" O INCA - Instituto Nacional
de Câncer alerta para o perigo de fumar narguilé. O narguilé, também é conhecido como cachimbo d' água ou
shisha ou Hookah - é um dispositivo para fumar no qual o tabaco é
aquecido e a fumaça gerada passa por um filtro de água antes de ser
aspirada pelo fumante, por meio de uma mangueira. Por utilizar
mecanismos de filtragem, o consumo de narguilé é visto como menos nocivo
à saúde. Mas, na verdade, seu uso é mais prejudicial do que o de
cigarros. Segundo a Organização Mundial da Saúde (2005), uma sessão de
narguilé dura em média de 20 a 80 minutos, o que corresponde à exposição
a todos os componentes tóxicos presentes na fumaça de 100 cigarros.
Estudos associam o uso de narguilé ao
desenvolvimento de câncer de pulmão, doenças respiratórias, doença
periodontal (da gengiva) e com o baixo peso ao nascer, além de expor
seus usuários a de nicotina em concentração que causa dependência. Após
45 minutos de sessão, o narguilé aumenta os batimentos cardíacos e a
concentração de monóxido de carbono expirado.. Ocorre também maior
exposição a metais pesados, altamente tóxicos e de difícil eliminação,
como o cádmio. Em longo prazo, seu consumo pode causar câncer de pulmão,
boca e bexiga, aterosclerose e doença coronariana. Mas os riscos do uso
do narguilé não estão somente relacionados ao tabaco, mas também a
doenças infectocontagiosas: compartilhar o bocal entre os usuários pode
resultar na transmissão de doenças como herpes, hepatite C e
tuberculose.
Dados da Pesquisa Especial sobre
Tabagismo (PETab) - realizada em 2008 pelo IBGE em parceria com o INCA, -
apontaram que o cachimbo de origem oriental tinha, na época, quase 300
mil consumidores no país. Vale destacar que o narguilé tem uma
característica peculiar: um único cachimbo pode ser usado por várias
pessoas simultaneamente. Isso reforça o aspecto da socialização, algo
muito atraente especialmente para os jovens.
Informações da pesquisa Vigescola
evidenciaram a alta prevalência do consumo do narguilé entre escolares
de 13 a 15 anos em 2009. Em São Paulo (SP), 93,3% dos entrevistados que
consumiam outros produtos de tabaco fumado, além do cigarro
industrializado, declararam usar o narguilé com maior frequência. Em
Campo Grande (MS), 87,3% dos estudantes ouvidos disseram preferir o
cachimbo oriental. Já em Vitória, o percentual ficou em 66,6%.
O mesmo panorama foi constatado pela
pesquisa Perfil do Tabagismo entre Estudantes Universitários no Brasil
(PETuni) do Ministério da Saúde entre universitários de alguns cursos da
área da saúde: em Brasília (DF) e São Paulo (SP), em 2011, dos
estudantes que declararam consumir com frequência algum outro tipo de
produto derivado do tabaco, de 60% a 80%, respectivamente, fizeram uso
do narguilé." Fonte: INCA - Instituto Nacional de Câncer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário