020

Motivos para assistir Perdidos no Espaço da Netflix

Domingão nublado e depois de muita chuva a previsão é que ainda vai cair muitaaaaa água. O Brasil está em clima de Carnaval, a maior festa popular do país, e embora muitos brasileiros não gostem dela ela acontece há muitos e muitos anos.

Eu pertenço ao bloco dos que atualmente não curto ir para as ruas e nem assistir pela TV. Ainda bem que existe a Netflix e maratonar séries, filmes, desenhos, animes é uma excelente opção. Então, para quem ainda não assistiu a nova versão da série Perdidos no Espaço, recomendo uma vez que está perfeita para os padrões do Séc. XXI. Ainda que a dos anos 1965 será eternamente icônica.
 

"1 – A série original foi um sucesso

O seriado que foi ao ar pela primeira vez em 1965, criado por Irwin Allen, era um sucesso de público e foi um dos pioneiros na exploração do âmbito de ficção científica na televisão – ainda antes de Jornada nas Estrelas começar a conquistar o público e muito antes de Star Wars se tornar um sucesso nas telonas.

A série teve três temporadas, com 84 episódios no total e contava a história das aventuras da família Robinson no espaço a bordo da nave Júpiter 2, junto com o robô B9, responsável pelo bordão famoso “Perigo, Will Robinson!”.

O seriado acabou cancelado por conta dos altos custos de produção, mas agora, nas mãos da Netflix – que é uma grande investidora em produtos originais de seu serviço -, tem tudo para ser mais longeva.
 

2 – Tom mais obscuro

A nova série, apesar de manter basicamente a mesma história do seriado original, esqueceu um pouco os elementos de diversão e humor – que eram o grande destaque do filme lançado em 1998 – e aposta em um tom muito mais dramático e soturno.

Claro que o humor e as risadas não foram deixados completamente de lado. Momentos despretensiosos entre a família, principalmente com Will Robinson (interpretado por Maxwell Jenkins), estão presentes, mas há uma evidente tentativa de modernizar a série como um todo, e o tom acompanha isso.

A reformulação também vai ao encontro da história, que não foca apenas na narrativa de desventuras dessa família, mas sim na dramatização do fato de que eles se perderam de seu curso e agora precisam sobreviver.
 

3 – Atualização nos efeitos especiais

É óbvio que os efeitos especiais da série estão muito superiores aos do seriado original – até porque 53 anos separam os episódios clássicos desses novos -, mas ainda assim é surpreendente o trabalho realizado pela equipe da Netflix – equipe que inclusive trabalhou no filme Perdido em Marte, de Ridley Scott.

O orçamento da série aumentou muito, sendo uma das grandes apostas do serviço de streaming, e felizmente, esse investimento pode ser visto em tela. A criatura robótica que divide tela com Will, por exemplo, é extremamente bem feita e exprime bem a sensação de desconhecido.

As cenas de ação – apesar de não muito recorrentes – também não decepcionam, com efeitos especiais dignos das telonas.
 

4 – Elenco recheado e uma atualização de papéis

A nova versão é estrelada por Toby Stephens (conhecido por Black Sails e 007 – Um Novo Dia Para Morrer), que vive John Robinson; Molly Parker (House of Cards) é sua mulher, Maureen; Taylor Russell (Falling Skies) interpreta a filha Judy; Mina Sundwall (Amor Por Direito) é Penny e Max Jenkins (de Sense8) é o caçula que vira amigo do robô alienígena B9.

Além de um elenco de peso, percebe-se as funções familiares mudando durante a série, acompanhando a modernidade. A personagem de Molly Parker é a grande raiz da família, símbolo de força e independência, seguindo a maneira como o mundo também tem se atualizado.

A série também toma algumas liberdades criativas e logo nos primeiros episódios já é possível ver uma dinâmica de personagens diferente do seriado original – tanto que o Dr. Smith, o espião infiltrado, agora é uma mulher.

 5 – Possibilidades infinitas

Uma das grandes tristezas na série original foi sua falta de longevidade. Em explorações espaciais tudo é possível e há diversas histórias diferentes para serem contadas. No que pode ser visto nesses cinco primeiros episódios, isso será explorado paulatinamente.

Além da construção da história, mostrando como essa família chegou até esse ponto e apresentando suas diversas desventuras, há uma possibilidade de esse seriado se tornar algo gigantesco, abrangendo visitas a diversos mundos, raças novas e histórias que destoam – seguindo a mesma linha que Star Trek apresentava em sua série clássica. Esta primeira temporada conta com 10 episódios e todos estarão disponíveis na Netflix."



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

José Mojica Marins, uma lenda do Cine Terror

A nova geração de adolescentes brasileiro pode não saber quem era José Mojica Marins, mas Zé do Caixão sim. Uma figura lendária do cinema nacional e mundial e morreu ontem aos 83 anos de idade. Ele realizou mais de 40(quarenta) filmes, entretanto, o cine horror era sua marca registrada e todos os amantes desse tipo de película já estão sentindo sua falta.
 

"O primeiro foi A mágica do mágico (1945). O último, As fábulas negras (2014). Em quase 60 anos como diretor de cinema, José Mojica Marins capitaneou mais de 40 filmes, boa parte deles com seu personagem Zé do Caixão. Criador e criatura fazem parte do imaginário nacional. Mojica partiu nesta quarta-feira (19), aos 83 anos. Morreu em São Paulo, em decorrência de uma broncopneumonia. O velório terá início nesta quinta (20), às 16h, no Museu da Imagem e do Som da capital paulista.

Artista único não somente no Brasil, como no mundo, José Mojica Martins nasceu em São Paulo, em 13 de março de 1936. Filho de espanhóis artistas de circo, ganhou sua primeira câmera aos 12 anos. Aos 17, fundou a Companhia Cinematográfica Atlas. Recrutando atores que testava com insetos e outros bichos, descobriu que sua vocação estava no terror escatológico.Aventura, faroeste, drama, Mojica fez de tudo um pouco, até abraçar o terror. Em 1963, por meio de um pesadelo, descobriu aquela que seria sua maior criação. Procurando reproduzir sua aflição onírica, ele criou o personagem Zé do Caixão e lhe deu esse nome baseado, segundo dizia, na lenda de um ser que viveu há milhões de anos na Terra e que se transformou em luz, voltando, como luz, muito tempo depois, ao planeta de origem.

 

Zé do Caixão debutou no ano seguinte, no filme À meia-noite levarei sua alma. Josefel Zanatas, o nome verdadeiro do personagem, era um agente funerário sem qualquer moral. Não crê em Deus nem no Diabo, se acha superior aos outros e quer encontrar a mulher ideal para conceber o filho perfeito. A partir deste filme, outros com o mesmo protagonista se seguiram: Esta noite encarnarei no teu cadáver, O estranho mundo de Zé do Caixão, Trilogia do terror e O despertar da besta.Fez sucesso, foi popular, mas nunca ganhou dinheiro. Sua vida pessoal era conturbada. Sofreu com o alcoolismo e o vício em jogos – chegou a perder bens, inclusive a casa da mãe. Teve sete filhos com quatro mulheres.
 

De uma gentileza sem igual, a despeito da imagem soturna que apresentava publicamente – as unhas enormes, que cultivou por muitos anos, eram sua marca registrada – fez muitos amigos. Em 1998, com a publicação da biografia Maldito: A vida e o cinema de José Mojica Marins, o Zé do Caixão, de André Barcinski e Ivan Finotti (em 2001 os dois jornalistas lançaram o documentário Mojica: O estranho mundo de José Mojica Marins), uma nova geração descobre a obra do cineasta, que passa a frequentar uma série de festivais de cinema.
 

Já envolto na aura de cult, conseguiu, em 2008, verba para concluir a trilogia iniciada com À meia-noite levarei sua alma. A encarnação do demônio custou R$ 1,8 milhão, o mais caro filme de Mojica, que ele dedicou ao cineasta Rogério Sganzerla e ao crítico Jairo Ferreira, das poucas vozes do cinema a reconhecer sua obra desde o início.
 

Na primeira exibição pública do encerramento da Trilogia do Caixão, no Festival de Paulínia, Mojica disse ter sido perseguido por todos e pagado caro pela incompreensão. Afirmou que “as igrejas" viram Zé do Caixão como "o próprio demônio", e não um personagem.
 

“O Mojica é um personagem único na história do cinema mundial. Nunca houve ninguém parecido com ele, era uma figura incomparável. Eles fez filmes fantásticos, como são os filmes de terror, com uma essência brasileira. E fez contra todas as possibilidades, foi um guerreiro muito grande. 
 Acima de tudo, ele me mostrou que era possível”, disse ao Estado de Minas o cineasta capixaba Rodrigo Aragão, apontado como um de seus sucessores. “Todo mundo que faz terror no Brasil tem que agradecer ao Mojica, pois ele influenciou não somente a mim, como a todos.”"

