A escritora, ícone do feminismo e filósofa integrante do movimento existencialista, Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beuavoir, nasceu na cidade de Paris, na França, mais precisamente no boulevard du Montparnasse 103, no dia 9 de janeiro de 1908.
Sempre frequentando escolas particulares, Simone se gradua em filosofia,
em 1929, e neste mesmo ano tem um encontro decisivo com o filósofo
existencialista Jean-Paul Sartre, com quem manterá um relacionamento por
toda sua vida. Mesmo determinada a ser escritora, a filósofa passa a
lecionar para sobreviver. Na década de 30 ela conhece Raymond Aron, Paul
Nizan, Pierre Guille e Madame Morel.
Ela atua em várias instituições escolares, de 1931 a 1943. Simone e
Sartre criam, em 1945, o veículo Les Temps Modernes, de periodicidade
mensal, na qual ambos produzem os principais textos. Nos anos 40 ela
integra um círculo de filósofos literatos que conferem ao
existencialismo uma coloração literária. No final desta década, em 1949,
a autora lança sua obra-prima O Segundo Sexo, que logo se torna um
clássico do movimento feminista.
Em A Cerimônia do Adeus, de 1981, ela narra o fim da existência de
Sartre, com quem ela sempre manteve um relacionamento aberto e
controvertido, pois ambos cultivavam relações com outros parceiros, e
compartilhavam as experiências adquiridas neste e em outros campos da
existência, em função de um pacto estabelecido entre ambos. O filósofo
acreditava que os dois, antes mesmo de constituírem um casal apaixonado,
eram escritores; sendo assim, era necessário mergulhar na essência do
Homem, o que só seria possível com a vivência de inúmeras experiências.
Daí a idéia de viver o máximo possível e trocar entre si as vivências de
ambos.
Com a morte de seu companheiro, em 15 de abril de 1980, Simone vê sua
saúde se complicar, com o uso abusivo do álcool e das anfetaminas. Ela
falece no dia 14 de abril de 1986, aos 78 anos de idade. Cinco dias
depois ela é enterrada no cemitério de Montparnasse, junto ao seu amado
Sartre.
" Em todas as lágrimas há uma esperança.
Renunciar ao amor parecia-me tão insensato como desinteressarmo-nos da saúde porque acreditamos na eternidade.
É na arte que o homem se ultrapassa definitivamente.
É pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava
do homem, somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência
concreta.
Se vivermos durante muito tempo, descobrimos que todas as vitórias, um dia, se transformam em derrotas."
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