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Parabéns, Millie Bobby Brown

A série da Netflix Stranger Things é sucesso absoluto, até porque retrata os anos 80 do séc. XX e nós que vivemos esses anos sabemos quão fascinante foram. O elenco principal composto basicamente por crianças e adultos é maravilhoso. Millie/Eleven é de um talento fora do comum.

Millie Bobby Brown é uma atriz e modelo britânica, nascida na Espanha, em19 de fevereiro de 2004. Seus pais se mudaram para os Estados Unidos, em 2011, onde a menina começou a estudar atuação. 

Desde então, ela participou de seriados como "Once Upon a Time in Wonderland" (2013), "NCSI" (2014), "Intruders" (2014), "Grey's Anatomy" (2015) e "Modern Family" (2015). Em 2016, Millie foi convidada para participar da série de ficção científica "Stranger Things", onde ganhou notoriedade e foi indicada ao Emmy de Melhor Atriz Coadjuvante em Série Dramática. A artista, que é surda de um dos ouvidos.


terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Cidades-esponja: Iniciativas para combater as Enchentes

Há pouco eu estava assistindo o Jornal Hoje, sim eu assisto e leio jornais, e a reportagem sobre as cidades- esponja me chamou a atenção. Nunca tinha ouvido falar e fui buscar algumas informações na net e achei matérias fascinantes sobre esse assunto. E  fico imaginando como o brasileiro sofre durante a primavera-verão com o alagamento das cidades, justamente pela ignorância de nossos governantes. E vamos continuar assistindo ainda por muitos anos tragédias que poderiam ser evitadas se nosso dinheiro dos impostos fossem empregados em nome do bem estar da população.
"Assim como grandes cidades brasileiras, várias partes do mundo sofreram com enchentes e inundações que causaram tragédias nas últimas décadas. Para enfrentar ou evitar catástrofes, urbanistas têm rejeitado soluções tradicionais – baseadas em bocas de lobo e encanamentos – em favor de novas formas de garantir a drenagem da água: criam, assim, as chamadas cidades-esponja.

O conceito parte da ideia central de que as metrópoles modernas lidam com a água de maneira errada. Em vez de coletar a água das chuvas e jogá-la o mais rápido possível nos rios – como ocorre habitualmente –, as cidades-esponja lançam mão de uma série de recursos que asseguram espaço e tempo para que a água seja absorvida pelo solo.
 

1. Inspiração ancestral na China

Em 2012, uma enchente causou a morte de quase 80 pessoas em Pequim, muitas delas afogadas ou eletrocutadas. Casas desabaram e estradas, metrô e até o aeroporto ficaram sob as águas.

No entanto, fotos de turistas tiradas na época mostraram a Cidade Proibida, construída centenas de anos atrás, completamente seca – graças a seu antigo sistema de drenagem.

A tragédia chamou a atenção das autoridades. A China, que viveu intenso processo de urbanização nos últimos anos, passou a ser um dos países que abraçou com mais força o conceito de cidade-esponja. Em Taizhou e Jinhua, por exemplo, muros de concreto que canalizavam rios foram demolidos e substituídos por parques.

Propostas semelhantes também têm sido adotadas em outras cidades pelo mundo, como Berlim, Copenhague e Nova York.

O arquiteto chinês Kongjian Yu explica que a proposta da cidade-esponja é preservar ecossistemas naturais, mais capazes de se recuperar das adversidades.

O arquiteto defende que construir cidades-esponja ajuda não só a enfrentar, no período das chuvas, a força da água, mas também a mantê-la fluindo pelas torneiras durante os meses mais secos do ano.

2. Parques alagáveis

A face mais visível do conceito de cidade-esponja são os parques desenhados especialmente para serem parcialmente alagados durante alguns meses do ano. Diversos locais do tipo foram projetados e inaugurados pelo escritório de Kongjian em cidades chinesas.

Em boa parte dos casos, esses espaços tem passarelas suspensas, com livre acesso o ano todo. A parte térrea, alagável, fica intransitável no período de cheias, mas pode ser usada pelos frequentadores durante a seca.

Um parque alagável geralmente vai muito além da criação de um espaço extra para as águas. Ele também conta com uma vegetação pensada para absorver a água e fomentar a biodiversidade local.

Para o presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil em São Paulo (IAB-SP), Fernando Tulio, esses parques são uma alternativa aos piscinões, uma das soluções comumente adotadas por autoridades brasileiras.

Os parques alagáveis são mais comuns nas margens dos rios e nas costas, como no caso de Nova York, onde foi criado o Hunters Point South Park.

Mas também são encontrados em terrenos sem cursos d’água, que concentram água da chuva, como o parque Chulalongkorn, em Bangcoc, na Tailândia, e o parque de Qunli, na própria China.
 

3. Praças-piscina
Em Roterdã, na Holanda, a praça Benthemplein foi construída em 2013 adaptada para armazenar água nos dias de chuva.

O complexo, desenvolvido pelo escritório de arquitetura De Urbanisten, é composto por três bacias. Duas delas são subterrâneas e armazenam a água sempre que chove. A terceira é uma quadra de esportes abaixo do nível da rua que enche quando a chuva persiste (veja acima).

O armazenamento da água pode durar até 36 horas depois da chuva. Um sistema deixa a água fluir gradualmente, o que permite que ela volte para as reservas subterrâneas e nunca seja canalizada para o esgoto.

O equilíbrio das águas subterrâneas é especialmente importante durante os períodos de seca para manter as árvores e plantas da cidade em boas condições. A iniciativa acaba por reduzir o efeito da ilha de calor urbano. Parte a água, devidamente filtrada, é distribuída em bebedouros."

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

O Brasil também tem Caça-Fantasmas

 
Quando se fala em "caça-fantasmas" na Europa e Estados todo mundo acha interessante, mas no Brasil são tratados como charlatães e sofrem todo tipo de preconceito. O Brasil é declaradamente católico, entretanto, existem milhares de religiões e em todas a questão dos "fantasmas" são discutidas ou não.

"Os brasileiros João Tochetto e Rosa Maria Jaques – caça-fantasmas de profissão – dedicam seu tempo a perseguir os fantasmas e “devolvê-los ao além”.

“Nossa função é limpar os lugares (de fantasmas) e devolvê-los à tranquilidade de que necessitam”, comentou à Agência Efe Rosa Maria, de 66 anos, que se define assim como “vidente, sensitiva e telepata”.

Armado com mais de 20 equipamentos, entre registradores de temperatura, câmeras de visão noturna e aparelhos eletromagnéticos, o casal percorre há mais de uma década espaços de todo o país na busca de fenômenos sobrenaturais, um trabalho que nos últimos meses ganhou repercussão em alguns meios de comunicação brasileiros. 

Ao contrário dos Estados Unidos, de onde há décadas existem associações de caça-fantasmas, João e Rosa Maria dizem ser os primeiros profissionais com estas características no país.

Para João, de 59 anos, os caça-fantasmas americanos “são racionais, buscam provas, mas não sabem o que acontece exatamente”. Eles, por outro lado, dizem “partir do paranormal”.

Ao mais puro estilo de Hollywood, mas sem a trilha sonora de ‘Who You Gonna Call?’, os “ghostbusters” brasileiros vão a suas entrevistas com seu carro caça-fantasma, uma Parati (Volkswagen) de cor preta decorada com caveiras que deixa tanto crentes como céticos desconcertados.

Um dos últimos trabalhos do casal aconteceu na Fazenda Saltinho, no município de São Manoel, em São Paulo, onde relatos de alguns moradores narravam “presença sobrenatural” na casa principal da fazenda, projetada pelo arquiteto Ramos de Azevedo no final de 1800. 

Apesar das lendas que desde anos vagueiam nesta cidade, João e Rosa Maria concluíram que a fazenda era um território livre de fantasmas, ao contrário, dizem, do que ocorre em dezenas de imóveis de todo o país.

Em sua busca pelo paranormal, o casal brasileiro investiu mais de R$ 20 mil em equipamentos, muitos deles desenvolvidos para profissionais do setor sobrenatural, em torno de que existe um mercado especializado ao redor do mundo.

Entre suas ferramentas imprescindíveis está o “Ghost Meter”, um aparelho que, segundo seus fabricantes, revela a suposta presença de fantasmas através dos campos eletromagnéticos, assim como uma pistola termômetro usada para detectar o frio, o que no mundo do sobrenatural representa um “sinal de morte”.

Tudo para capturar os fantasmas e afastá-los de um terreno que não lhes pertence. “Eles não têm que estar no mundo dos vivos”, sentenciou Rosa Maria."